O #RodaViva foi maravilhoso, o melhor que vi nos últimos anos. Por isso, chega a dar vergonha criticar o @oatila , que é brilhante e tá prestando um serviço fantástico ao país neste momento. Mas respeitosamente queria destacar um comentário equivocado sobre alterações climáticas
Apesar da diferença gritante na escala de tempo em comparação ao #covid19 , os efeitos da #CriseClimática não serão sentidos em apenas duas ou três décadas, como disse o Átila. Ainda que não sejam tão perceptíveis agora pela coletividade quanto os do #coronavirus , eles estão aí,
inclusive matando pessoas. Por ex: extremos climáticos, incluindo ondas de calor letais, como na Índia, em 2015, onde 1.100 pessoas morreram em um mês; maior incidência e intensidade de incêndios florestais, afetando condições respiratórias de milhões de pessoas e matando outras;
Furacões já estão mais intensos, mais perigosos e alterando seu padrão geográfico de ocorrência; os tais extremos climáticos já tem alterado, também, os padrões de migração de populações humanas, causando crises humanitárias que custam vidas - que o diga a guerra na Síria;
Estudos relevantes apontam que frutas e vegetais populares estão menos nutritivos, o que tem consequências para o nosso sistema imunológico; alergias sazonais também estão mais longas e intensas.
É claro que não há termo de comparação temporal com o #coronavirus e, imagino, é isso que o Átila quis enfatizar. Mas é importante lembrar às pessoas: assim como a covid-19 não mata “apenas” idosos, não são “apenas” nossos filhos e netos que sentirão os efeitos
do Aquecimento Global por ação humana: eles “apenas” não terão mais como remediar a situação. Isso, sim, cabe à nossa geração. Até porque qualquer ação na direção da intensificação da Crise Climática, como o desmatamento, tem potencial pra impulsionar novas epidemias.
A própria Organização Mundial de Saúde tem uma página com muita informação sobre os impactos do Clima Alterado na saúde humana. Vale conferir: who.int/globalchange/s…
Tudo isso é só pra reforçar um ponto importante: daqui a mais de um ano, com a pandemia superada, governos e corporações irão justificar a necessária retomada econômica pra atropelar medidas de mitigação. Se permitirmos, estaremos alimentando a mesma máquina que gerou a #COVID19
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Neste "capítulo", focamos no dia a dia dos agricultores familiares que vivem na #Floresta Nacional do #Tapajós e na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, onde #cientistas trabalham lado a lado com #ribeirinhos no desenvolvimento de tecnologias alternativas ao fogo na agricultura
Estas populações dependem do que plantam para sobreviver e utilizam pequenas #queimadas controladas no preparo do solo. Sem suporte técnico do Estado, pressionados por desmatadores e por um #clima cada vez mais seco, eles ainda se veem acusados pelo governo federal
Da próxima vez que o gov federal mentir sobre a responsabilidade pelos incêndios na #Amazônia, envie o nosso mapa. Difícil negar a realidade quando ela aparece sobreposta em camadas de dados na mesma visualização: #FOGO e #DESMATAMENTO tem relação direta: cortinadefumaca.ambiental.media
Ontem, na ONU, Bolsonaro culpou os pequenos produtores rurais das populações tradicionais amazônicas e do #Pantanal pelas queimadas nas duas regiões, mas isso não é verdade. O time da @ambientalmedia passou 6 meses investigando os dados de fogo e desmatamento na #Amazônia
Não “só” a divulgação de multas ambientais agora está submetida ao vice-presidente Mourão. Uma série de publicações no DOU nos últimos dias esvazia ainda mais a atuação do Ibama, limita o Conselho Nacional da Amazônia ao Executivo e cria aberrações. Links da boiada passando
PORTARIA Nº 1.369, de 16 de junho, institui um núcleo de instrução de processos ambientais e proíbe a divulgação de multas ambientais ainda não julgadas. É um ataque à transparência e à conservação ao mesmo tempo in.gov.br/en/web/dou/-/p…
RESOLUÇÃO Nº 1, de 17 de junho, sobre o Conselho Nacional da Amazônia, limitando os membros ao poder Executivo federal, que poderão convidar outras pessoas, como prefeitos e governadores da Amazônia Legal, mas estes ñ terão direito a voto in.gov.br/en/web/dou/-/r…
URGENTE: Indígenas das etnias Tiriyó, Katxuyana, Txikiyana, Wayana e Aparai, moradores de TIs entre norte do Pará e fronteira c Amapá, pedem socorro. A região só é acessível por avião, já há 19 indígenas c #covid19 e ali há povos recém-contatados e isolados. Etnocídio em curso
O esvaziamento dos órgãos ambientais e a validação da ilegalidade patrocinadas por Salles e Bolsonaro atuando na disseminação da #covid19 no interior da #Amazônia: recebo de fonte a DENÚNCIA de que um piloto de balsa na região de Santarém desafiou ordem dos fiscais do @ICMBio
A balsa transporta passageiros entre as localidades do Baixo Tapajós, onde existem algumas Unidades de Conservação, como a Floresta Nacional (Flona) Tapajós. Só que uma portaria do MMA do final de março fechou todas as UCs do país. Questionado pelos fiscais, o homem deu de ombros
Disse que seu barco está regularizado pela Marinha e que NÃO RECONHECE A AUTORIDADE DO ICMBio. O saldo é trágico: a embarcação teria sido o veículo para a contaminação de 20 pessoas apenas na comunidade de Prainha, que fica na Flona Tapajós, sendo que um dos ribeirinhos já morreu
A conclusão do maior estudo feito até aqui com a #cloroquina, recém publicado no Journal @TheLancet : “Em resumo, este estudo (...) de pacientes com COVID-19 que necessitaram de hospitalização constatou que o uso de um regime contendo hidroxicloroquina ou cloroquina +
com ou sem macrolídeo*) foi associado a nenhuma evidência de benefício, mas, em vez disso, foi associado a um aumento no risco de arritmias e a um maior risco de morte hospitalar (...) +
Os resultados sugerem que esses medicamentos não devem ser utilizados fora dos ensaios clínicos e é necessária a confirmação urgente dos ensaios clínicos randomizados.”
*macrolídeo é o grupo de antibióticos ao qual pertence a azitromicina