O termo representa bem nossa tentação em acreditar em uma bala de prata para todos os nossos problemas.
No final, deixamos de lado o que - de fato - deveríamos fazer. Esse problema, porém, não é exclusivo de agora, vem de décadas. 🧶
Em 1953, Getulio Vargas proíbe as importações de veículos. Em 1960, Juscelino Kubitschek trouxe as grandes montadoras para o país.
Transferimos dinheiro das pessoas para esse setor na tentativa de gerar riqueza. Claro que não gerou.
O lema "exportar é o que importa" e focar em grandes projetos de infraestrutura - por si só - resolveriam todos os problemas do país.
Passaram mais de 60 anos e ainda insistimos em soluções simples.
No setor de telecomunicações, escolhemos a Oi.
No setor de alimentos, a BRF e JBS.
Em infraestrutura foi a EBX.
É claro que não deu certo, mas custou caro.
Nosso crescimento desde 1980 continua sendo 2% ao ano. Sendo que, de 2010 a 2020 teremos a pior década da história, crescendo 0,5%. Sim, 0,5%.
Talvez a tentação venha do que vemos nos filmes de onde saiu esse termo. Uma bala de prata é supostamente o único tipo de munição capaz de matar lobisomens e vampiros.
Ainda que alguns achem que a evidência existente seja suficiente pra dizer que funciona (o que eu acho que não) o maior problema está em seguirmos acreditando que ele será a solução dos problemas.
- Somos um dos países mais subnotificados.
- Não temos monitoramento algum dos pontos de contágio.
- Deixamos a conta para os setor privado, enquanto o setor público vê seu salário irredutível.
- Nossos subsídios geram distorções absurdas
- As distorções fazem do nosso sistema tributário o mais complexo do mundo.
- Mantemos empresas improdutivas através do protecionalismo.
- Continuamos pobres.