O problema é querer afrouxar o lockdown SEM fazer os sacrifícios que isso demanda.
Aliás, esse tem sido o problema do Brasil, querer benefícios de países desenvolvidos, sem antes pagar os custos. Segue 🧶
O distanciamento social tem um benefício muito grande para a saúde, pois interrompe o contágio e evita sobrecarregamento no sistema de saúde.
Além do que manter um lockdown por um período longo impõe custos crescentes à sociedade: empresas vão à falência, indivíduos são demitidos, consumo cai etc.
A política ideal tende a ser um mix. Em vez de considerar os benefícios e os custos de um lockdown completo, consideremos os benefícios dos custos de diferentes graus de lockdown.
Racional é o seguinte: Atividades que geram mais benefícios à saúde do que custos econômicos devem permanecer suspensas.
Exemplo: eventos esportivos, casas noturnas, trabalhos que possam ser feitos remotamente.
Por exemplo, coleta de lixo, supermercados e, obviamente, deliverys de restaurantes serviços de saúde.
Vejam que eu não citei IGREJAS!
- Testar o máximo possível a população.
- Ter um monitoramento em tempo real dos pontos de contágio (Hong Kong tem isso).
- Utilizar TODOS os recursos para investir no aumento da capacidade hospitalar.
- Tomar decisões baseadas em dados.
- Brasil é um dos países que menos testam comparado a outros.
- Não temos o menor controle dos pontos de contágio
- Lobby para igrejas funcionarem sem a menor lógica econômica
- Congresso recusando destinar o fundo eleitoral para o Covid-19
Queremos os benefícios do lockdown mais brando da Coréia do Sul, mas sem antes parar o contágio da epidemia e sem investir como eles.
Resumindo, queremos perder 10 kg, mas sem deixar de comer fast food todos os dias.
É óbvio que não vai dar certo. Não é uma questão de torcer contra, é de lógica matemática.
voxeu.org/article/managi…