Muitos falam do CUSTO ECONÔMICO NO CURTO PRAZO do isolamento.
Mas poucos falam das PERDAS ECONÔMICA que NÃO FAZER NADA também causa ao aumentar o número de mortes.
Além de salvar vidas, há diversos benefícios econômicos que isolamento social gera. Teve gente que calculou. Segue
Mas poucos falam das PERDAS ECONÔMICA que NÃO FAZER NADA também causa ao aumentar o número de mortes.
Além de salvar vidas, há diversos benefícios econômicos que isolamento social gera. Teve gente que calculou. Segue
Um artigo recente "Does Social Distancing Matter?" faz essa análise. A ideia é que cada vida teria um valor econômico que pode ser mensurado.
Uma vez isso feito, é simples. Basta ver quanto que o número de mortes evitadas traria de benefícios x um cenário que nada fosse feito.
Uma vez isso feito, é simples. Basta ver quanto que o número de mortes evitadas traria de benefícios x um cenário que nada fosse feito.
Mas como calcular esse benefício?
Há diversas maneiras. Os autores utilizaram o que se tornou padrão nas análises de custo-benefício para tomada de decisões do Governo Americano de qualquer política que salve vidas.
O "Valor de uma Vida Estatística (VSL em inglês)".
Há diversas maneiras. Os autores utilizaram o que se tornou padrão nas análises de custo-benefício para tomada de decisões do Governo Americano de qualquer política que salve vidas.
O "Valor de uma Vida Estatística (VSL em inglês)".
O VSL mede quanto alguém está disposto a pagar por uma redução na probabilidade de morte.
Ex. Se alguém está disposto a pagar R$ 10 mil para evitar uma chance de 1% de morte, o VSL = R$ 10.000/0,01.
Ou seja uma política que salve uma vida tem R$ 1 milhão em benefícios sociais.
Ex. Se alguém está disposto a pagar R$ 10 mil para evitar uma chance de 1% de morte, o VSL = R$ 10.000/0,01.
Ou seja uma política que salve uma vida tem R$ 1 milhão em benefícios sociais.
Com essa metodologia, Greenstone e Nigam comparam 2 cenários da Imperial College nos EUA.
- Um cenário de MITIGAÇÃO MODERADA (quarentena de casos suspeitos, familiares e pessoas de risco apenas).
- Um cenário sem política alguma (chamemos de cenário Bolsonaro) rs.
- Um cenário de MITIGAÇÃO MODERADA (quarentena de casos suspeitos, familiares e pessoas de risco apenas).
- Um cenário sem política alguma (chamemos de cenário Bolsonaro) rs.
No cenário de distanciamento social moderado, seria possível reduzir as mortes em 1,76 milhão nos próximos 6 meses nos EUA.
Usando o VSL, isso produziria benefícios econômicos no valor de US$ 7,9 TRILHÕES.
O equivalente a 1/3 do PIB dos EUA e maior que todo orçamento federal.
Usando o VSL, isso produziria benefícios econômicos no valor de US$ 7,9 TRILHÕES.
O equivalente a 1/3 do PIB dos EUA e maior que todo orçamento federal.
No Brasil, o @goescarlos fez algumas estimativas. Utilizando a capacidade produtiva de cada ser humano como o valor de uma vida, ele chegou que perderíamos R$ 800 bilhões pelas vidas não salvas.
Mais importante do que o número é a intuição.
Mais importante do que o número é a intuição.
Ou seja, além de salvar vidas - o que por si só seria imensurável - há benefícios econômicos nisso e não apenas prejuízos.
Alguns poderiam - com razão - argumentar que essa política de mitigação moderada afeta as pessoas de maneira diferente. Alguns sofrerão mais do que outros.
Alguns poderiam - com razão - argumentar que essa política de mitigação moderada afeta as pessoas de maneira diferente. Alguns sofrerão mais do que outros.
Vale lembrar, que um presidente deve ser visto como o planejador central que leva em conta todos esses efeitos e qual seria o bem estar final da SOCIEDADE.
Ele deve escolher o que é melhor para TODOS OS CIDADÃO SOMADOS. O que fazer então com os mais afetados?
Ele deve escolher o que é melhor para TODOS OS CIDADÃO SOMADOS. O que fazer então com os mais afetados?
Essa é uma pergunta bastante legítima.
E é aí que entra políticas de proteção ao emprego e assistência social para os mais vulneráveis.
Assim, você consegue equilibrar o melhor dos 2 mundos: aquilo que vai gerar mais bem estar prestando assistência aos mais vulneráveis.
E é aí que entra políticas de proteção ao emprego e assistência social para os mais vulneráveis.
Assim, você consegue equilibrar o melhor dos 2 mundos: aquilo que vai gerar mais bem estar prestando assistência aos mais vulneráveis.
Link do paper.
bfi.uchicago.edu/wp-content/upl…
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