Extraímos 8 mil imagens do movimento #brequedosapps no Instagram. Em seguida, processamos quais eram os perfis + mencionados nos comentários.

As pessoas tendem a citar + de uma empresa quando comentam as fotos, criando uma "ativismo de notificação", instando-as a se pronunciar.
Já dá pra fazer a rede de termos do movimentos (a partir dos comentários e legenda das fotos). Mas o foco principal é fazer a rede de imagens-usuários, variando o tamanho das primeiras em função de sua viralidade na plataforma.
É possível também notar a ação em rede territorializada do movimento, espalhando-se através de perfis por estado da federação, o que demonstra níveis de articulação política e sincronização da atividade comunicativa durante a greve.
Meu tema de pesquisa é o ativismo. Continuo a pensar que são os modos de expressar a indignação o caminho mais rápido para entender a inovação nos usos das tecnologias, dando a elas sentidos novos e conflitantes com o seu próprio design.
Agora, sim, o léxico do movimento através do processamento das legendas de todas as fotos com a hashtag #brequedosapp no Instagram.

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24 Aug
Ao centro, o presidente @jairbolsonaro. Marcado em mais de 1.035.521 de mensagens únicas sobre por qual motivo ele não respondeu sobre os 89 mil depositados por Fabricio Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro.
Cada rede, um desenho diferente. Nesta, juntei todos os RTs, Quotes e Replies. O resultado disso é a valorização dos perfis mais mencionados. Em geral, numa situação de crise, o alvo da indignação se destaca.

Bolsonaro ficou sozinho. E cercado.
Repare que os outros perfis possuem tamanho bem menor. Pq? Porque são menos mencionados em comparação com o presidente.

Isso mostra que a maioria dos 353 mil usuários se concentrou em memetizar a pergunta feita pelo repórter de O Globo, marcando a @ do presidente.
Read 6 tweets
15 Aug
População amendrontada com a pandemia, especialmente os mais pobres, indicam (52%) co-responsabilidade do presidente Bolsonaro.

1. Qual número que vocês leram de modo diferente?
2. Quem tem tempo para ficar no haterismo contra o cara além de 11% da população?
Menções a Jair Bolsonaro na plataforma onde ele vai melhor, o Facebook. Em maio (17-23), 29.8k posts gerando 12.69 milhões. Em agosto (01-08), 15.4k posts, gerando 5.68 milhões de interações.

Interessante fenômeno de quanto menor é o interesse no tema, maior é a popularidade.
Caladão, paz e amor, reduzindo atrito, funciona melhor enquanto ele é um governante.

Talvez quando for candidato o contrário seja mais eficiente.

Agora, se isso é isso, aumentar o atrito (B17 cai fácil neles) fará a popularidade cair.
Read 8 tweets
31 Jul
De muitos fenômenos novos na internet pós-pandemia, o que mais me sensibiliza é o "obituário compartilhado". Visto como espaço narcísico, as redes se defrontam agora com uma massiva dor daqueles q perderam os seus, q são tratados como um saco preto parafusado dentro de um caixão.
Passei a seguir os replies com as palavras "meus pêsames" e "meus sentimentos" no Twitter. Os relatos se multiplicam. E deixam um rastro de profunda melancolia, sentimento que atravessará os próximos anos entre os que conseguirem passar pela covid-19.
Ouvi atentamento o Joel Birman falar sobre isso na live da Abrasco. E gostaria de resumir a fala dele por aqui. ELa tá aqui:
Read 10 tweets
30 Jul
O bolsonarismo tá naquele erro crasso quando se é governista: ampliando a visibilidade do Felipe Neto, que, agora, ao se manifestar, atingirá ainda + um público adulto, q ele nunca teve.

Enquanto isso o governo comunica a "semana do presidente". Só falta o SBT (aliás, não).
Sem sua rede de propagandistas, o governo vai se desidratando, não de um modo veloz. Comunicação política é homeopática. Dose a dose, uma imagem se forma. Ou se deforma.
Vivemos um momento bem singular na história da internet, q sempre foi dominada pelas classes letradas. Com a democratização tecnológica, GERAL ocupou as redes. A disputa é muito + real. Gente q sempre foi reprimida pelo "culto" passou a se expressar politicamente do seu jeito.
Read 11 tweets
16 Jul
Bares lotados.
Curioso dado de realidade que desfaz todo o frisson na aposta das "fakes news" e "teorias da conspiração" regendo a conduta negacionista da pandemia.
Lotam porque a "narrativa da negligência" pauta a vida das pessoas. Se as autoridades governamentais não tiveram capacidade de instituir uma quarentena real e impuseram ao trabalhador um ir de lá e pra cá em busão lotado, o q impediria este de ir a um boteco tomar uma?
Toda narrativa é "baseada em fatos reais". Por isso convence, organiza condutas. A imprensa diz: "tá rolando imunidade de rebanho". Daí entra a narrativa e diz: "beba Heineken com amigos p/acelerar essa imunidade logo. Vai todo mundo pegar mesmo", a imprensa q disse.
Read 6 tweets
23 May
Aos números dos comentários no Twitter sobre a reunião ministerial:
3.634.115 tuítes
Destes, 2.5 mi é de RT.
722.264 participantes na repercussão até 0:30min de hj.
Se depender das interações no Twitter, a frente ampla já está formada: progressistas+lavajatistas contra Bolsonaro+AlexandrePato rs. Se os caciques dos partidos batem cabeça na tal frente, isso é problema deles. Por aqui, já unificou.
104 mil são perfis com posicionamento de defesa do governo Bolsonaro. Isso equivale a 21% do total de participantes.
Read 8 tweets

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