(1/7) O Escola sem Partido aguarda votação, mas parece já ter peso de lei. Em BH, falar de gênero e sexualidade já é motivo para virar alvo de processo. Foi o que aconteceu no Colégio Santo Agostinho, acusado pelo MP de pôr alunos em "situação de risco" por abordar os temas. 
(2/7) Mais de 125 pais exigiram a proibição desses assuntos no colégio, acusado pelo MP de provocar "danos morais coletivos". Não percebem que só a educação sexual pode evitar que jovens aprendam o que é violência sexual na pele. Nessa sequência, a @delarabru explica o porquê.
(3/7) Sem educação sexual, muitos jovens não aprendem a diferenciar sexo de estupro e outras formas de abuso sexual. Nos EUA, uma pesquisa com universitários mostrou que 13% estuprariam uma mulher se não houvesse consequências. Mas 1/3 respondeu que "forçaria alguém a transar".
(4/7) “A gente acha que tem que satisfazer o parceiro. Aconteceu algumas vezes do meu ex-namorado me pegar contra minha vontade. Na época, eu não sabia que aquilo estava errado”, contou uma garota de 21 anos em uma entrevista para a pesquisa #MeninaPodeTudo, da @enoisconteudo.
(5/7) A reação é comum: os estupros costumam fugir ao estereótipo de um estranho armado que encurrala mulheres na rua. 70% dos estupros são cometidos por conhecidos, segundo o Ipea. Mas, presas ao estereótipo, as jovens não identificam a experiência traumática como estupro.
(6/7) Se os jovens não entendem o limite entre sexo e violência, é preciso ensiná-los. Mas 1/4 dos estupros de crianças são cometidos por familiares, segundo o Ipea, e muitos pais não conversam sobre sexualidade com os filhos.
(7/7) Não é a discussão de gênero ou a educação sexual que causam danos. É a ausência desses debates que impede a prevenção eficaz da violência sexual. Esse seria o legado do Escola sem Partido, que deve ser votado na quinta (29): perpetuar os abusos. interc.pt/2kPUqkN
