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O motor BMW M12/13 da Brabham BT52 de Nelson Piquet, que garantiu o seu bicampeonato em 1983. Segue o fio! 🧵#F1 #Formula1 #Brabham #NelsonPiquet Image
O motor foi inicialmente baseado no motor da BMW M10, que equipava a BMW 2002, sendo que esse foi o primeiro carro da história da BMW com motor turbo-alimentado. Image
No caso, era a versão M31 turbo, que produzia cerca de 168 cavalos de potência. O projeto era de Alex Falkenhausen, e que já colhia frutos no campeonato europeu de carros de turismo, ganhando os títulos de 1968, 1969 e 1970 (somente construtores), até o banimento do sistema.
Contudo, logo em seguida foram banidos os motores turbo, permitindo somente os motores aspirados.
Com o advento dos motores turbos na Fórmula 1, isso graças a introdução feita pela Renault de 1.494 cilindradas em 1979. Image
Por isso todas as equipes buscaram desenvolver a sua versão de motor com turbo-compressores. A BMW apostou no seu motor M12/7, que já fazia sucesso sendo o motor que foi campeão da Fórmula 2 Européia por cinco vezes seguidas, de 1975 à 1979.
E foi um motor com uma produção de várias unidades. Até 1981, por exemplo, já existiam cerca de 500 motores BMW M12 já construídos. O motor tinha uma razão diâmetro/curso do pistão de 1,11 (89,2 milímetros/80 milímetros).
Só que ao invés de ter seis cilindros em V, a BMW partiu para quatro cilindros em linha num único bloco, numa angulação de quarenta graus baseada no Ford Cosworth FVA. Image
Já para equipar a Brabham em 1983, a BMW reduziu o curso do pistão em 20 milímetros, saindo de 80 para 60 milímetros. Isso aumentou a razão diâmetro/curso do pistão para 1,49. Isso acabou fazendo a montadora alemã a alargar a biela.
Tudo isso com um único turbo-compressor instalado (como também um único intercooler e uma válvula de alívio), feito pela empresa KKK (para o Grande Prêmio da Itália, a BMW introduziu uma nova turbina no motor, reduzindo consideravelmente o turbo-lag do motor). Image
O controle eletrônico da ignição era feita pela Bosch, e o controle da injeção de combustível feito pela bomba mecânica era feito pela Kugelfischer. O bloco cilíndrico era feito de ferro fundido, como no M12/7 (utilizada nos carros da F2 Europeia).
Sendo assim uma peça de produção desprovida de quaisquer saliências e flanges excedentes. No motor, todas as tensões no bloco do motor foram aliviadas, ampliando de 89 milímetros para 89,2 milímetros, isso foi de suma importância pois reduziu o atrito da peça.
Muitos testes foram realizados já em 1980 pela Brabham com um carro devidamente preparado para acomodar o motor. Nessa configuração inicial, o motor gerava cerca de 565 cavalos à uma rotação máxima de 9500 rotações por minuto.
O motor estrearia de fato em 1982 e sofreria com diversos problemas de confiabilidade ao longo daquele ano, muito devido a questão de problemas na parte eletrônica do motor, que frequentemente demonstrava falhas. Image
Mas tudo mudaria drasticamente a partir de 1983, onde o motor ganharia muita potência graças ao pioneirismo da BMW ao utilizar um combustível à base de Tolueno e n-Heptano. Image
A regra exigia que os motores utilizassem combustíveis similares aos utilizados em carros de rua, e que obedeça ao índice de octanagem de 102RON.
Devido a esse vácuo interpretativo da regra (pra não dizer fora do regulamento), isso deu um espaço de manobra para a BMW aplicar soluções criativas, e aí aparece a utilização do Tolueno, que possui a função antidetonante bem característica, o que aumentou a potência do motor.
Além disso, Geoff Goddard, engenheiro da Cosworth na época (pai dos Ford Cosworth HB), ficou impressionado pelo fato de que os motores da BMW ficaram bem mais frios com os combustíveis à base de Tolueno em relação as configurações padrão utilizadas pelas outras equipes.
Isso criou um apelido característico ao combustível, chamado de ''combustível foguete''. Isso foi determinante na conquista do título da temporada de 1983 para Nelson Piquet e o título de motor mais potente da Fórmula 1 já naquela época. Image
O combustível feito de Tolueno era extremamente caro na época, custando cerca de trezentos dólares o litro. A velocidade do pistão do M12/13 era de 75,6 km/h, girando mais devagar que o M12/7 utilizado na Fórmula 2 europeia, que girava em torno de 88,92 Km/h.
Isso forçou uma redução da carga de pressão em 15%, embora as coroas do pistão fossem resfriadas por sprays de óleo lubrificante na parte de baixo. Foi o único motor campeão a utilizar um único turbo-alimentador e cinco válvulas borboletas, que eram utilizadas para dosá-lo.
Em 1981, o projetista Paul Rosche afirmara que Piquet poderia mudar a marcha em cerca de 0,25 segundos. Contudo, a medição real foi de 0,4 segundos. Essa situação seria melhorada para 1983. Image
O motor BMW M12/13 custava cerca de 153 mil marcos alemães na época (cerca de 41 mil libras esterlinas na época). Esse era o valor que equipes como Arrows e ATS desembolsavam para contar com o propulsor, já que a Brabham os recebia gratuitamente da BMW.
No Grande Prêmio consagrador do bicampeonato de 1983, o Grande Prêmio da África do Sul, realizado em Kyalami, acontecia cerca de 1464 metros acima do nível do mar, tornando a densidade do ar cerca de 13% menor.
Paul Rosche, na época, disse que simularam as condições atmosféricas em testes na fábrica e descobriram que no circuito eles tinham mais potência do que o esperado.
Na corrida, ainda Nelson Piquet passaria apuros durante essa prova, tendo problemas com a válvula reguladora de pressão de turbo, mas que não o impediu de chegar no pódio e conquistar o seu segundo título.
Só para comparativo. Em 1982 o motor Cosworth V8 aspirado gerava cerca de 522 cavalos, enquanto o Turbo de quatro cilindros da BMW gerava cerca de 750 cavalos. Contudo, o V8 da Cosworth possuía uma rotação por minuto máxima maior (11.300, contra 10.500 do motor BMW). ImageImage
A Pressão Média Efetiva (PME) do motor BMW é de 609,88 psi, contra 198 psi do motor aspirado da Cosworth. O motor da Cosworth possui uma velocidade média do pistão maior, sendo de 24,4 metros por segundo, contra os 21 metros por segundo do BMW.
O curso do pistão do motor norte-americano é de 64,77 milímetros, contra os 60 milímetros do motor alemão. Um motor realmente incrível, que marcaria época na primeira era Turbo da história da Fórmula 1. Image
@CarrosLindosF1 @Speeder76 @Voltarapida Piquet ganhou dois dos seus três títulos na base das trapaças e com carros irregulares. Mas discutir isso daria muito, mas MUITO pano pra manga que não estou disposto a pagar. Hahahaha!

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Jun 12
As polêmicas em torno da legalidade da Brabham BT49C, campeã com Nelson Piquet em 1981: a sua suspensão hidropneumática e também o chassi superleve, que era bem abaixo do peso e fora do regulamento, em seus detalhes. Segue o fio! #F1 #Brabham #NelsonPiquet Image
Antes de falarmos disso, retornemos a 1980 com o BT49B, onde o carro já havia sofrido diversas mudanças ao longo dessa temporada. Image
Uma delas é a utilização de fibra de carbono no seu monocoque, além do alumínio, sendo o primeiro carro de Fórmula 1 a utilizar da fibra de carbono nos seus carros. O carro sofreria um encurtamento de 38 centímetros, tendo sua distância entre-eixos encurtada em 10 centímetros.
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Jun 7
Destrinchando o motor de seis cilindros turbo-alimentado HONDA RA168E, a ''obra prima'' de Osamu Goto e é o motor definitivo da primeira era turbo. O coração da MP4/4, carro do primeiro título de Ayrton Senna. Segue o fio! #F1 #Formula1 #Honda #Senna Image
Para 1988, a FIA restringiu a carga de pressão na válvula de entrada do turbo-compressor de 36,25 PSI. Isso significava que a taxa de densidade do coletor seria de 2,27 vezes o ambiente, tendo um tanque de combustível de capacidade de 150 litros. Image
Sendo menor que o seu antecessor, o RA167E, eram 195 litros, com capacidade de 1,5L, por limitação da FIA. Já que os aspirados tinham capacidade aproximada de 3,5L, na busca de tornar os carros aspirados mais competitivos, já que eles também eram 40 quilos mais leves.
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Jun 5
Mercedes W05. O dominador da era híbrida. Segue o fio! #F1 #Formula1 #MercedesAMGF1 Image
O regulamento para a temporada de 2014 promoveria diversas mudanças, sendo a maior delas o retorno dos motores turbo, que estavam proibidos desde 1988. As regras fixavam motores com angulação de 90 graus, com virabrequim e pontos de montagem fixos no chassi.
Os motores teriam de durar cerca de 4000 quilômetros antes de serem substituídos, ao contrário dos motores de oito cilindros aspirados utilizados até 2013, que deveriam durar até metade dessa quilometragem. Além disso, o "motor" passaria a se chamar Unidades de potência.
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Ferrari Spazzaneve: A VERDADEIRA Ferrari 312B3, por Mauro Forghieri. Esse carro seria uma das mudanças mais radicais da "geração Ferrari 312" e que era pra ser justamente a 312B3 original. Segue o 🧵! #F1 #Formula1 #Ferrari Image
O ano era 1972, onde a Ferrari vivia uma série de problemas ao longo daquele ano: Ickx reclamava bastante do equilíbrio do B2 em 71 e no início desse ano. Image
Principalmente pelo fato do calcanhar de Aquiles do carro ser o fracasso da combinação entre a revolucionária suspensão traseira com os pneus Firestone, que deixava o carro com diversas vibrações, tornando-o quase impossível de guiar, dizendo que o carro era pior que o anterior.
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May 31
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Neste trecho tirado do seu novo livro, "One Formula, 50 years of car design", o lendário projetista da Fórmula 1, o sul-africano Gordon Murray fala sobre uma de suas mais fantásticas obras de arte, a Brabham BT46B. Image
Ele pode ter corrido somente uma vez (e ganhado a prova, o GP da Suécia de 1978). Mas a história do seu processo de desenvolvimento, conforme relatado pelo projetista, acaba por ilustrar a criatividade, engenhosidade e toda a questão política da Fórmula 1 vivida nos anos 70. Image
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Ferrari F2002, a melhor Ferrari de todos os tempos, o carro que revolucionou o conceito de carro de corrida à sua época, formando uma verdadeira obra de arte. Segue o fio! [REFEITO] #Formula1 #F1 #Ferrari Image
Substituindo o já vencedor F2001, a Ferrari tinha uma tarefa complicada em 2002. Afinal, segundo o renomado projetista sul-africano Rory Byrne, o modelo F2001 já tinha atingido o ápice do seu desenvolvimento. Image
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