Com a campanha (paga com o seu, o meu, o nosso dinheiro) O Brasil Não Pode Parar, "Bozo dividiu o país novamente, polarizou e milhões serão sacrificados", disse uma amiga. Não, queridos. A polarização aqui é o pressuposto, não a meta.
Na arte da propaganda de guerra, o que Bolsonaro está fazendo aqui é mantendo as suas tropas animadas por meio da alimentação da "ilusão da vitória". Aparentemente, o inimigo, o #fiqueemcasa, está forte, mas Bolsonaro não vai entregar os pontos, caso contrário se torna alvo.
"O espírito de luta de uma nação se nutre da convicção de que há uma possibilidade de combater para vencer. O inimigo pode ser perigoso, obstrutivo e satânico, mas se ele tiver certeza de que vai ganhar, a moral de muitos elementos na nação começará a vacilar e desmoronar. -->
A animosidade de uma nação desencorajada pode ser canalizada para um novo objeto, e a nação pode estar tão ocupada odiando a classe dominante do seu próprio país ou os seus próprios aliados, que simplesmente deixará de odiar o inimigo. E daí deriva o colapso militar"
A citação é de Harold Lasswell, Propaganda Technique in World War, 1927, um clássico da comunicação política.
