Trabalhadores são imunizados contra a gripe H1N1 em um ponto de vacinação do SUS montado na rua. Aracruz, Espírito Santo, março de 2010. Sob o governo Lula, o Brasil coordenou a campanha de vacinação contra o H1N1 mais bem sucedida do mundo.
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Em março de 2009, autoridades sanitárias mexicanas identificaram um surto causado pelo H1N1 - uma nova cepa do vírus Influenza A, responsável por causar pandemia de gripe espanhola que assolou o mundo entre os anos de 1918 e 1920.
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A doença foi designada como "gripe A", "gripe mexicana" ou "gripe suína" (por conter ARN típico de vírus suínos). O surto logo evoluiu para epidemia e começou a se espalhar pelo mundo, atingindo sobretudo a América do Norte, a Europa e a Oceania.
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Em abril de 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a epidemia como "emergência de saúde pública de âmbito internacional". Dois meses depois, com a doença se espalhando por 75 países em todos os continentes, a OMS decretou estado de pandemia.
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A doença chegou ao Brasil em maio de 2009, concentrando-se a princípio na região Sudeste, mas logo se espalhou por todo o país. As primeiras vacinas começaram a ser desenvolvidas no segundo semestre de 2009. Em setembro, a China se tornou o 1º país a iniciar a vacinação.
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Nesse mesmo ano, o presidente Lula liberou 2,1 bilhões de reais para aquisição de vacinas, insumos, material de diagnóstico, equipamentos de hospitalização e ampliação dos leitos de UTI, além de determinar a ampliação dos turnos nas unidades de saúde.
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Para garantir o acesso do país aos imunizantes, o governo federal fechou parcerias com três laboratórios - Glaxo Smith Kline, SANOFI Pasteur e Novartis.
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Em colaboração com o governo paulista, o governo federal fez um acordo de licenciamento e transferência de tecnologia da vacina SANOFI Pasteur, que passaria a ser produzida pelo Instituto Butantan, com financiamento do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
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Ao todo, o governo federal adquiriu 83 milhões de doses da vacina contra H1N1. Também com dotação extra do governo federal, a Fiocruz triplicou a produção do medicamento utilizado para o tratamento da H1N1 (derivado do princípio ativo do Tamiflu).
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A Fiocruz também produziu um kit nacional para diagnóstico da doença a um custo 55% menor em relação aos similares importados, o que permitiu estabelecer uma estratégia de testagem em massa das pessoas com sintomas da gripe.
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Em fevereiro de 2010, o ministro da saúde, José Gomes Temporão, divulgou a Estratégia Nacional de Vacinação Contra a Gripe H1N1, com o planejamento sanitário completo, definição do calendário, dos grupos prioritários e das etapas de imunização.
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Por intermédio do SUS, os estados receberam 1,9 milhão de kits para o tratamento da gripe H1N1, produzidos pela Fiocruz - quantidade suficiente para tratar 38 vezes o número total de casos graves registrados no ano anterior (48.978 pessoas).
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Meio milhão desses kits foram encaminhados para a rede Farmácia Popular e o Ministério da Saúde manteve pronto um estoque de 20 milhões de kits para serem utilizados no caso da pandemia atingir o pior cenário possível.
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O governo federal também iniciou uma campanha para desmentir boatos sobre a presença de níveis tóxicos de mercúrio na vacina e rebater a falsa alegação de que o imunizante causava a Síndrome de Guillain-Barré. Em março de 2010, teve início a campanha de vacinação.
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Em apenas 3 meses, utilizando as vacinas adquiridas e lotes fabricados pelo Butantan, o Brasil conseguiu vacinar 92 milhões de pessoas, ultrapassando com ampla margem a meta em relação ao público alvo. O governo esperava vacinar 80% dos grupos prioritários. Chegou a 88%.
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O sucesso deve-se ao esforço de mobilização e à estratégia de multiplicar os pontos de vacinação, englobando unidades de saúde, escolas, repartições públicas, locais de trabalho e até mesmo vias públicas.
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O Brasil foi o país que mais vacinou em relação ao percentual da população total: 42% da população brasileira foi imunizada, índice superior ao registrado, por exemplo, nos Estados Unidos (26%), México (24%), Suíça (17%), Argentina (13%), França (8%) e Alemanha (6%).
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A campanha do SUS contra o H1N1 foi uma das maiores campanhas de vacinação em massa do século XXI. A rápida ação do poder público foi essencial para debelar a pandemia e mantê-la sob controle. O número de mortes despencou de 2.146 em 2009 para c. de 100 em 2010.
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A vacina contra a gripe H1N1 é aplicada anualmente pela rede pública desde então e 100% das doses são produzidas pelo Instituto Butantan.
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A diligência da resposta à pandemia e o sucesso da campanha não foram suficientes para impedir que o governo fosse severamente criticado. Lula foi acusado de minimizar a doença após fazer um comentário dizendo que a pandemia era grave, mas não tanto quanto se imaginava.
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A Veja criticou Lula nas duas pontas. Ao mesmo tempo em que acusava o governo de negligência, atacava o que chamou de "desperdício" de dinheiro público - formação de estoque de kits e remédios, para o caso da pandemia evoluir para o pior cenário.
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Há 100 anos, em 13/02/1922, tinha início a Semana de Arte Moderna, marco do movimento de renovação das linguagens artísticas no Brasil. Sediado no Teatro Municipal de SP, o festival tinha por objetivo contestar o academicismo e fomentar a busca por uma identidade nacional.
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O processo reformador que culminou com a realização da Semana de Arte Moderna tem origem no fim do século XIX, quando surgiram diversos artistas que buscavam conciliar a sobriedade acadêmica e a aspiração de liberdade técnica e expressiva.
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Em 1913, o pintor Lasar Segall realizou a primeira mostra de arte não acadêmica do Brasil. Não obstante, foi a exposição organizada por Anita Malfatti em 1917 que enfureceria o público conservador — nomeadamente o escritor Monteiro Lobato.
Trecho do artigo "Paranoia ou Mistificação?", escrito por Monteiro Lobato e publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo em 20/12/1917. A crítica impiedosa à arte de Anita Malfatti gerou a cisão definitiva entre Monteiro Lobato e os modernistas ativos na Semana de 22.
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Pioneira do modernismo brasileiro, Anita Malfatti enfrentou todo tipo de obstáculo para poder expressar sua arte — das limitações físicas à coerção social. Portadora de uma deficiência congênita, teve de aprender a pintar com a mão esquerda...
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...e desenvolveu o hábito de manter seu braço direito permanentemente coberto para fugir de eventuais constrangimentos. Sua condição física e a morte prematura do pai acarretaram profundos impactos psicológicos e aos 13 anos Anita tentaria o suicídio.
O último retrato de Olga Benário antes de sua execução pelo regime nazista. A revolucionária comunista nasceu há 114 anos, em 12 de fevereiro de 1908.
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Olga Gutmann Benário nasceu em Munique, Alemanha, em uma família judia de classe média. Ingressou na militância política ainda jovem, filiando-se à Seção Juvenil do Partido Comunista Alemão aos 15 anos. Posteriormente, juntou-se à Liga Juvenil Comunista da Alemanha.
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Fugindo dos conflitos ideológicos com o pai, Olga mudou-se para Berlim, onde passou a viver com o militante comunista Otto Braun. Berlim vivia um clima de efervescência política desde o Levante Espartaquista de 1919, quando Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht foram mortos.
Voyeurismo do flagelo - quando João Doria tentou transformar o sofrimento dos nordestinos com a seca em negócio:
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A década de 80 foi um período bastante difícil para a população do Nordeste. Entre 1979 e 1984, a região foi afetada pela pior estiagem do século XX, que causou mais de 3,5 milhões de mortes por fome e desnutrição e obrigou inúmeros sertanejos a abandonarem suas terras.
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Apenas três anos após o fim da grande seca, uma nova estiagem voltou a afligir a região, obrigando os governadores do Nordeste a criarem programas de emergência para atender os flagelados. Supermercados e postos de abastecimento foram saqueados.
Em novembro de 2021, a 76ª Assembleia Geral da ONU submeteu novamente a votação uma resolução condenando "a glorificação do nazismo, do neonazismo e formas contemporâneas de racismo, discriminação racial e atos de intolerância correlatos".
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Estados Unidos e Ucrânia foram os únicos países que votaram contra a resolução. Quase todos os países europeus se abstiveram, assim como Canadá, Coreia do Sul, Japão, Austrália e Nova Zelândia. A resolução foi apoiada por todas as nações socialistas...
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...e pela quase totalidade dos países latino-americanos, asiáticos e africanos. Desde 2005, a ONU tenta tenta obter a aprovação unânime de uma resolução de combate ao racismo, nazismo e neonazismo.
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Luiz Inácio Lula da Silva presidindo o ato de fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). O partido foi fundado há 42 anos, em 10 de fevereiro de 1980, em uma cerimônia realizada no auditório do Colégio Sion, em São Paulo.
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A fundação do PT resultou da reorganização do movimento operário, desarticulado pela ditadura militar durante os "anos de chumbo". O aumento do desemprego e do custo de vida após o fim do "milagre econômico" causou grande insatisfação nas classes operárias urbanas.
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O ambiente propício à restauração do movimento operário deu origem ao chamado "Novo Sindicalismo". O movimento ganhou força a partir das greves de 1978 no ABC Paulista, lideradas por Lula, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema.