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BNDES cria uma lista falando em 50 maiores CLIENTES. Não os trata como devedores, usurpadores, desviadores de recursos. A palavra usada é clientes. Na página, que apenas reorganizou dados já disponíveis, diz a intenção: facilitamos a busca para você.
O presidente da República dá à lista um ar de caça às bruxas, juntando joio e trigo, empréstimos normais a outros que podem ter sido objeto de irregularidades e divulga como se estivessem abrindo a caixa preta do banco. Os clientes viram automaticamente bandidos.
A rede bolsonarista começa a divulgar o valor total de empréstimos dados às maiores empresas que operam no País, entre elas, por exemplo, Embraer (há alguma roubalheira lá? Está prestes a fechar um negócio internacional importante!) como se fosse total de recursos desviados.
Por um tortuoso caminho mental aceito não tão mais graciosamente (há ceticismo inédito nos comentários desde a eleição) o caso BNDES passa a ser usado como contraponto ao de Flávio Bolsonaro/Fabrício Queiroz, de 2 formas:
Caminho tortuoso 1 - Bilhões do BNDES e vocês preocupados com caraminguá do Queiroz.
Caminho tortuoso 2 - Imprensa não fala dos desvios do BNDES. Só lembrando as 2000 matérias sobre isso ao longo da operação Greenfield, da Lava Jato etc.
Caminho tortuoso 2 - Imprensa não fala dos desvios do BNDES. Só lembrando as 2000 matérias sobre isso ao longo da operação Greenfield, da Lava Jato etc.
Fico imaginando as empresas indo ao BNDES e reagindo à exposição de seus contratos de forma muitas vezes desvirtuada. Repito: ali estão os maiores tomadores de recursos. Não necessariamente todos cometeram ilícito.
PS - Olha, a lista dos CLIENTES é de novembro de 2018, viu? Tá lá no print do presidente.
