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O fato de ter páginas grandes de radfem defendendo que o STF não criminalize a transfobia (só a transfobia) e militando ativamente por isso (pedindo pra mulheres mandarem emails e pressionarem os ministros) revela mais um sintoma da polarização que vivemos hoje>
revolução e contrarrevolução andam juntos. Toda vez que conquistamos algum direito, há sempre um backlash (contrainvestida) por parte de setores mais conservadores. E obviamente mesmo se revestindo de feminismo, n há nada de feminismo no radfem internético>
Tratam-se de grupos de mulheres que viram no discurso feminista uma forma de legitimar e veicular todos seus próprios preconceitos. Afirmações sem base nenhuma ou com uma matéria de jornal são utilizadas para demonizar e atacar direitos especificamente de mulheres trans
Há, claro, transfobia contra homens trans, mas essa vem na forma de um paternalismo bizarro onde elas os convencem que seus corpos são mutilados ou errados e que devem amar seus corpos "originais", como mulheres e não como homens. Muitos até destransicionam.
A similaridade com as igrejas evangélicas que convencem travestis a "voltar" a ser homem e casarem é mera coincidência. Para as radfems, o correto é o corpo cis, é o "natural", o que "deus fez". Muda-se só deus por biologia. Nesse caso, a biologia vira o destino.
Sendo a biologia o destino, como ousamos negá-la? Como ousamos querer modificar nossos corpos para atender nossas necessidades? Como ousamos viver uma outra vida que não a cisgênera?
Não é a toa que elas consideram CRS e afins "mutilação", assim como qualquer transfóbico ordinário ignorante sobre as barreiras impostas para acessar essas cirurgias. Para as rads, conseguimos construir um "buraco" - como elas chamam nossas vaginas - indo o bar da esquina.
O mesmo com a questão hormonal. Em vez de lutarem para que TODAS as mulheres possam acessar medicamentos contraceptivos e hormonais de qualidade, preferem pregar abstinência e demonizar o movimento trans que luta pelo acesso a QUALQUER terapia hormonal.
E com um discurso de supostamente combater o "libfem" promovem desinformações massivas sobre métodos contraceptivos chegando ao cúmulo de sugerir o método da tabelinha, comprovadamente ineficaz para prevenir gravidez.
É inegável q as farmacêuticas produzem pra gerar lucro e que não se importam com as vidas das mulheres cis. Assim tb não o fazem com a das mulheres trans. Em vez de lutarmos em conjunto por medicações mais seguras, as radfems preferem inventar q defendemos hormônios pra criança.
Enquanto isso, hoje, se um menino ou menina cis não desenvolver "naturalmente" na puberdade características "femininas" ou "masculinas", o uso de hormônios para tal é frequentemente prescrito. Não vejo um "a" das radfems sobre isso.
Sugerem tb que para considerar uma criança ou adolescente trans, utilizamos estereótipos de gênero; dizem q se um menino brinca de boneca automaticamente o consideramos trans. Uma falácia absurda pra complexidade que é a sexualidade e identidade de gênero
q se assemelha aos conservadores que dizem q "é muito cedo" ou "vc está confusa", "é só uma fase" qdo uma criança ou adolescente começa a expressar uma sexualidade diferente da héterossexual.
O pânico gay é reatualizado para o pânico trans, dessa vez revestido de feminismo com o suposto objetivo de defender mulheres. Para isso, inventam relatos anedóticos ou isolados de violência de mulheres trans contra cis.
O banheiro é um bom exemplo. N há dados que comprovem q mulheres trans estupram ou assediem mulheres cis no banheiro. No entanto, provavelmente existe aquelas q o fazem. As rads então utilizam esses casos isolados pra dizer que TODAS as trans são estupradores e assediadores>
e com isso defendem q seria um "perigo" pras mulheres deixar q nós utilizemos o banheiro feminino. A perversidade desse argumento, baseado no ar, é de uma magnitude bizarra.
Seria o mesmo q eu dizer q, pq há mulheres q matam homens, deveria haver "joao da penha" (algo q inclusive mtos machistas defendem rs). Não há estatística de q mulherem matam homens por questão de gênero, e sim o contrário.
quer dizer, defendo uma política pra um grupo com base em casos isolados não relacionados. Não há dados sobre mulheres trans matando cis, porém há dados suficientes de assassinatos de mulheres trans por homens cis.
e aí chegamos noutro argumento desonesto perverso: as radfems, para se defender das acusações de transfobia, dizem q n são elas ou as mulheres q estão matando as trans. É verdade, se vc considerar q transfobia é SÓ e UNICAMENTE o ato de assassinar uma pessoa trans.
É de um cinismo descarado, como se n soubessem q machismo é mto mais q homens matarem mulheres; q racismo é mto mais q brancos matarem negros. Ignoram propositalmente q existem DISCURSOS por trás dessas violências físicas. Elas não brotam do nada.
e o discurso delas é transfóbico do começo ao fim. O propósito delas é violentamente transfóbico. Desejam nos exterminar utilizando o feminismo como bode expiatório. Dizendo que fazem a cruzada "pela vida das mulheres".
por isso q digo: o radfem não é só meia dúzia de meninas novas ignorantes q resolveram atacar mulheres trans. É um movimento reacionário, moralista, parasitário do feminismo, que precisa ser combatido. Precisa ser enfrentado no que é: discurso de ódio.
Precisamos mandar a msg: o feminismo não será utilizado pra cometer atrocidades contra outros grupos minoritários. O feminismo não será campo pra veiculação de discurso de ódio contra QUALQUER minoria. N permitiremos q o feminismo seja reduzido a esse naipe de mediocridade.
Não dá mais pra achar q radfem é "divergência teórica". Elas deixaram bem claro q querem e vao interferir nas políticas trans negativamente.
Bom por enquanto é isso, sigam o fio / thread se quiserem um pouco mais de info sobre radfem+transfobia
e desculpem os erros eu tava full pistola escrevendo os tuítes e nem revisei rs
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