Começou a ligar para os amigos. Um por um. Queria, pela última vez, ouvir a voz deles. Seria sua despedida, embora os amigos não soubessem.
(Segue o fio...)
João gostava muito de Macalé, a quem chamava, carinhosamente, de “Macala”.
- Mãezinha, você não canta pra gente?
- Claro que canto, seu João.
- Me chama de Joãozinho.
- Tá bom, seu Joãozinho.”
Macalé chegava a ficar enciumado: Mãezinha é o caralho! É minha mãe, porra!”.
Ao telefone, quando se despedia para todo o sempre de João Gilberto, o compositor ouviu: “Macala, vem pra cá, quero te mostrar uma coisa”. Foi uma surpresa.
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Do livro Pavões Misteriosos
Autor: André Barcinski
14. Prólogo
“Como seu Joãozinho salvou Macalé”