Roboredo Profile picture
May 29 56 tweets 14 min read Twitter logo Read on Twitter
#Leitura de #Livro #Roboredo : Por xanas do Leste de Angola

O que viemos fazer aqui ? Perguntou o furiel ao alferes: escoltar os comandos
Então tua pickup vai tomar a dianteira da coluna militar, porque o carro rebenta minas é dos comandos
És louco !
Sim, e sou oficial superior. Image
Registo romanceado de experiências e emoções vividas por um Alferes Miliciano de Cavalaria, durante a sua comissão militar, de 1965 a 1969, em particular no Leste de #Angola

jn.pt/cidadao-report…
E vamos os dois na pickup, e se dar merda, ou carne picada, vamos desfrutar juntos.

Antes do condutor dar o arranque da marcha, vem a correr o soldado # 62, que pede para seguir no carro já lotado, disposto a trocar lugares, Kwanyama forte, parecia Khoi

«Não tem hipótese. É ali que o gajo está escondido, naquele
espaço entre a pedra e a árvore pequena.»
Sentia-se muito tenso, com todos os sentidos alerta. Queria
disparar.
«Vá lá, aparece, meu grande cabrão.»

Um sentimento estranho de raiva e talvez de ódio, ou vontade de matar.
Os olhares cruzaram-se. Elas também estavam ali a procurar
Não me diga que veio de uma ilha com coqueiros e mar azul!
Acertou, sou de #CaboVerde
Qualquer coisa me dizia que sim – disse-lhe sorridente, aproximando-se um pouco.
Principalmente por causa dos seus olhos lindíssimos
– Xé… meu irmão! Aqui deve haver leão! – disse um soldado africano.
– És mesmo burro! O leão aparece quando há gazela e a gazela só aparece quando há pasto verde, quando o capim começa a nascer – respondeu outro.
Os próprios soldados africanos, ficaram
extasiados com a xana.
Teixeira de Sousa era uma localidade fronteiriça, buliçosa, com ruelas movimentadas, onde se ouvia falar FR, PT e dialetos locais.
A atacada pela UNITA, na madrugada do dia de Natal de 1966. O ataque fora rechaçado pela guarnição portuguesa, com 10 de baixas do lado dos atacantes
Ao fim de algum tempo, os Militares eram seguidos por um rancho de miúdos andrajosos, zaragateiros, uns pequeninos, outros maiores, mas todos a pedir, em grande algazarra… qualquer coisa!
– Xé, tropa… dá comida! – pediam agarrados às calças dos militares.
Ele trazia um pacote de bolachas no bolso do camuflado e resolveu levantá-lo na mão, com a intenção de o distribuir. De imediato, foi literalmente cercado. Agarraram-lhe o casaco, as calças, puxavam, gritavam frenéticos… empurravam-se uns aos
outros para ganharem uma posição,
Alguns caíam, numa gritaria tal que outros militares vieram em socorro do alferes. O caos pelas bolachas estava instalado!
– Estejam caladinhos ou então temos chapada! gritaram com voz grossa.
Deixada a traz a rapaziada, ouviram choros e queixas, Já imperava a lei do mais forte!
Os machos latinos de #Portugal achavam-nas uns encantos… sem tabus, tão diferentes das portuguesas, prisioneiras do parece mal , do pecado , da defesa intransigente da virgindade, do chegar tarde a casa dos pais prisioneiras, como eles, daquilo que padre e @ImperadorSalaz dizia
@ImperadorSalaz Dependia do $ dos pais para comprar cigarros, para o
cinema, para jogar bilhar, para tudo, até para pagar a
residencial onde dormisse com uma namorada.
«Não aguento mais isto», pensava, com sentimento de culpa, até porque os pais faziam sacrifícios para 3 filhos, todos a estudar
@ImperadorSalaz – Só mais cinco minutos – concordou o casal.
Os cinco minutos passaram, inexoravelmente, um após outro.
Ele tinha de se libertar daquele doce conforto, do calor morno dos lençóis, das carícias, dos beijos dela para iniciar um novo caminho, rumo ao desconhecido, rumo a guerra
@ImperadorSalaz – O guincho funciona, porra! Mas quer verificar? É isso?
Então tenho de chamar o cabrão do ajudante para esticar o cabo de aço. Onde é que aquele preto se meteu?
Estes guinchos eram montados no para-choques da frente e, os cabos de aço amarravam-se ao tronco
de árvores vizinhas
– Ninguém corta ramos para camuflagem. Qualquer vestígio pode abortar a operação
Não se esqueçam que eles vão chegar acossados, desconfiados,
com todos os sentidos alerta!
– Nem lhes cabe um feijão no cu
– Não sabem que estamos aqui, mas devem desconfiar!
– Bem… que se fodam as granadas e os dilagramas. Isto vai ser resolvido a tiro de G3. Fogo para cima deles! Atirar a matar, sem lhes dar descanso!
Os madeirenses e os açorianos eram conhecidos por serem excelentes soldados, homens mais de partir do que torcer.
Contavam-se histórias, acerca de unidades formadas deles que se lançavam em corrida a perseguir o inimigo, acabando por conseguir capturá-los, sem dispararem um tiro.
Não porque tivessem
qualquer poder de compra que pudesse interessar ao comércio local – não traziam massa suficiente – , mas porque eram como uma praga. Entulhavam as ruas, curiosos e espantados.
Chateavam o trânsito, tal era a quantidade de maçaricos!
Para além deste aspeto, o maçarico era um tipo rosado, com pele de cu de bebé, um pouco intimidado, espantado com tudo, em especial com os africanos e com as africanas, pois ficavam parados na rua, a observá-los, comentando entre eles não se percebia bem o quê.
Andavam em grupos, nunca menos de dez a doze, e dizia-se que era impossível atropelar só um maçarico. Em caso de atropelamento, iam sempre parar ao hospital três ou quatro de cada vez.
Finalmente… o cacho de bananas! Coisa que nunca tinham provado. Mas gostavam !
Quotizavam-se e compravam um grande cacho delas. O mais alto transportava às costas e os restantes
o seguiam sacarem bananas, feitos macacos . Os Maçaricos deitavam as casas por todo lado, uma praga !
O furriel Mendes era mulato e o Nunes, pelo sotaque, era madeirense ou açoriano.
– Você, furriel Nunes, é madeirense ou açoriano?
– Açoriano! – respondeu secamente, como se tivesse ficado chateado.
Era um mulato de feições corretas, perfeitas mesmo, que teria dado uma bonita mulher se o destino tivesse escolhido assim.

Os exercícios militares e a boa alimentação que o
Exército lhe proporcionou, fizeram dele um tipo robusto e confiante em si próprio.
Os guerrilheiros estavam junto ao rio a responder ao fogo.
Ouvia-se distintamente o som das AK 47 e ouviam-se vozes angustiadas que falavam um dialeto indígena.

O 62 também começou, cadenciado, a disparar séries de dois e três tiros, com uma ligeira pausa entre as séries.
O 62 mantem-se em cima deles! Eles entraram… entraram na zona de morte. Estão cá dentro! Vamos fodê-los a todos!», pensava o alferes, nervosamente.

«Quantos serão? Não consigo ver mais nenhum, mas eles estão aqui. Aquele gajo que abati, não veio sozinho»,
– Ricardo! Vais rebentar com aqueles gajos do #MPLA que estão ali num buraco controlado pelo 62!
– OK! – respondeu o Ricardo, vistoriando a G3 e preparando
um dilagrama.
– Vais subir para cima daquela elevação que se vê daqui. Estás a ver? Dão-me cobertura, até lá?
Ainda ouvis-se gemidos.
Mas alguém ficou para trás, mantendo-se junto do guerrilheiro ainda vivo e sofrendo
Pouco depois, os da frente ouviram lá trás um tiro.
Perceberam que foi um tiro amigo, de respeito, de um combatente para o outro
– Temos um morto! O ex-paraquedista !
– Agora já podemos comer as nossas rações de combate e as conservas – disse o alferes – e podemos fumar à vontade!
– E também podemos cagar à vontade! – acrescentou alguém.
O dia da emboscada chegou rapidamente ao fim, ocupado com a descrição das emoções e com os comentários
– Eh! Meu alferes! Tanto preto! Podemos começar já por aqui?! – diziam alguns soldados que, até àquela altura, o único africano que tinham visto teria sido o Eusébio!
Transpirava estar mal adaptados ao clima, metidos em fardas quentes e de pesadas botas, vermelhos como tomates.
Esse grupo era comandado por um velho guerrilheiro do #MPLA, chamado Tadeu Simba, que tinha colaborado decisivamente na entrada em #Angola, mais propriamente no Leste, de numerosos grupos de guerrilheiros vindos da #RDC, era um cabo de guerra experiente
Enquanto decorria o ataque, viram um branco louro que os procurava e que fazia fogo na sua direção. Disparava dois tiros de cada vez, muito rápido e certeiro. Um entrou em pânico e também correu em direção à margem, para se atirar ao rio. O branco levantou--se um pouco, atingiu-o
Deixaram-nos entregues à sua sorte e correram,
recuando, com os feridos às costas. Correram até não
aguentarem mais.
No dia seguinte foram cercados por dois pelotões, um dos Comandos e outro dos Paraquedistas.
Nota: Renderam-se, ou morreram ?
Os soldados do #MPLA estavam nervosos, olhando agitados uns para os outros e principalmente para o chefe. Tinham passado muitos dias a comer e a beber mal, o que se notava nos ossos salientes da cara e nas carapinhas desgrenhadas e cheias de lixo da mata.
Eram todos muito magros.
Amo o meu país, esta Nação com 900 anos!
– E os colonialistas? Que andam a mamar à nossa custa!?
– Mas esses não foram chacinados no Norte de Angola! Estão sentados em belos gabinetes em Lisboa, em Paris, etc.
Nós viemos cá por causa do nosso povo, não foi por causa desses gajos!
As matanças no Norte de Angola, em 1961. Foram cerca de 1000, chacinados à catanada e a tiro, homens, mulheres e crianças, velhos e novos, indefesos… lembras-te das fotos? Jogaram futebol com a cabeça de bebés, violaram, torturaram. Se não tivéssemos vindo cá, como era?
– Aqueles filhos da puta da #UNITA, qualquer dia magoam os polícias pretos !
– E roubam a metralhadora Breda...
– Se não acontecer nada, se não houver reação da nossa parte, eles juntam mais efetivos, mais armamento, e um dia fodem os polícias! E levam a metralhadora!
– Vá lá pessoal! Fogo para cima destes filhos da puta! –
gritava-lhes o furriel Gonçalves, excitado com o cheiro a caça.
Lá dentro gerou-se o pânico. Os guerrilheiros correram
desorientados à procura das armas, mas tropeçavam, chocavam uns com os outros e um deles caiu, ao gritos
Os sete carros pararam junto às ruínas e todos se apearam.
Confirmaram que a fazenda tinha sido atacada e vandalizada, porque eram bem visíveis as marcas de tiros nas paredes e junto às janelas. Não tinha portadas e a cobertura estava derrubada.
Eram atacados por cães à saída de condutas de
esgoto cheias de tripas, eram socados, agredidos com sacos de areia que caíam sobre eles, rebentavam-lhes explosivos perto das orelhas, punham-lhes arame farpado à frente que tinham de ultrapassar, sempre em passo de corrida !
– Foi para os lados do Lucusse, emboscaram-no perto do Lucusse, houve baixas
– Já comuniquei com a ZIL e vão disponibilizar helicópteros para irmos lá. Preparem 15 homens com rações de combate para três dias, pois vamos atrás daqueles filhos da puta da #UNITA até os encontrarmos Image
– Quem é que foi abatido?
– Montenegro de olhos muito abertos
– Foi o cabo Castro e um soldado bailundo, o Marcolino. O cabo levou dois tiros na testa e morreu instantaneamente, o outro ficou com vida, depois da emboscada, mas eles acabaram com ele à facada.
– Cortaram o sexo ao cabo Costa e meteram-lho na boca, enquanto outros tentavam arrancar o coração ao bailundo.
– Como?! – perguntou, incrédulo.
– Abriram um grande buraco no peito do bailundo para lhe arrancarem o coração!
– Tiveram tempo para tudo.
– Foi rápido!
– Depois valeu a minha malta, que estava no carro do meio, meu alferes, que reagiram e conseguiram fazê-los recuar
– Bem… quando os nossos gajos se aperceberam que os MPLA estavam a recuar, foda-se, meu alferes, fizeram fogo como o caralho. Despejaram carregadores e cima deles!
– Quero perseguir o grupo do #MPLA que nos atacou, apesar de já levarem um grande avanço – explicou aos homens – e quero avisar, desde já, que isto pode demorar uns dias.

Tudo depende de conseguirmos, ou não, detetar o rasto. Para isso conto ali com o 62 que é um bom pisteiro.
Era um grande acampamento. Tinha muitas cubatas, mas todas vazias. Algumas só tinham a cobertura suportada por varetas feitas com ramos de árvores, espetados no chão. O cheiro era intenso. Cheirava a catinga, a excrementos de galinha e a porco
Tinha sido abandonado há pouco tempo
Anda ali uma gaja de casaco vermelho. É uma das que vimos na xana a apanhar peixe. Que estará ela a fazer a esta hora?

Continuaram a aproximar-se. A principal preocupação era o cão
que podia começar a ladrar, de um momento para o outro.

Viram mais mulheres, duas delas grávidas
Quando já estavam a preparar-se para rastejar de volta, ouviram os latidos do cão! Pararam, imóveis, esperando o desenrolar dos acontecimentos. Ouviram vozes de homens dentro da mata. Levantaram ligeiramente a cabeça.
Estavam a chegar 3 homens que entraram e um pontapeou o cão !
Nos efetivos desse grupo, constava um antigo caçador negro que, durante muitos anos, percorrera as Terras do Fim do Mundo a caçar elefantes tinha uma carabina soviética Mosin--Nagant, calibre 7,62mm com mira telescópica. Este foi o homem escolhido para matar o 62, o Bosquimano!
Para o 62 atrair a um local que o obrigasse a
passar junto àquele morro, fizeram, na véspera, uns disparos contra a casa do Chefe de Posto de Luma Cassai

No dia seguinte a este atentado, a ZIL incumbiu o Esquadrão de Cavalaria de tomar conta da ocorrência e de investigar o caso
O 62 já olhava em frente quando o tiro foi disparado. A bala, calibre 7,62 mm, entrou-lhe pelo lado direito da cabeça, dois dedos acima da orelha, e saiu-lhe pelo outro lado, passando rente ao soldado que ia sentado de costas para ele.
O atirador foi abraçado como um herói.
– Mataram um soldado português! A alma dele quer vingança.
Entendeste?
– Xé! Alferis, mataram mesmo?...
– Não te faças de parvo! Sabes isso muito bem! E eu também sei que estiveram aqui! Comeram e dormiram aqui na tua aldeia e tu, sendo o Soba, deste autorização!
Furioso com a resposta do Soba, tinha pendurado uma criança, levantando-a pelos pés com a mão esquerda, enquanto segurava a G3 com a mão direita, enfiando-lhe o cano por baixo dos queixos. A criança desesperada tentava afastar o cano da arma para longe da cabeça.
– Nunes!! Larga a criança… já!! – gritou-lhe o furriel
Gonçalves que chegava, em corrida, vindo de outro lado e seguido por alguns soldados
O alferes parou e empunhou a G3, apontando-a ao furriel Nunes.
– Largue já a criança!! – gritou-lhe
Mas não foi a tempo. O furriel disparou
– Estes filhos da puta acolheram aqui na aldeia os gajos do MPLA, meu alferes – gritou o furriel Nunes, histérico, com as carótidas salientes do pescoço – os mesmos que mataram o 62
– Cale-se, imediatamente! – respondeu-lhe o alferes,
apontando-lhe o indicador, vermelho de cólera
Ofegante e nervoso, o alferes posicionou-se de novo à frente do velho e, mais uma vez, sem paciência, voltou a perguntar-lhe:
– Queres falar do grupo do MPLA que esteve aqui ou temos de ir até ao Luso para te entregar à PIDE?
– Os bandido não vieram não
– Meta este gajo no Unimog
Nota: A conclusão do livro é honesta pois mostra a conclusão a nível pessoal de vários veteranos, que culpam o Salazar pelo desastre e desperdício de vidas, por não ter negociado com os "movimentos de Libertação", o que é meio ingénuo, pois quem mandava neste eram os EUA e URSS.

• • •

Missing some Tweet in this thread? You can try to force a refresh
 

Keep Current with Roboredo

Roboredo Profile picture

Stay in touch and get notified when new unrolls are available from this author!

Read all threads

This Thread may be Removed Anytime!

PDF

Twitter may remove this content at anytime! Save it as PDF for later use!

Try unrolling a thread yourself!

how to unroll video
  1. Follow @ThreadReaderApp to mention us!

  2. From a Twitter thread mention us with a keyword "unroll"
@threadreaderapp unroll

Practice here first or read more on our help page!

More from @Roboredo1

May 27
#Leitura #Roboredo

"A #OUA, grupelho formado por terroristas e comunistas a soldo de Moscovo e Pequim, [em paralelo com os Estados Unidos], tudo fizeram para isolar Portugal e impor a sua vontade no Ultramar Português". Refugiados de #Angola.
No dia 25 de Abril de 1974, a guerra em Angola era reconhecida como ganha. Os confrontos com o inimigo eram quase inexistentes. O inimigo, então com três frentes – MPLA, FNLA e UNITA – estava praticamente inerte e reduzido a poucos efectivos, como se constatou após a revolução.
Racistas individualmente, claro que os havia, e há, quer fossem brancos, quer mulatos, quer negros, agora como fenómeno generalizado, é pura mentira, tentando-se arranjar desculpas para o indesculpável.
Read 30 tweets
May 25
É inútil celebrar a natureza, pois Deus a criou, e no máximo poderíamos nos congratular de nossos antepassados terem conquistado este continente

O conceito de Africa é uma praga paralisante, o equivalente a sobrecarregar com assunto de velhice, um recém nascido

#AfricaDay2023
Panafricanismo é um sintoma de Dunning-kruguer e culto cargueiro, em que invejando o grau de unidade de povos poderosos, os brancos Ocidentais ou os Chineses da Asia, queremos construir tecto sem as paredes, milenar consolidação cultural e económica necessária, que o sustentam.
O oposto de uma ideia estúpida muitas vezes não é uma ideia inteligente, mas apenas outra ideia estúpida com características opostas.
@uMarhobane, Afriforum

Antes da unidade Africana, deve se criar a unidade de coisas mais pequenas (povo e pais), que são elementos constitutivos
Read 5 tweets
May 25
"Deva-se dizer que a culpa dessa miséria da educação não pode só ser atribuída ao governo ou às circunstâncias, tais como a falta de escolas ou a dificuldade de transporte. É um círculo vicioso. Enquanto não for criada uma "mentalidade educacional".
O Dinossauro via @OrdemLivre
Conservar é difícil, requer atenção, cuidado, responsabilidade. Os mosaicos de pedra branca e preta, célebres nas calçadas cariocas, andam invariavelmente soltas para tropeço dos transeuntes. Os relógios públicos, ninguém se lembra de mantê-los pontuais ou mesmo de lhes dar corda
Read 16 tweets
Mar 26
Prédio construído por #Portugal desabou em #Angola

Abuso dos usuários (infiltração de água e canos entupidos) e falta de manutenção (drenagem), a expressão coletiva do curto horizonte de tempo individual

$ não faltou, repare nos carros modernos no estacionamento.
Colapso de prédio colonial é uma ocorrência comum, como o QG da Polícia Judiciária em 2008, o Ministro do Interior, então Chefe da Defesa Civil, Laborinho, disse que é responsabilidade do Colonizador e da administração colonial construir sobre um pântano

#WhiteManBurden #Angola
A maioria dos blocos de apartamentos coloniais modernos de Luanda foram construídos entre 1950 e 70, rápida degradação sob proprietários angolanos e administração pública é replicada Centralidades construídos pela #China: ralo entupido por alimentos com água, torneiras abertas
Read 19 tweets
Mar 25
Apartment building constructed by #Portugal collapsed in #Angola

Abuse by users (water infiltration and clogged pipes) and lack of maintenance (drainage), the collective expression of individual short time horizon

$ was not lacking, notice the modern cars in the parking lot.
Collapse of colonial building is a common occurence, like Judicial Police HQ in 2008, Minister of Interior, then Civil Defese Boss, Laborinho, said that it is the responsabilidade of Colonizer and the colonial administration for building above a swamp.

#WhiteManBurden #Angola
Most of Luanda Modern Colonial apartment blocks were build between 1950 and 1970, their rapid degradation under Angola owners and public administration is replicated in current blocks build by #China: Drain clogged by food dump with watter, floods by water faucets left open
Read 17 tweets
Mar 10
O que é uma crise constitucional ?

Parece que por aqui é significa apenas "problemas nos tribunais", alias um dos revus escreveu no Facebook que a greve dos funcionarios da Justiça era evidencia da dita crise, como caso da "relativa", é consequencia do empobrecimento da Lingua.
Uma crise constitucional é um conflicto entre poderes sobre limites de seu poder (jurisdição, autonomia, prerogativas, etc), em Angola teve apenas uma juiza gatune que recusou uma oferta de amnistia (que deve ser a parte oculta do "pedido" do JLO) e foi constituida como arguida
A Juiza nem alegou autonomia do Tribunal para tentar salvar a pele, comparem com Israel em que o Primeiro Ministro e a Corte Suprema se enfrentam pelo poder de nomear os juizes.

@OdeCarvalho descreveu este fenomeno da lingua animal, sem nexo com o real:

olavodecarvalho.org/a-animalizacao…
Read 6 tweets

Did Thread Reader help you today?

Support us! We are indie developers!


This site is made by just two indie developers on a laptop doing marketing, support and development! Read more about the story.

Become a Premium Member ($3/month or $30/year) and get exclusive features!

Become Premium

Don't want to be a Premium member but still want to support us?

Make a small donation by buying us coffee ($5) or help with server cost ($10)

Donate via Paypal

Or Donate anonymously using crypto!

Ethereum

0xfe58350B80634f60Fa6Dc149a72b4DFbc17D341E copy

Bitcoin

3ATGMxNzCUFzxpMCHL5sWSt4DVtS8UqXpi copy

Thank you for your support!

Follow Us on Twitter!

:(