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Há algumas semana fui procurado pelo hacker. Sim, O HACKER. Hoje, na reestreia do meu programa, falo um pouquinho sobre o assunto. Mas só um pouco, então achei melhor dar os detalhes por aqui.
Estava eu voltando da FLIP quando chega uma mensagem no meu celular. Uma mensagem de um número desconhecido dizendo: “preciso falar com você, é do seu interesse”. Nunca é. Nesse caso era. Contrariando a lei do número desconhecido.
Eu não respondi e em seguida essa pessoa, que não quis se identificar, começou a mandar prints de conversas minhas no Telegram em 2015 - que consistiam muitos memes e um nude - meu. Ou seja: nada que me envergonhe. (Já fiz muito teatro contemporâneo, meu pinto não é segredo.)
(Não, em nenhuma mensagem eu combino sentença com procurador, nem digo que vou usar a empresa da minha mulher pra lucrar com palestras porque minha profissão não permite isso, nem exijo Beach Park pra família. Então fiquei tranquilo)
O interlocutor então disse que não ia vazar nada daquilo, porque não era de interesse público, e que só me mandou o material pra provar que ele era o hacker. Fiquei triste de descobrir que meu nude não tinha interesse público - a não ser do público de teatro contemporâneo.
E fiquei surpreso porque não achava que fosse um hacker. Mas, ao que parece, era. E vale ressaltar: não houve qualquer adulteração. Todas os prints de mensagens minhas eram reais. No mais, meu Telegram tinha uma sessão aberta com IP estrangeiro.
Desde então ele me mandou mais material para que eu publicasse no meu veículo de preferência. Consultei o melhor jornalista que eu conheço - Glenn Greenwald - e também o meu advogado @augustodeAB - e ambos me garantiram que tenho direito de publicar o material recebido.
Ainda estou, junto com outros jornalistas, avaliando a veracidade e a relevância do material. Se houver alguma info de interesse público, publicaremos, depois da devida checagem (ainda acreditamos em checagem e na publicação de material de interesse público qqr que seja a fonte)
