1 - Máscaras são efetivas em diminuir o risco de transmissão populacional
2 - Máscaras devem ser efetivas em diminuir a quantidade de vírus transmitida, diminuindo a carga viral, levando a infeções menos graves.
Torcida em 1918 👇
É bem simples:
uma barreira para evitar que os microguspes, guspinhos e gotículas contaminados com vírus do Sars-Cov-2 saiam da sua boca e nariz e infectem outras pessoas.
Se não barrar completamente, diminui a quantidade. e tudo isso é excelente pra todo mundo.
Máscaras não limitam a entrada de oxigênio nem a saída de gás carbônico. Mesmo em exercício. Também máscaras não tem ship
É simples: uma coisa que proteje sua boca e nariz de propagar esse vírus que deixa todo mundo cansado, doente e que ninguém aguenta mais: #UseMáscara
Tem que manter limpa, por uma questão de higiene e eficiência. Pode afetar rendimento no esporte, mas observado somente em atletas de alto desempenho.
Usamos máscaras no dia a dia no hospital por horas (que o digam cirurgiões e cirurgias) e está todo mundo bem.
É mais um hábito que temos que adquirir. Tipo começar a usar sapato... ou usar óculos ou aparelho nos dentes. No começo incomoda muito, depois passa, as vezes da raiva, mas passa. começa a fazer parte do seu corpo e dia a dia.
Temos que estar cientes que máscara é melhor que
termos tantos doentes, que não usando vai demorar mais para chegarmos ao nosso novo normal, que é barato comparado a muitas outras coisas, que é muito melhor que uma entubação traqueal.
Máscaras deveriam estar disponíveis em vários lugares e grátis: investimento de saúde pública
A maioria dos países asiáticos conseguiram melhor controle da pandemia pelo hábito de já usar máscaras (entre outras coisas). Esse controle também foi acentuado nos que tiveram epidemias de SARS e MERS.
Temos que aprender com eles.
E máscaras é uma daquelas coisas que trouxeram nosso preconceito à tona: muitos achavam que uma coisa óbvia destas não poderia ser tão efetiva. Outros que "parecia coisa de japonês nos aviões". Mas é isso pessoal, cada vez mais temos evidencia e evidencia que máscaras funcionam.
Além da mudança de faixa etária, cada vez mais temos observado que casos menos graves devem estar ocorrendo por menor carga viral e o principal motivo disso deve ser uso de máscara. Isso porque nenhum outro é plausível ou já foi observado que não explicaria.
E tem que usar direito e o máximo que der.
Dentro de casa também se tiver sintomas ou positivo. Protege bastante a todos.
Esse fio eu preparei para ser mais técnico sobre a máscara em si, porém perdi grande parte do fio no meio do caminho. Para quem quer ter referências, há cada vez mais estudo de qualidade, seja de bioengenharia, experimental ou modelos que mostram estas afirmativas. Só pesquisar.
Máscaras também afetam nosso comportamento e toda outras questões sociais e de normas. Matérias para outro fio.
- Ter tido COVID provável ou confirmado
- Sintomas após 90 dias do COVID
- Sintomas que durem pelo menos 2 meses
- Não ter uma explicação alternativa
- Comumente afeta vida diária
Os sintomas podem ser vários, mas comumente fadiga, diminuição da capacidade para respirar, alguma disfunção cognitiva entre outros. São sintomas novos (que aparecem após o COVID) ou que são persistem, ie, continuam.
Se confirmadas, explica bastante porque ela está dominando o mundo e causando estragos
- Maior carga viral na primeira detecção (muito maior)
- Vírus pode se reproduzir mais rapidamente
- Capacidade de transmitir mais precoce
Nesse report, pesquisadores avaliaram um surto epidêmico na China e investigaram bem de perto contatos. Basicamente testaram diariamente. Eles então compararam tempo entre exposição com um positivo e detectar PCR pos, carga viral, entre outros.
Comparado com um outro surto lá do comecinho também investigado exaustivamente, eles acharam:
O tempo entre alguém ter contato com alguém transmitindo até ter um PCR positivo encurtou de 6 (IQR 5-8) dias para 4 (IQR 3-5). Assim, uma redução importante no intervalo serial,
Dados 🇧🇷 sobre Condição após COVID-19 (COVID Longo) - preprint
➡️602 pacientes após COVID19 na Bahia, com quadro leve (não hospitalizado), moderado (hosp não UTI), grave (UTI)
➡️52 anos idade média, avaliação ~2.5 meses após
▶️mediana de 8 sintomas 👇
▶️Mulheres mais acometidas
Impacto na qualidade de vida. Abaixo fatores associados com alterações nos 5 dominíos da qualidade de vida avaliados pela escala EuroQoL (logística ordinal)
-Sexo feminino associado com alteração em todos os domínios (dor, mobilidade, ansiedade/depressão), exceto auto-cuidado.
-Gravidade associada a alguns domínios, condizente com o que se sabe antes de COVID.
Outro achado interessante foi alteração num marcador de inflação - Proteína C Reativa - que é um marcador geral, mas que se mostrou alterado em (40%) acima de >5mg/L.
Voltei a calcular a taxa de mortalidade padronizada por idade comparando Brasil e Itália e Brasil e Espanha:
- Mortes por 100 mil no Brasil: 184
- Mortes por 100 mil na Itália: 102
- Mortes por 100 mil da Itália se tivesse a mesma estrutura etária por sexo do Brasil: 39
Brasil x Espanha (período de Maio 2020 até agora)
- Mortes por 100 mil no Brasil: 157
- Mortes por 100 mil na Espanha: 98
- Mortes por 100 mil da Espanha se tivesse a mesma estrutura etária do Brasil: 46
Se os países tivessem a população padrão da OMS:
Brasil início até Abril/2021: 159/100 mil
Itália início até Abril/2021: 33/100 mil
Brasil de Maio/2020 a Maio/2021: 133/100 mil
Espanha de Maio/2020 a Maio/2021: 36/100 mil
No Brasil, morreu-se 4.8x que Itália e 3.7x que Espanha
Isso ainda me deixa muito perplexo.
Já comparamos a taxa de morte padronizada por idade entre Brasil e Itália para COVID-19. O Brasil foi muito pior até então. E em números absolutos a diferença é gritante entre crianças e adultos jovens.
Abaixo Espanha, veja mortes por idade.
Estes dados são do último ano, de Maio 2020 a Maio 2021. Vejam de novo...
- Morreram 214 pessoas abaixo de 40 anos no último ano
- Morreram 2255 pessoas entre 40 e 59 anos no último ano
Ah, Otavio, mas no Brasil tem muito mais jovem. Sim, claro, mas a diferença não precisa
nem de cálculo. Leia de novo, num país com a população próxima do estado de São Paulo, morreram 214 pessoas <40 anos no último ano por COVID. Pelo Seade, considerando todo o período, óbitos abaixo de 40 anos corresponderam a 12.7% dos óbitos. Na Espanha, 0.44%. Isso se repete
Com a evolução do SARS-CoV-2 e novas variantes, e a própria evolução das vacinas, veremos vacinas de segunda geração (ou outro nomes que virão).
Saiu um pre-print com dados preliminares da nova vacina da Moderna. Avaliado resposta à B.1351 e P.1
As vacinas estão em constante melhoria, mesmo antes da pandemia. Mesmo as mais consagradas, se não por mudança no composto/antígeno, também em mudanças no calendário vacinal, por exemplo. Doses, reforços, etc.
Isso é sempre reavaliado em ensaios clínicos, exceto raras exceções.
A Moderna, vacina de mRNA, consegue mudar o perfil da proteína S de forma "rápida", digamos, daí uma das maiores promessas deste tipo de vacina. O ensaio clínico da Moderna acho que foi um dos melhores e mais bem pensados. Vários pontos já pensados desde o começo, inclusive