Vejam só, documentos e relatórios oficiais do Superior Tribunal Militar mostram que a extrema direita brasileira, diretamente de dentro de unidades Polícia Militar, executou 17 das 32 ações terroristas que serviram de justificativa pro AI-5. apublica.org/2018/10/atenta…
Os atentados desses grupos de extrema direita começaram antes daqueles de grupos de esquerda. O grupo furtou dinamite e armas do quartel general da Força Pública (antiga PM) e passou quatro meses praticando explosões e até assaltos a banco.
O grupo atacava justamente alvos que, em tese, seriam alvos da esquerda: quartel do exército, prédio do DOPS, BOVESPA, prédios de alistamento da PM e varas criminais.
Aladino Félix, mentor dos atentados, recebia ordens de Brasília. Naquela época a Ditadura enfrentava a oposição da Frente Ampla que reunia políticos de vários espectros. Os integrantes do seu grupo confessaram que o objetivo era levar a ditadura a criar um estado de exceção.
Aladino Félix era comparsa do General Paulo Trajano. Ambos sustentava uma versão fantasiosa de que a Frente Ampla contra a Ditadura planejava "um golpe contra o General Costa e Silva" usando as polícias e brigadas de vários estados.
Tudo indica que além do General Paulo Trajano a alta cúpula da Ditadura e o Serviço Nacional de Inteligência sabiam dos planos.
Aladino Félix curtia umas ufologias esotéricas.
Processos foram abertos e, apesar das confissões, as penas foram mínimas. O General Paulo Trajano nunca foi investigado ou condenado.
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Tava passando o olho no discurso que o Putin fez ontem. Ali ele repete o que falou em outros momentos e defende essa restauração de uma "grande Rússia" - meio que uma mistura do Império dos Tsares e algo da URSS.
O argumento de "a Rússia é onde estão aqueles que são etnicamente russos é algo que ele já falou publicamente várias vezes". O que sempre vem a reboque das histórias sobre "as várias rússias" do antigo Império .
É um argumento literalmente imperial e usado na promoção do "nacional-conservadorismo" que o Putin representa. Esse discurso ganha uma organicidade internacional justamente por conseguir se mesclar à discussões sobre o imperialismo pós-Segunda Guerra, encabeçado pela OTAN.
No longínquo ano de 2018 este que vos escreve publicou um capítulo intitulado "A nova direita e a normalização do nazismo e do fascismo", dentro do excelente "O Ódio como Política" organizado pela pesqusadaora Esther Solano e publicado pela @editoraboitempo.
Era um texto pequeno, mais ou menos improvisado, que tentava versar sobre o que eu tinha aprendido em dois anos observando a organização essa "direita de internet" aqui e nos EUA - sobretudo, em torno das campanhas de Donald Trump e Bolsonaro.
A conclusão, na época, foi que essa direita já usava inúmeros artefatos do discurso nazista e fascista, e também já contava com inúmeros simpatizantes dessa ideologia em cargos ou alta evidência.
No @viracasacas dessa semana recebemos o historiador @frankthepaula para uma conversa sobre a Ucrânia. Começamos discutindo o Euromaidan, retratado pela mídia ocidental como uma “revolução democrática”, quando na realidade foi um levante neofascista. castbox.fm/episode/260---…
Consideramos as questões geopolíticas e econômicas por trás do Euromaidan e como ele resultou numa escalada de tensões entre a Ucrânia e a Rússia. Com a anexação da Crimeia pela Rússia e a tentativa de separatismo de regiões etnicamente russas a Ucrânia mergulhou num conflito.
Essa guerra, Euromaindan e o armamento de paramilitares passaram a ser usados como uma espécie de exemplo ideal do que seria uma “revolução fascista” por membros da extrema direita mundo afora - daí o “ucranizar” do neofascismo brasileiro.
Os Democratas são um partido fraco. Biden se submeteu a todo tipo de ataque absurdo quando executou o plano de retirada das tropas do Afeganistão feito pela administração Trump. Agora corre pra agradar o colunismo pró-guerra que o esfaqueou repetidamente no ano passado.
Cada vez mais engessados, e incapazes de acionar a mobilização popular que votou neles pra tentar reverter a terceiro-mundização dos EUA, os Democratas vão cavando a cova onde serão enterrados nas midterms de novembro desse ano.
Não adianta muito enviar tropas pra Europa. O colunismo pago pela Raytheon nunca vai estar satisfeito. Os Republicanos estão comendo o governo por dentro e sabotando qualquer esboço de uma agenda democrática mínima - incluindo aí a garantia do direito ao voto.
Já que passou o hype de comentar a morte do guru, vou dar aqui meus 2 centavos - e como são dois centavos de real não valem lá muita coisa. Primeiro eu começo dizendo que achei bem inocentes algumas eulogias críticas que repetiram a própria mitologia olavista.
Olavo de Carvalho não foi marginal, não foi perseguido e não fundou essa extrema-direita brasileira sozinho. Pelo contrário viveu e morreu cercado de generais, empresários, religiosos, diplomatas e outras figuras do poder. Nunca faltou quem bancasse suas aventuras.
Outra coisa lamentável foi a insistência em comparar quem operava uma espécie de seita bizarra com quem quer produzir conhecimento. Confundir farsa e intelectualidade só serve para legitimar picaretas e sofistas que traficam a mentira em troca do poder. theintercept.com/2022/01/25/ola…
"Na casa de um dos criminosos, que tinha registro de CAC (Caçador, Atirador e Colecionador) emitido pelo Exército, foram apreendidas 65 armas que abasteceriam diversas favelas do Rio. O armamento foi adquirido legalmente, segundo as investigações." noticias.uol.com.br/cotidiano/ulti…
Vocês têm noção do quanto esses governo FACILITOU a vida do crime organizado no Brasil? Enquanto fazia "cidadãos de bens" comemorarem chacinas nas favelas os caras estavam dando a faca e o queijo nas mãos de todo tipo de facção criminosa nesse país - com a colaboração dos milicos
Enquanto o Bolsonaro e sua malta se refestelam nas delícias que incluem a criação de novas modalidades de crime organizado (alô narcogarimpo), a criminalidade deixou de ser a principal pauta moral entre as direitas brasileiras - que agora estão mais preocupadas ajudar a COVID.