Você já deve ter se deparado com um comentário desse tipo na sua TL. De um tempinho pra cá, a militância do PCB resolveu ressuscitar Ferreira Gullar, em especial o seu poema sobre o aniversário do partido.
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As páginas do PCB, e em especial sua ala juvenil (UJC), foram ainda mais longe no esforço de reabilitação da figura do poeta, exaltando sua memória...
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...apresentando-o como um verdadeiro militante valoroso da causa comunista, vinculando-o ao esforço da "construção do poder popular no rumo do socialismo". Muitos "militantes" formados por "agitação revolucionária" de YouTube e TikTok embarcaram na onda e copiaram a UJC.
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A exaltação de Gullar demonstra desconhecimento histórico ou absoluta falta de comprometimento com o ideário socialista. Afinal, Gullar se filiou ao PCB nos anos 60, mas seguiu o mesmo caminho de ex-pecebistas infames como Olavo de Carvalho, Carlos Lacerda e Roberto Freire.
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Tornou-se um anticomunista exaltado e sustentava que o socialismo havia fracassado. Atacava Cuba como uma ditadura horrenda e louvava a capacidade criativa do capitalismo, comparando os empresários aos intelectuais, artistas e poetas.
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Em uma entrevista à Veja, disse que somente malucos ainda acreditavam no socialismo e asseverou que os governos socialistas só tinham servido para criar ditaduras e matar pessoas.
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O anticomunismo exaltado de Ferreira Gullar e seus ataques à esquerda lhe granjearam amplo espaço na grande imprensa. Ganhou colunas da Folha de S. Paulo e em outros jornais para exercer o passatempo preferido de todo (ex-)pecebista: falar mal do Lula e do PT.
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Ferreira Gullar tornou-se um dos mais incisivos articulistas do antipetismo. Em artigos recheados de demofobia e elitismo, atacou os pobres, chamando-os de vendidos, rotulou Lula como analfabeto e ignorante e insuflou a narrativa moralista da "corrupção desenfreada".
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Em 2010, defendeu com afinco a candidatura de José Serra, a quem descreveu como "homem público, de todos conhecido por seu desempenho ao longo das décadas e por capacidade realizadora comprovada" e reduziu Dilma a uma "marionete de Lula".
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Assim como o resto do PCB, Ferreira Gullar exaltou os protestos de junho de 2013, que definiu como "expressão espontânea de parte da classe média contra o lamentável quadro político do país", "os sucessivos escândalos e a sombra da impunidade".
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Em 2014, apoiou com entusiasmo a candidatura de Aécio Neves, afirmando que "a saída do PT do poder seria uma revolução para o Brasil". "Alguém tem que substituir o PT, chega de PT", bradou.
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As declarações de ódio hidrofóbico ao PT feitas pelo ex-comunista motivaram o reconhecimento de seu status de intelectual em organizações ligadas à "nova" direita, como o Instituto Liberal de São Paulo.
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Também turbinaram o discurso anticomunista e antipetista, fartamente divulgado por páginas bolsonaristas antes, durante e após a eleição de 2018.
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Ferreira Gullar morreu em 2016 e, ao que parece, deixou muitas saudades nos liberais, bolsonaristas, anticomunistas e na juventude do PCB.
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Vocês ficam aí fazendo piada, vão acabar ofendendo a UJC que fez esse lindo trabalho gráfico pra homenagear o poeteiro.
Há 113 anos, em 17 de fevereiro de 1909, falecia Gerônimo, célebre líder dos guerreiros apaches.
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Gerônimo (dito "Goyaalé", ou "O Que Boceja" na língua apache) nasceu em 16 de junho de 1829 nos arredores de Turkey Creek, Novo México. O território ainda fazia parte do México, mas seria incorporado aos Estados Unidos em 1848, após a Guerra Mexicano-Americana.
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Gerônimo era descendente de Mahko, respeitado líder nativo, e pertencia à tribo dos Bedonkohe, de apaches chiricahua, famosos pela resistência aguerrida contra os invasores desde a era colonial.
Há 80 anos, em 17 de fevereiro de 1942, nascia o revolucionário estadunidense Huey Newton, líder dos Panteras Negras.
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Huey Percy Newton nasceu em Monroe, na Luisiana, uma cidade marcada por um longo histórico de linchamentos e violência contra negros. Mudou-se com sua família para Oakland, na Califórnia, onde concluiu o estudo básico em uma escola pública.
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Cursou direito na Universidade da Califórnia, transferindo depois para o Merritt College, onde iniciou sua militância. Filiou-se à Associação Afro-Americana e liderou uma campanha pela introdução do primeiro curso de história afro-americana no currículo do Merritt College.
Faça o que eu digo, não faça o que eu faço: nos Estados Unidos, centro difusor do pensamento neoliberal e da defesa do laissez-faire, a privatização do sistema elétrico não é sequer cogitada.
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Os Estados Unidos são o 3º maior gerador de energia hidrelétrica do mundo, atrás apenas da China e do Brasil. As hidrelétricas estadunidenses tem um potencial instalado de 102,8 GW e contribuem com 6,6% de toda a energia consumida nos Estados Unidos.
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Há usinas hidrelétricas em 36 dos 50 estados do país. A maioria, entretanto, está concentradas na bacia hidrográfica do Rio Columbia (44%). O sistema hidrelétrico estadunidense é administrado diretamente pelo governo dos Estados Unidos.
Há 117 anos, em 15 de fevereiro de 1905, nascia a psiquiatra Nise da Silveira. Pioneira da psicoterapia ocupacional, Nise se destacou por promover a humanização do tratamento psiquiátrico, ajudando a abolir práticas como o confinamento, o eletrochoque e a lobotomia.
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Nascida em Maceió, Alagoas, Nise era filha da pianista Maria Lídia e de Faustino Magalhães, diretor do Jornal de Alagoas. Após cursar o ensino básico no Colégio Santíssimo Sacramento, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, tornando-se a única mulher de sua turma.
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Graduou-se em 1926, entrando para o seleto rol das primeiras mulheres formadas em medicina no Brasil. Casou-se posteriormente com o sanitarista Mário Magalhães da Silveira, que seria seu companheiro pelo resto da vida.
Veículos pertencentes ao jornal Folha de S. Paulo são incendiados por opositores da ditadura militar brasileira em 1971. O ato foi uma reação à colaboração de Octávio Frias de Oliveira, proprietário da Folha de S. Paulo, com os órgãos de repressão do regime militar.
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Conforme apurado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), Octávio Frias de Oliveira foi um dos financiadores da Operação Bandeirantes (Oban) - aparelho de repressão do regime militar, responsável por capturar, torturar e assassinar os opositores da ditadura.
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O relatório da CNV também aponta que veículos pertencentes à Folha de S. Paulo eram utilizados para transportar opositores do regime militar até as dependências da Oban ou do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), onde eram então torturados e assassinados.
Civis observam o bairro de Liben, destruído durante o equivocado Bombardeio de Praga. Há 77 anos, em 14 de fevereiro de 1945, a Força Aérea dos Estados Unidos atacava por engano a cidade de Praga, capital da Tchecoslováquia, pensando se tratar da cidade alemã de Dresden.
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Em fevereiro de 1945, a Segunda Guerra Mundial se encaminhava para o seu desfecho. As tropas da União Soviética já haviam libertado quase todo o Leste Europeu durante a Ofensiva de Vistula-Oder e agora já marchavam em solo alemão, rumo a Berlim.
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O Exército Vermelho ficou responsável pelo trabalho pesado durante a ofensiva, cabendo aos aliados coordenar operações de apoio. Entre essas operações, estavam os ataques aéreos à Alemanha, com a finalidade de manter a Luftwaffe ocupada enquanto os soviéticos avançavam.