O Estado paga o preço hoje da mentalidade de seus governantes passados. Surfaram a onda do petróleo, gastaram com grandes eventos esportivos e acharam que não precisavam fazer a lição de casa.
Em 20 anos, a conta chegou.
Essa foi a frase de Lula em 2009 quando o Rio foi escolhido como sede das Olimpíadas.
Começava ali em 2010 uma política de gastos indiscriminados para fazer bonito pro mundo.
2007 - Pan-Americano.
2011 - Jogos Mundiais Militares.
2014 - Copa do Mundo.
2016 - Olimpíadas.
Claro que os gastos aumentavam. Mas não era motivo de preocupação. A gente tinha petróleo.
Uma ajuda pro Estado.
Quem precisava fazer reforma da previdência, privatizar Estatais como CEDAE ou reduzir folha de pagamento quando tudo ia bem? Isso era problema pra depois.
- O Estado atingiu a 2ª pior situação do país com gastos do funcionalismo: 80% da receita do Rio estava comprometida com folha de pagamento.
- O Barril do Petróleo despencou de US$ 140 (2008) para US$ 30 em 2016.
- Houve renúncias fiscais para empresas.
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Em 2017, o Rio pediu socorro e aderiu ao programa de recuperação fiscal do Governo Temer. O Estado teria sua dívida de R$ 63 bilhões adiada.
Mas para isso teria que aumentar a arrecadação, cortar a folha, reduzir as despesas.
2017 - R$ 14 bilhões
2018 - R$ 22 bilhões
O Estado começou a parcelar salário dos funcionários públicos e a violência aumentou. Em 2019, veio uma intervenção federal.
Sim, todos os governadores eleitos após 2000 do RJ já foram presos.
Após a reforma da previdência federal, + da metade dos Estados já fizeram a reforma estadual. O Rio de Janeiro? Nem sinal.
Para agravar, o petróleo atinge US$ 19, menor marca da história. R$ 4 bi a menos de de arrecadação.
Quando virem alguém contra reforma da previdência ou dizendo "o petróleo é nosso", "CEDAE não precisa ser privatizada", lembrem-se disso...