Thread by @OxfamBrasil

Esse novo estudo da @FGV Social indicando que batemos recorde de desigualdade não deixa dúvidas: ou agimos já para estancar a concentração de renda e promover políticas públicas de qualidade aos q estão na base da pirâmide ou condenaremos milhões ao eterno ciclo da pobreza.

@FGV Enquanto a renda da metade mais pobre da população caiu cerca de 18%, somente o 1% mais rico teve quase 10% de aumento no poder de compra. A principal motivação para tal discrepância, segundo o estudo, foi o desemprego.

@FGV Em nosso relatório País Estagnado (oxfam.org.br/pais-estagnado) lançado em 2018, detectamos que a redução das desigualdades havia parado e que duros retrocessos estavam à espreita, na esquina da trilha difícil que estamos seguindo

@FGV E também propusemos uma Agenda para a Redução das Desigualdades, com medidas para três áreas principais - Renda e Patrimônio, Tributação e Gastos Sociais.

Segue um resumo de cada ponto:

@FGV Para a redução da desigualdade de renda, as prioridades são:
1 - estabelecimento de metas para a redução, com monitoramento permanente das disparidades e aplicação de políticas públicas para a sua correção;

@FGV 2 - Aumento real do salário mínimo, que está ainda muito distante do valor ideal e é uma medida que atender a maior parte da população;

3 - estabelecimento de metas para o fim da discriminação salarial em função de raça e gênero.

@FGV 4 - expansão das pesquisas públicas existentes, para melhor entendimento das desigualdades patrimoniais, possibilitando cruzamento com dados educacionais, de raça, gênero, geográficos e outros, e assim identificar políticas e medidaspara reduzir as desigualdades do país

@FGV Na questão da tributação, as propostas são:
1 - reforma tributária, com foco na retirada de privilégios de alguns setores;
2 - criação de novas faixas e alíquotas para os mais ricos no IR e reestabelecimento de tributação sobre lucros e dividendos de forma progressiva;

@FGV E por fim, os gastos sociais:
1 - revogação da Emenda Constitucional 95 (Teto de Gastos), para retomada da redução de desigualdades por meio de provisão de serviços públicos q atendam aos direitos constitucionais de saúde e educação universais, e a expansão de políticas sociai.

@FGV 2 - Uma maior progressividade e qualidade de desempenho do gasto social, para aumentar seu alcance, eficiência e efetividade;
3- estabelecimento de mecanismos de transparência, possibilitando o controle social;

@FGV 4- combater a corrupção, que não só desvia recursos públicos importantes para políticas sociais como retira também a esperança dos brasileiros no papel redistributivo do Estado.

@FGV Leia mais sobre nossa Agenda para a Redução das Desigualdades em nosso relatório País Estagnado - oxfam.org.br/pais-estagnado

Nosso estudo, bem como o da @FGV e tantos outros já publicados, apontam na mesma direção: o Brasil não vai a lugar algum com tanta desigualdade.