Mulheres na Astronomia e Astrofísica: Peggy Annette Whitson
#ExtensaoRemotaUFMG #NósUFMG #AstroThreadBR
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Você sabe quem foi a primeira mulher a pilotar a International Space Station? A quem pertence o maior tempo acumulado em space walks feminina? Quem tem a maior caminhada? Quem é a mulher mais velha a ir para o espaço? O nome dela é Peggy Whitson e ela detém todos esses títulos.
A americana Peggy Annette Whitson nasceu em 1960 em Iowa e teve como um marco durante sua infância a chegada do homem à Lua.
Ser astronauta parecia um sonho impossível até que ela se formou no Ensino Médio e começou a buscar esse objetivo, inspirada pelas primeiras mulheres que começavam seus treinamentos para se tornarem astronautas na NASA.
“A seleção da Classe de Astronautas de 1978, que incluía Sally Ride e várias outras mulheres, teve um grande impacto no meu sonho de me tornar astronauta.” Contou Peggy.
Graduou-se em Biologia e Química em Iowa Wesleyan College e concluiu seu doutorado em Bioquímica na Rice University em 1985.
Começou sua jornada na NASA no Centro Espacial Lyndon B. Johnson em Houston como pesquisadora e logo foi promovida para supervisora do Biochemistry Reseach Group na KRUG International, parceira da NASA na época.
Seu treinamento para ser astronauta começou em 1996 e durou dois anos, entretanto, seu primeiro voo só aconteceu mais tarde em 2002 na 5ª Expedição da International Space Station (ISS) ou Estação Espacial Internacional, quando desempenhou a função de engenheira de voo.
Nessa Expedição, a Drª. Whitson permaneceu 185 dias no espaço e realizou sua primeira caminhada espacial, conhecida como space walk, ou EVA (Atividade Extra Veicular).
O segundo voo da Drª Whitson foi em outubro de 2007 no comando da 16ª Expedição da ISS, a bordo do Soyuz TMA-11. Durante a viagem, ela realizou diversas instalações e 6 caminhadas espaciais.
Na volta, ela e toda equipe da expedição enfrentaram sérios problemas com diversas falhas nos equipamentos de voo e pousaram a uma distância de 470km da base, porém não sofreram nenhuma lesão permanente.
Entre 2009 e 2012, a Drª. Whitson foi chefe do Departamento de Astronautas, tonando-se a primeira mulher e pessoa civil a ocupar o cargo.
Seu terceiro e último voo, também a comando da ISS, com a Soyuz-03, aconteceu em 2016, quando permaneceu 289 dias no espaço, bem mais do que o esperado.
Isso porque a Rússia enviou Soyuz-04 com um lugar vago e ela bateu o recorde da época de maior tempo que uma mulher ficou no espaço. Atualmente esse recorde pertence a Christina Koch, com 328 dias.
Neste voo, Drª Whitson completou 665 dias no espaço e 10 space walks, totalizando 60 horas e 21 minutos e fez a caminhada espacial mais longa já registrada por uma mulher.
No auge dos seus 57 anos, Peggy Whitson era a astronauta mais experiente da NASA e a mais velha a ir ao espaço, mas ainda tinha muitos sonhos, como contou ao Guiness World Record, incluindo o de ir a outro planeta.
Falou também sobre como se sente honrada em saber que tantas outras mulheres olham para ela e a veem como um exemplo e conta o que quer “Inspirar as pessoas a sonhar alto, ir atrás de seus sonhos, mesmo que pareçam impossíveis”, seguido do conselho:
"Tente fazer algo mais do que você imagina que seja capaz - porque você vai se surpreender."
Mês passado, a NASA anunciou em seu Twitter a aposentadoria da Drª Whitson em meio à elogios do administrador da agência, Jim Bridenstine "sua determinação, força de espírito, caráter, dedicação à ciência, exploração e descoberta são uma inspiração para a NASA e toda a América".
Assim, Drª. Peggy Annette Whitson encerra sua carreira brilhante e cheia de grandes feitos inspiradores para jovens mulheres que aspiram em se tornar astronautas.
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