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Indígenas Guarani cantam enquanto aguardam reintegração de posse da Ocupação Yary Ty, ao lado da Aldeia do Jaraguá, na zona norte de SP, marcada para manhã desta terça-feira (10/3).

Relembre a história da ocupação: ponte.org/guardioes-da-t…

Foto: @_palomavasc

A Polícia Militar chegou à Ocupação e deu o prazo até às 6h30 para cumprir o mandato de reintegração de posse

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A negociação acabou, mas os indígenas Guarani permanecem na Ocupação. A PM continua posicionada e fechou a rua Comendador José de Matos. Muitos policiais estão sem identificação

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Sonia Ara Mirim coloca cocar guarani na vereadora Juliana Cardoso (PT-SP)

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Os indígenas ainda não decidiram se iram sair. Dentro da ocupação, eles continuam cantando. Do lado de fora, eles fumam cachimbo

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Juliana Valente, da Comissão de Direitos Humanos da OAB, disse à reportagem que conversou com os moderadores e pediu que não aconteça nenhuma violação de direitos humanos durante a ação, mas não obteve uma resposta.

Ela aponta que muitos PMs que estão com armas estão sem identificação, contrariando as normas da @PMESP, subordinada ao governador @jdoriajr

AGORA: Thiago Henrique Karai Jekupe, 25 anos, uma das lideranças locais, anuncia que os Guarani não irão sair. "A juíza estadual decretou a nossa morte. Tem muita área abandonada na cidade, por que pegar uma área de Mata Atlântica?", declarou.

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Sônia Ara Mirim, liderança Guarani, disse à Ponte que a reintegração irá acontecer. Os indígenas acionarão a Justiça Federal, ainda hoje, para brecar a construção do empreendimento imobiliário no local.

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*irão

"Eles querem reintegrar um povo que resiste há 520 anos. Esse número de policiais para reintegrar uma área em que estamos preservando a vida...", lamentou Sônia.

Agora, indígenas Gurani estendem a faixa "SP é terra indígena" em frente ao bloqueio da PM

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Crianças Guarani seguram cartazes contra a construtura Tenda, responsável pelo empreendimento imobiliário

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Dentro da ocupação, Thiago e outros indígenas dizem que irão resistir. "Se a árvore tombar, a gente tomba com ela", afirmou a liderança Guarani.

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Coronel PM Bento explicando que estão aguardando uma ordem da oficial de Justiça. Ele disse que a PM não entrará na Ocupação até segunda ordem

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Pagu Rodrigues, Fatxlitsôa em Guarani, uma das lideranças da aldeia, conta que a decisão é permanecer na ocupação até que a ordem de reintegração venha diretamente do prefeito @brunocovas

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Thiago Karai Jekupe, liderança Guarani, reafirma que haverá resistência. "Essa reintegração é inconstitucional. Não estamos discutindo uma terra privada, estamos discutindo a legislação federal que está sendo desrespeitada pela Prefeitura e pela Tenda".

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O rapper Wera MC conta que os Guarani queriam dialogar com os políticos, não com a PM. "Essa ordem judicial é totalmente ilegal, ela saiu pelo Justiça Estadual quando deveria sair pela Federal".

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Coronel Bento, da PM, que prometeu não entrar na Yary Ty, observando a área da Ocupação pelo prédio ao lado

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AGORA: Mais negociação. O vereador Gilberto Natalini (PV-SP) informa ao coronel Bento que estão aguardando retorno do prefeito @brunocovas

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Para a Ponte, Natalini informou que aguarda do prefeito @brunocovas um pronunciamento para evitar que os indígenas se machuquem em uma possível entrada da PM na Ocupação.

AGORA: Indígenas Guarani fazem roda com brincadeiras

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AGORA: O vereador Eliseu Gabriel (PSB-SP) contou à Ponte que conversou com Orlando Lidório de Faria, secretário municipal da casa civil, e pediu que ele ajudasse na articulação com o prefeito @brunocovas, solicitando a suspensão da reintegração de posse

A advogada Gabriela Pires, que representa o povo Guarani, disse à Ponte que a PM aceitou interromper a reintegração de posse até às 15h. A mobilização é para o prefeito @brunocovas converse com a Tenda e peça a suspensão da reintegração.

A advogada também reforça que não é competência da Justiça Estadual decidir a reintegração de posse, porque isso vai contra a legislação brasileira nos direitos dos povos indígenas.

AGORA: A advogada Gabriela Pires conversa com o coronel Ramos sobre a reintegração. Às 15h, a PM irá cumprir a ordem de reintegração de posse

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AGORA: Lideranças Guarani iniciam conversa com a Polícia Militar

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Indígenas Guarani decidem desocupar o terreno. Mas a Ocupação vai continuar: eles montarão acampamento na entrada do local.

"Eu liguei no celular do Bruno Covas, eu mandei mensagem para Bruno Covas. Tive como resposta o silêncio. A prefeitura quer que a gente derrube sangue, enfrente a polícia, mas nós somos povo sagrado", comunicou o líder Thiago.

"O mandado é para a parte de dentro, vamos sair, mas a Tenda está impossibilitada de entrar nesse terreno. Vamos mudar a nossa Ocupação para cá, para frente desse terreno. Se a Tenda entrar ela vai descumprir, então a gente vai entrar também", enfatizou a liderança.

Segunda a advogada Gabriela Pires, a Tenda se comprometeu, em uma audiência de conciliação realizada na semana passada na Justiça Federal, a não realizar nenhuma atividade no terreno até o dia 6 de maio.

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Os Guarani e apoiadores seguem montando a ocupação em frente ao terreno que a Tenda pretende construir o empreendimento imobiliário

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