ouvi uma sequência de tiros vindo da rua (provável que tenha sido perseguição, tiros de pistola),
pensei na minha filha, no meu filho, me entendi sobrevivente mais uma vez. pensei na solidão — na minha,
lembrei de um sonho que tive em 2018, que sempre volta, de ruas desertas, tiros nas paredes, imagem de guerra civil.
e o som da voz de minha mãe: “os dias eram assim...” as lágrimas escorreram no café. fui ver onde estava
o amor...
“e quando passarem a limpo... façam a festa por mim…”