Thread by @guilhermevcz

O Brasil tem 3,8 milhões de caminhões.

- 2,8 mi estão nas mãos de empresas. E só 1% deles são alugados.

- Do total, 1,2 mi tem +15 anos de uso.

Aqui, a #VAMO3 nada de braçada com 85% de market share.

Até agora.

#RAPT4, #GGBR4 e VW também querem uma fatia desse mercado.

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Como o setor é bem rentável — a margem EBITDA gira em torno de 70% a 85% — estava demorando pra aparecer mais empresas dispostas a explorar esse oceano azul.

Até que a Gerdau e a Randon decidiram se juntar criando uma joint venture, cada uma com 50% de participação.

O investimento inicial será de R$ 250 milhões — o que é pouco, já que caminhões são um negócio caro. Mas a empresa estará aberta para receber aportes de capital de fundos de investimento e de empresas com expertise em logística.

O foco inicial do negócio será direcionado para caminhoneiros autônomos que, em geral, não tem grana pra fazer a compra direta de um caminhão. De acordo com a Gerdau, mais de 1,2 milhão dos caminhões do país têm mais de 15 anos de uso.

Ou seja, já tá mais do que na hora de aposentar a lata velha. (Curiosidade: a depreciação de veículos pesados é feita em média entre 8 a 10 anos). Já a Randon que estudava entrar no negócio há anos cita que nos EUA, 95% dos semirreboques p/ contêineres são adquiridos via leasing.

Mas o negócio não deve parar com os caminhões. A dupla também espera aumentar o portfólio com a locação de máquinas da linha amarela, usadas na construção, e da linha verde, do agro - o que a Vamos já faz.

Será que Randon e Gerdau conseguirão bater de frente com a Vamos? Pra você ter ideia do tamanho da empresa, a Vamos fechou o primeiro sem de 22 com 27,2 mil caminhões e 6,7 mil máquinas, total de 33,9 mil ativos. A Receita Líquida do 1S22 bateu R$ 2,1 bilhões, +80% do que o 1S21.

Do outro lado do páreo temos a Randon que é maior fabricante de semirreboques do país e possui mais de 80 pontos na sua rede de distribuição de implementos. No 1S22, a empresa faturou R$ 5,2 bilhões, 30,4% a mais do que o 1S21.

Juntando forças, vem a Gerdau com seu braço de logística, a G2L. Em 2021, a empresa transportou mais de 3 milhões de toneladas em suas operações, movimentando cerca de R$ 20 bilhões em cargas.

Mas não é só a Randon e a Gerdau que querem entrar na água. A Volkswagen, por meio da sua unidade de Caminhões e Ônibus e a de Financial Services, lançou um programa de assinatura de locação de caminhões. Esse é o primeiro a ser oferecido por uma montadora do segmento no Brasil.

Agora, parece que o sossego de ter encontrado a praia quase deserta acabou pra Vamos. Pra saber mais sobre ela, fica esperto que a empresa é a próxima do setor de logística a entrar no VBOX!

Enquanto a Vamos não aparece por lá, você pode garantir uma cópia do relatório da JSL (JLSG3) que, assim como ela, tbm faz parte do Grupo Simpar (#SIMH3).

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