Thread by @Cvyrtlick

1. Não Se Combate Sem Linguagem

A coisa mais comum de ouvir dos ignorantes, idiotas ingratos e imbecis (idiotas vaidosos) é: "Eu penso por mim mesmo"; "Nunca li Olavo de Carvalho! Não devo nada a ele!". Ignavos dizerem isso vá lá; mas quando vem de gente instruída, é deprimente!

2. O Esquerdismo (com suas várias correntes ideológicas) é uma cultura e não só uma simples gama de ideologias. Isto começou com idéias, discursos e escritos: muitos escritos; iniciados sobre um ou outro aspecto e crescendo para ir abrangendo quase tudo dentro da vida humana.

3. O Esquerdismo (Jacobinismo, Herbertismo, Marxismo, Social-Democracia, Sindicalismo, Bolchevismo, Socialismo, Comunismo, Fascismo, Nazismo, Progressismo, Globalismo e outros mais) se estendeu a tantos e variados aspectos temáticos das atuações humanas que virou uma cultura.

4. Na verdade várias culturas e subculturas, porque começa com a linguagem e literatura ("lato sensu"), e vai irradiando à psicologia, artes (em geral), política, economia, esportes, moda, história, leis, relações humanas até um senso comum de imaginações, emoções e sentimentos.

5. O filósofo Olavo de Carvalho atuou primeiramente (e solitariamente) estudando isso por décadas. Devorando tudo de Literatura, Linguagem, Psicologia, Filosofia, Ideologias (várias), História (dos acontecimentos e das idéias), Sociologia, Religião, Teologia e por aí vai.

6. E só depois, nos anos 1990 começou a transformar toda esta erudição e unidade de conhecimento sólida numa linguagem oral e escrita (para estabilizar a expressão humana e facilmente ser propagada). Em aulas, seminários, livros, cursos, palestras, debates e o Curso de Filosofia.

7. E, seguindo o poeta austríaco Hugo von Hofmannsthal, ele iniciou pela mãe do saber e do expressar humanos: a Literatura, a rainha das artes e de toda uma cultura. Tudo que é escrito se torna cristalino e se perpetua mais; desde uma receita de bolo até um Tratado Filosófico.

8. A linguagem reinante que moldou a nossa cultura era a de unidade esquerdista; que dava a chave de significado e interpretação a tudo e repercutindo nas artes, política, gostos, consciência, explicações, causas, leis, imaginação, sentimentos, emoções, comportamentos e reflexos.

9. Então, o Olavo de Carvalho começou em corrigir a linguagem (da mais básica e que dá nome às coisas, a que descreve as coisas e suas relações e a que expõe estados e sentimentos). Daí, começou a explicar as coisas (suas origens, objetivos e vícios) que só as Esquerdas faziam.

10. Com a retórica cativante e intrigante (linguajar coloquial com erudição olímpica) se pôs a defender aquilo que todos já sentiam ou reagiam contra, mas que não sabiam expor isto num discurso que pudesse se expressar e defender o seu mal-estar e senso de se estar certo óbvios.

11. Com uma ávida dialética, humor ácido e perspicácia voraz, Olavo de Carvalho foi desmolindo os discursos, ideologias e figurões esquerdistas (e seus bastiões ideológicos que lhes davam sustento) e, com uma lógica aguçada, foi arrasando a supremacia cultural das esquerdas.

13. Seu trabalho foi sendo lido e visto por um grupo seleto (leitores, amigos, alunos e pessoas com certa ou muita intelectualidade e influência) e foi aumentando as fileiras da boa nova e descendo para as esferas mais populares (por artes, gírias, artigos, vídeos, boca-a-boca).

14. Décadas após a origem, a linguagem, discursos, explicações, denúncias, imaginações, diagnósticos, soluções desceram difusamente e se impregnaram em tudo na cultura. Povão fala de "Globalismo", "Marxismo Cultural", "Foro de São Paulo", "Estratégia Revolucionária" no natural.

15. "Quando me perguntam como quebrar a hegemonia esquerdista, a primeira fórmula que me ocorre é a do poeta austríaco Hugo von Hofmannsthal: "Nada se torna realidade na política de um país se antes não está presente, como espírito, na sua literatura."

16. "A palavra "literatura", aí, tem a acepção ampla de cultura superior escrita. Criem uma cultura superior na qual predominem os valores liberais e conservadores, e a esquerda não terá mais chance na política.

17. "Este resultado não se seguirá automaticamente, é claro, mas sem essa limpeza prévia do terreno mental nenhuma iniciativa política poderá prosperar contra o esquerdismo triunfante e monopolistico.

18. "Entrem numa livraria qualquer e verão nas prateleiras a demonstração clara do que estou dizendo: a ascensão do império petista foi precedida de meio século de ocupação do espaço cultural.

19. "Antes de o Estado ser engolido pelo PT, impregnaram-se de esquerdismo militante as idéias, os juízos de valor, as palavras, os sentimentos, até as reações automáticas de aplauso e rejeição.

20. "A esquerda dominou de tal modo o imaginário nacional que até quem a detesta não ousa criticá-la senão nos termos dela, como se fosse possível derrotar politicamente o inimigo fortalecendo o controle ideológico que ele exerce sobre a sociedade."

Olavo de Carvalho

21. Logo, aqueles discursos e narrativas toscas e que causavam mal-estar e indignações silenciosas na maioria só puderam ser derrubados em cadeia, por novos discursos e narrativas superiores que o Olavo criou. E, lendo-o ou não, conhecendo-o ou não, tudo isso chegou em todos.

22. É limitação simiesca ou orgulho babaca achar que tudo isso que aconteceu a partir de 2013, tenha começado em ti e em tudo, do nada; que foi uma mágica epifânica gnosiológica e sociológica que fez surgir um início cultural, falas e oposições de Direita com reflexos políticos.

23. Deixa de besteira, burrice e birra reconheça com gratidão este grande homem. E saiba: pessoas que nunca leram Karl Marx, foram assassinadas ou sofreram muito pelas mãos de outras que também não o leram, mas que ambas agiam por aquele alemão morto, o "primeiro marxista".

24. Augusto Comte dizia que os vivos são guiados por idéias dos filósofos mortos (e que a maioria nem conhece de quem são). O filósofo Olavo de Carvalho está vivo e contemporâneo da mudança que beneficiou a todos nós (até dos otários e ingratos que o detestam). Então, seja grato!