Thread by @PauloRezzutti

Num país de alienados, de pseudoantenados, nada se cria, tudo se destrói. Patrimônio histórico é lixo.
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Corpos que já foram símbolos da pátria, usados e abusados por diversas vertentes políticas, jazem menosprezados pelos brasileiros tanto quanto os antigos monumentos. Mudam museus por moda. Nessa, museus queimam, mudam de nomes, ou simplesmente desaparecem.

Anos atrás, picharam o Monumento às Bandeiras, do Brecheret, e agora querem destruir estátuas e monumentos… Se a moda pegasse na Rússia Soviética, não tinha sobrado um palácio em Moscou, Petersburgo ou Tsarskoye Selo intacto.

Mas lá a “esquerda” raciocinava e tinha mais cultura. Preservaram e reconstruíram castelos, palácios e monumentos após terem seu país devastado pelo exército nazista. Tinham a consciência de que tudo era do povo, havia sido feito pelo povo e era arte.

Aqui, picha-se, quer-se destruir, porque os pseudoantenados são contrários à exploração dos índios, dos negros e da forma como a história foi contada.
Num discurso cada vez mais abrangente em que se utiliza “Bom dia a TODOS E TODAS”, por que eu não me sinto incluído?

Por que eu me sinto barbarizado cada vez que a cidade e suas obras de arte são atacados ou ameaçados por quem quer ser respeitado? Onde está a lógica disso? Onde está a lógica de ser descolado e ignorante, de não conhecer a própria história e não valorizar o patrimônio histórico?

Entendo que fórmulas como “O Brasil foi descoberto em 1500” não fazem mais sentido. Os índios já estavam aqui. A forma como a nossa história foi ensinada, por intermédio da ótica do europeu, deve e tem que ser revista. Mas por que os nossos monumentos, e

obras de arte, devem ser destruídos? O Brasil é o país onde o passado tem que ser destruído inúmeras vezes para se construir o país do futuro, futuro esse que nunca chega e que, no processo, deixa terra arrasada sobre o que passou. E assim perdemos cada vez mais nossa identidade.