1. Atrapalha o governo e a Reforma da Previdência
Se fosse verdade, os petistas já teriam assinado o requerimento de criação da CPI.
A PEC da Reforma da Previdência será votada nesta quarta-feira.
Numa democracia, um poder fiscaliza o outro. A CPI da Lava Toga é justamente a afirmação da independência entre os três poderes.
Em 1999, o Senado criou a “CPI do Judiciário”, para apurar “irregularidades praticadas por integrantes de Tribunais Superiores, de Tribunais Regionais, e de Tribunais de Justiça”. Está aqui: www25.senado.leg.br/web/atividade/…
CPI do PC Farias
CPI dos Anões do Orçamento
CPI do Judiciário
CPI do Banestado
CPI dos Correios
CPI dos Bingos
CPI dos Sanguessugas
CPI da Petrobras
Você tem certeza disso?
Talvez o Fulano esteja contra apenas agora que a CPI tem potencial para desencadear eventos em sequência e atingir algum político de estimação. Isso tudo talvez diga mais sobre Fulano do que sobre a CPI em si.
Três senadores do PSL assinaram a CPI: Major Olímpio, Selma Arruda e Soraya Thronicke. Eles querem atrapalhar o governo?
Ninguém do PT assinou. O PT apoia o governo?
Janaína Paschoal e Modesto Carvalhosa não ficaram reclamando no Twitter. Eles foram até Brasília e protocolaram pedidos de impeachment contra Toffoli.
Além de apoiar o impeachment, eles apoiam a criação da CPI.
O search do Google e do Twitter são seus amigos. Procure por "nome do político + lava toga" e surpreenda-se como muitos destes políticos apoiaram a Lava Toga no passado.
Seria ótimo revogar a PEC da bengala, mas é bem difícil de conseguir: precisaria de 308 votos na Câmara e 49 votos no Senado.
E ainda correríamos o risco da mudança valer apenas para os próximos ministros indicados.
Esta foi bastante criativa, mas a Previdência está pronta para ser votada nesta quarta-feira. A CPI só começará os trabalhos depois.
A CPI trata da extrapolação das atribuições do STF, após Toffoli instaurar inquérito sigiloso das Fake News. STF não pode ao mesmo tempo investigar, acusar e julgar.
A CPI investiga, mas tudo que a CPI descobrir poderá ser usado para melhorar os fundamentos dos pedidos de impeachment, que precisam de 54 votos para serem aprovados no Senado.