Fica em 2° plano a reforma tributária e administrativa, ganha força o "Pró-Brasil", um programa desenvolvimentista.
Vamos lembrar a última vez que o Brasil tentou isso. O Programa de Aceleração do Crescimento.
A ideia era acelerar o crescimento médio de 3,5% nos 4 anos anteriores.
A fórmula tinha o estado como motor do desenvolvimento. Seriam investimentos R$ 500 bilhões até 2010 em infraestrutura para estimular investimento.
Enquanto investíamos, em média 19% do PIB, Chile, Colômbia, México e Peru investiam, em média, 24%.
Aumentar o investimento, aumentaria a produtividade e o crescimento.
Até 2016, apenas 17% das 29 mil obras anunciadas foram concluídas no período previsto.
O TCU apontou irregularidades em 30 das 99 obras fiscalizadas e 13 deviam ser paralisadas.
A Premium I seria a maior refinaria de petróleo do mundo. Orçada em R$ 41 bilhões, o projeto consumiu R$ 2 bilhões, mas fez-se pouco mais que a delimitação do terreno e foi abandonado pela Petrobrás...
Quem investe em um país sem segurança jurídica e com o sistema tributário mais complexo do mundo?
Ao anunciar a iniciativa, Lula atribuiu à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o papel de mãe do PAC.
Em 2010, ela foi eleita. E continuou apostando nessa ideia e lançou o PAC II para continuar nessa estratégia desenvolvimentista.
A inflação atingiu 10,6% em 2015 assim como a Selic que voltou para 14,25% no mesmo ano.
Tudo isso porque a a principal agenda foi deixada de lado. As reformas que o Brasil precisava.
O presidente da FIESP, Paulo Skaf, do Conselho Nacional das Indústrias, Armando Monteiro, e da Anfavea, Rogério Golfarb, aplaudiram de pé.
A culpa é do governo, mas eles foram aplaudidos por esses setores.
Quando falarem do Pró-Brasil, basta relembrar esse passado.