Os acontecimentos por trás de nossos títulos nunca serão contados pelos grandes veículos burgueses de mídia, com o seu verdadeiro contexto e teor político.
É muito bom festejar, mas não podemos esquecer e reivindicar a grandeza dos momentos antifascistas de nossa rica trajetória. Sejam eles conscientes ou não.
O ano era 1981: sob comando do ditador João Baptista Figueiredo, o Brasil vivia a "abertura lenta, gradual e segura" da democracia. Isso após anos de mortes, torturas, estupros e todos os crimes hediondos praticados pelos militares.
Naquele ano, ganhamos a primeira Taça Libertadores. E Anselmo foi um dos protagonistas, na final contra o Cobreloa, ao dar um soco em Mario Soto. Soto, gado de Pinochet (ditador chileno e amigo de Paulo Guedes), distribuiu pancadaria ao longo das três partidas.
Sendo acusado por Adílio, Júnior e Zico de jogar, inclusive, com uma pedra nas mãos. Objeto usado para agredir o elenco rubro-negro sem a bola. Anselmo, então, entrou e revidou.
Logo após ser lançado a campo pelo técnico Carpegiani, viu, num lance de escanteio para o adversário, uma boa oportunidade para dar fim a toda injustiça sofrida pelo clube, seus jogadores e sua torcida.
Ao visualizar a bola sendo alçada a área, Anselmo, já orientado a cumprir tal missão, procura imediatamente o jogador chileno e aplica um soco contra a injustiça, contra o fascismo e de liberdade. Bradava a narração do Galvão Bueno: "O Flamengo é campeão na bola e na pancada!"
2022: sob o comando de Bolsonaro, vemos o Brasil se desfazer institucionalmente. Vemos a destruição da Amazônia, do SUS, das universidades e o aumento da violência e das milícias com a liberação das armas.
Os escândalos de corrupção são imensos: orçamento secreto, barras de ouro do MEC, propina na compra de vacina, 51 imóveis comprados pela Família Bolsonaro com dinheiro vivo, entre outros.
No sábado temos a decisão da Libertadores. E domingo temos a decisão do Brasil.
Por isso, relembrar Anselmo é mostrar que nossa unidade de classe é capaz de empurrar o Flamengo rumo ao TRI e de empurrar Bolsonaro para dentro do esgoto!
A política fracassada de aliança de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, com Bolsonaro, numa briga estúpida com a Rede Globo, tem gerado muitas críticas por parte de torcedores (goal.com/br/not%C3%ADci…).
Esta união, que teve por objetivo retirar audiência da TV da família Marinho, envolveu o clube numa empreitada que não vale a pena neste momento.
Há dois motivos para isso:
1 - dado que esta emissora tem tácita aliança com a burguesia deste país e com o capital internacional (nada muito diferente do capital político de Bolsonaro, diga-se, referendado por setores desta mesma elite);
Voltando ao caso de racismo do Ramirez, do Bahia, no qual foi reintegrado ao time e jogará essa rodada como se nada tivesse ocorrido.
A diretoria marketeira do Bahia leva em consideração apenas o laudo encomendado pelos mesmos, ignorando o laudo apresentado por profissionais do INES, numa campanha de difamação e acobertamento, mostrando sua real face.
Seus torcedores acabam se deixando levar pelo que convém. Afinal, o risco de rebaixamento é cada vez mais eminente. Para alguns, princípios são negociáveis aos interesses, mostrando assim sua "luta".
Na terça-feira, 19 de maio, em meio à maior pandemia dos últimos anos, vimos uma vez mais o alinhamento da diretoria com este (des)governo.
Não é a primeira vez e não será a última em q vemos fotos da diretoria e do presidente juntos, devido a esses interesses escusos em comum.
Não iremos mais fazer notas de repúdio toda vez que houver um novo encontro, acordos(como o do encontro de ontem, discutir a volta dos treinos e jogos em plena pandemia). Já está claro qual é o alinhamento e quais são os interesses desta diretoria, assim como nosso posicionamento
O presidente da república (que uma vez mais ganha uma nova camisa oficial do clube, camisas essas que a maioria da torcida rubro negra não con$egue comprar) debocha das mortes e das orientações da saúde para se precaver contra o coronavirus.
que relembra a Lei de Segurança Nacional da época da ditadura, a perseguição à Agência Nacional de Cinema, enquanto BolsoNazi comendo um banquete com jornalistas estrangeiros nega a existência da fome no Brasil, indica o filho para o cargo de embaixador
em Washington e vai ao estádio assistir uma partida do campeonato brasileiro.
O atual presidente, em sete meses de mandato, é figura carimbada nos estádios de futebol, sempre fazendo populismo da pior espécie, afagando e sendo afagado por coronéis, ora cartolas, ora políticos
Nesta Sexta feira, completam-se 48 anos do assassinato de Stuart Angel pela ditadura militar do Brasil.
Quem era Stuart Angel:
Stuart foi Bicampeão carioca de remo pelo Clube de Regatas Flamengo na adolescência (1964 e 1965).
Nascido em Salvador, em 11 de janeiro de 1945, Stuart Edgar Angel Jones cresceu no Rio de Janeiro. Era filho de Norman Angel Jones e Zuleika Angel Jones, a Zuzu Angel, uma conhecida estilista. Aluno de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
passou a militar politicamente no movimento estudantil, numa dissidência do PCB (Partido Comunista Brasileiro) que daria origem ao MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro). Dirigente do grupo armado desde 1969, foi acusado num inquérito policial de participar,
GOL CONTRA: DITADURA MILITAR IMPÔS DERROTA AO BRASIL
Os coletivos e torcidas antifascistas vêm a público manifestar total repúdio ao incentivo irresponsável do presidente da República, Jair Bolsonaro, para que as Forças Armadas comemorem o golpe contra a democracia
ocorrido em 31 de Março de 1964, no qual foi deposto o legítimo presidente João Goulart.
Hoje, em tempos de pós-verdade, a direita nacional procura difundir uma ficção em torno do período da Ditadura Militar, entre 1964 e 1985.
Afirmam que “salvaram o Brasil do comunismo”, que “só bandidos foram presos”, que a “corrupção foi extinta” e que “houve grande crescimento econômico”.
Na verdade, trata-se de uma coleção de mentiras e falsidades. O governo Goulart não era comunista