Deixando aqui não tirarem o que falo de contexto: tomo vacina testada e aprovada sem medo (quando renovar as deste ano, posto minha carteirinha). Mas não sou profissional prioritário e trabalho de casa. Quando (se) sair uma vacina da COVID, não preciso nem devo ser o 1º a tomar.
O ideal pra uma vacina da COVID que sair, dada a demanda e a produção, é que ela seja distribuída pra grupos cada vez maiores. Começando pelas pessoas prioritárias (prof. de saúde, p. ex.) e depois cheguem nos outros (eu). Segue prioridade e segurança, como a vacina da gripe.
Se tivermos uma vacina segura, o ideal é que ela seja dada no maior número de pessoas possível, porque dependemos de muita gente imunizada pra proteção coletiva. Só com muita gente vacinada (eu incluso) e imunizada é que se tem a segurança de voltar ao "normal".
Ou seja, mesmo se eu for vacinado com uma vacina segura e eficaz, não vou me sentir à vontade pra descuidar, aglomerar ou deixar de usar máscara, até a maioria das pessoas terem sido vacinadas também.

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11 Sep
Segundo a OMS, vacina vai primeiro pros grupos prioritários (profissionais de saúde), doses pra todo mundo mesmo e um cenário melhor só em 2022, quando a grande maioria tiver se vacinado. E que não adianta pular etapa de segurança.

noticias.uol.com.br/colunas/jamil-…
se eu falo isso...
Traduzindo a afirmação: não quer dizer que só poderemos sair de casa em 2022. Quer dizer que não tem saída mágica, ou não dá pra contar com ela. Teremos que sair com cuidado e depois de muito esforço de combate ao vírus. A responsabilidade é nossa e de cada país, não da vacina.
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9 Sep
Mais estudos mostrando que máscaras não só protegem do coronavírus como diminuem chances de complicações de quem pega. O número de pessoas que não desenvolve sintomas da COVID DOBRA entre os que usam máscara. Explica bem casos subindo e hospitalizações não
nejm.org/doi/full/10.10…
Estendendo o pensamento pq é importante. Outros fatores tb contribuem pra casos subindo sem tantas mortes, principalmente na Europa: mais testes (Itália no pior dos momentos tinha uma fatalidade de 10-15%, teve muita subnotificação), casos entre jovens e melhor tratamento.
Melhor tratamento e máscaras protegendo reforçam a importância de distanciamento. Não dá pra contar com vacinas pra retomar a vida, pq não sabemos quando (e se) saem. O melhor é adotar as medidas que já conhecemos pra retomar o possível da forma mais segura.
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24 Aug
Sobre a pessoa reinfectada em Hong Kong, o artigo ainda não saiu, mas o @otavio_ranzani tem a melhor fonte. *É o primeiro caso claro* de reinfecção pq sequenciaram o vírus. A pessoa de Hong Kong se curou em março e agora em agosto testou positivo pra um vírus europeu. Segue fio👇
Temos vários relatos até aqui de pessoas que se infectaram de novo, mas essa é a primeira demonstração com evidências do vírus. Só teria como vir de uma região que testa muito, como Hong Kong. Provavelmente mais confirmações virão.
São casos raros. Suspeita de reinfecção é a exceção da exceção. Mas levanta dois pontos importantes:
1- Não dá pra tratar quem se curou como alguém imune e protegido. Não é se curou, acabou. Vamos precisar de máscaras por mais tempo.
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17 Aug
E sobre vacinas, notícias que fazem alguma diferença só mais pra frente, quando saírem os resultados dos testes. Com resultados mostrando que uma candidata protege as pessoas e é segura, vale animar. Aí sim, resultado na mão, calça no chão.
Leva + ou - 1 mês pra medir imunidade pós dose. Em vacinas com 2 doses (que eu saiba todas tão testando pelo menos 2), pode esperar mais 2 meses depois do início do teste: 1 mês pra 2a dose, 1 pra resultados. Mais exposição ao vírus. Provavelmente, resultados começam em outubro.
Bota mais umas rodadas de distribuição pra grupos cada vez maiores de pessoas (como profissionais de saúde), 10 mil, 100 mil, 1 milhão, pra medir segurança e efeitos adversos. E temos segundo semestre do ano que vem no melhor dos cenários pra vacinas pra pop. geral.
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14 Aug
Tenho voltado a fazer palestras e uma pergunta constante é se as pessoas vão confiar mais na ciência ou em cientistas com a COVID-19. Acredito que sim, mas queria compartilhar com os cientistas um fio do que acho que será fundamental pra isso.
A predisposição à confiança sempre existiu. Cientistas (e médicos) são alguns dos profissionais que os brasileiros mais confiam. Como a pesquisa de Percepção Pública da C&T sempre mostra. Temos os ouvidos, mas precisamos conquistar o espaço.
cgee.org.br/documents/1019… Índice de confiança dos bra...Image
Ter essa confiança já é um passo enorme e será fundamental pro que vamos enfrentar. E a ciência tem uma importância crescente. Mas cientistas precisam aproveitar essa atenção pra falar, mostrar a importância do seu trabalho, dos centros de pesquisa. Tem que aproveitar a atenção.
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14 Aug
Pela falta de acesso à testes e um sistema de saúde bem mais precário, fica difícil de saber se não tem COVID ou não tem notificação em muitos países africanos. Mas no Quênia, por volta de 5% dos doadores de sangue têm anticorpos conta o vírus.
medrxiv.org/content/10.110…
Eles registraram muito menos casos oficiais e não têm hospitais com UTIs cheias. Não se sabe bem o pq da diferença. Pode ser um viés de quem doa sangue, pode ser uma população mais jovem que não tem tantas complicações quando a europeia.
sciencemag.org/news/2020/08/p…
Em Moçambique e no Malawi, a mesma coisa. Bem mais anticorpos presentes na população do que números oficiais dão conta. Mas sem tantas internações quanto nos países europeus.
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