Bem, é importante sabermos que não há evidência científica de que campanhas de conscientização em um curto período de tempo sejam capazes de reduzir as taxas de suicídio. Embora muito bem intencionadas, há uma boa chance de que sejam ineficazes para além de trazer o tema à baila.
A literatura acadêmica no campo sugere que, para que campanhas de suicídio tenham maior chance de efetividade, elas precisam ser acompanhadas de programas de prevenção do suicídio – e estes vão bem além de campanhas publicitárias e/ou nas redes sociais.
Há pelos menos duas décadas tempo a OMS (@WHO) tem proposto medidas que, quando implementadas, são capazes de efetivamente reduzir as taxas de suicídio de um país. São relativamente simples e baratas, mas que precisam serem tomadas de forma organizada. who.int/publications/i…
Porém, embora com taxas relativamente baixas, os índices de suicídio por habitante no Brasil subiram quase 50% nos últimos 20 anos. Os dados são mais preocupantes em algumas cidades, como Dourados-MS (pelo suicídio indígena), ou nos estados do Sul do país. revistaquestaodeciencia.com.br/index.php/arti…
Psiquiatras brasileiros como Neury Botega e José Manuel Bertolote fizeram estudos pioneiros demonstrarem que há caminhos possíveis para a prevenção.
Estas medidas, porém, nunca foram tomadas.
E aqui não estamos falando só do governo Bolsonaro, que além de não tomar medidas, incentiva o acesso a armas de fogo, algo associado a maiores riscos de suicídio.
NENHUM governo federal prévio estabeleceu um programa específico para a prevenção do suicídio. Mas não é só isso.
Não se tem notícia que a @ABPsiquiatria e o @medicina_CFM, embora gostem de promover a campanha pouco efetiva do Setembro Amarelo, tenham usado de sua intimidade visceral - e preocupante - com o atual governo federal para tentarem propor um programa efetivo de prevenção.
Programas de prevenção funcionam principalmente na sensibilização de trabalhadores de saúde de emergências e na atenção primária – postos de saúde – e na identificação de pessoas sob risco para receberem tratamento, já que o maior fator associado ao suicídio é ter depressão.
Sendo assim, vamos conversar sobre o assunto, vamos ficar atentos aos riscos - e o principal deles é a presença de depressão - e vamos incentivar as pessoas a se cuidarem.
Mas não podemos deixar de pressionar o poder público para que TOMEM MEDIDAS EFETIVAS.
Peço desculpas pelo erro na imagem (que fica mais evidente para quem tem fundo escuro no Twitter). Corrigi aqui. Pena que não dá para editar no tuíte original.
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Já brochei de inexperiência. Já brochei de tensão. Já senti tanto amor e desejo pela pessoa diante de mim, e, por isso, tinha que fazer minha pica ser tão sensacional e maravilhosa que a única resposta decente só podia ser uma bela brochada – aliás, essa é talvez a mais clássica.
Será que se os homens cis fizessem relatos de brochadas surgiria um movimento como algumas correntes de denúncia sobre assédio que se formaram nesta rede? Acho que não. Apesar de criticarmos Bolsonaro, morremos de medo de assumir publicamente a "falha" de nossa virilidade.
A Associação Americana de Psiquiatria acaba de liberar duas decisões muito importantes no contexto de política de drogas. Vou comentá-las aqui neste cordel. Elas versão sobre política de drogas e o uso terapêutico de psicodélicos.
O primeiro documento se chama “Declaração de posição sobre o impacto do racismo estrutural no uso de substâncias e os transtornos de uso de substâncias”. Sua intenção e seu título não podem ser minimizados.
O texto reforça que em janeiro de 2021 a APA pediu desculpas por seu papel no apoio ao racismo estrutural e tenta retificar as injustiças cometidas do passado em nome do combate à dependência química. Vou reproduzir na sequência, traduzidos, um por um os pontos deste documento.
Ainda sob o impacto de 'This is not America', do rapper porto-riquenho @Residente e da dupla franco-cubana @IbeyiOfficial, resolvi fazer um breve - e certamente incompleto - #cordel de referências nesta obra que deveria tocar profundamente qualquer latino-americano. Segue aí. 👇🏽
ALERTA: esse é um cordel com spoilers.
Se ainda não assistiu o clipe, recomendo dar uma pausa aqui na leitura e ir receber o impacto completo de ver o clipe.
Tá aqui o link.
Ah, antes de começarmos, este cordel é apenas um divertimento, não esgota a obra. Não coloquei todas as referências, apenas as que achei pessoalmente mais interessantes. Algumas eu conhecia e outras aprendi agora na internet. Se quiser trazer mais elementos, fique à vontade.
O ano de 2021 está nos seus estertores (e já vai tarde!) mas eu não posso deixar de compartilhar e comentar essa notícia que foi um furo do xará Luis Fernando Correia (@SaudeEmFoco). Eis que sabemos da Corbevax, uma vacina com características excepcionais. cbn.globoradio.globo.com/media/audio/36…
A vacina foi desenvolvida por uma Universidade (o Baylor College of Medicine, em Houston, Texas; @bcmhouston). Ela utiliza uma tecnologia barata, dominada há décadas em vários países de renda mais baixa. É a mesma usada para fazer as já clássicas vacinas contra a hepatite B.
Isso é muito importante, ainda mais se levarmos em consideração como países da África e da Ásia ainda estão com baixíssimas coberturas vacinais. Sem usar técnicas caras (ainda que geniais) como as vacinas da Pfizer e Moderna, a Cobervax parece ter taxas semelhantes de eficácia.
#GDS2022: SAN PEDRO E PEIOTE, CACTOS DE MESCALINA
Para participar, vá a bit.ly/gds2022, selecione 🇧🇷 e depois Submit/▶️.
Siga o fio para saber o que a versão atual do Levantamento Global de Drogas vai perguntar sobre esses cactos 🌵. Qualquer pessoa pode responder.
🧵👇🏽
Embora a mídia tenha seguido o renascimento psicodélico tradicional nos últimos anos, concentrando-se na ayahuasca e na psilocibina, vale a pena lembrar que a mescalina tem uma história que talvez seja ainda mais antiga (pelo menos ~5.700 anos).
Embora não seja tão popular e certamente não tão simples de preparar e consumir como cogumelos com psilocibina, cactos com mescalina ocupam um lugar especial nos círculos etnobotânicos e antropológicos. A GDS2022 achou que era hora de sabermos uma pouco mais sobre esta molécula.