Na live q participei no @brasil247 com a @UrbanNathalia, no final da conversa, a @LarissaSilva18 me pediu 5 argumentos pra sensibilizar pessoas do nosso convívio ao falar de #aborto. Eu trouxe elementos, mas sinto q não consegui elaborar um check list fácil, rs. Vou tentar aqui👇🏻
1- Métodos contraceptivos falham, todos eles falham. Não existe nenhum 100% seguro. Assim, ninguém merece ser obrigada a parir porque engravidou por acidente.
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2- Filho não deve ser castigo pra mulher que fez sexo.
Gestação não deve ser defendida em qualquer situação como "bênção", e sim ser fruto de uma decisão consciente. Portanto, se #abortolegal não é uma opção, ser mãe não pode ser considerada "escolha" livre de coerção social.
3- Independentemente se você é contra ou a favor, mulheres abortam. Estar contra o direito de abortar é estar a favor da clandestinidade e do mercado ilegal que provoca morte. Então, não é uma questão moral ou de "consciência", mas de saúde pública.
4- os direitos sociais não devem ser medidos pela convicção religiosa e moral que você tem. A sua régua moral não deve ser impedimento para a regulamentação de direitos sociais.
Apele para a empatia. Gestar, parir e criar não é uma tarefa fácil (e barata). Volte ao argumento 2.
5- Estar a favor do #abortolegal não significa querer abortar.
Esse é o argumento mais importante, pois ele coloca a questão central dos direitos sexuais e reprodutivos: a luta não é apenas por aborto, ela abrange educação sexual e direito à saúde e controle reprodutivo.
No mais, o #aborto é um procedimento simples. Não é banal, mas é um procedimento que pode ser feito em casa, estando de posse das informações corretas, seguras e com rede de apoio. Informações q vc pode encontrar no site da OMS.
Em um país onde meninas pobres e racializadas são obrigadas a parir porque foram estupradas por quem deveria cuidar delas, é justo dizer que se está "salvando as duas vidas"? Castigar vítimas de estupro é "salvar as duas vidas"?
Por isso exigimos:
Educação sexual para decidir,
Anticoncepcional para não abortar, #AbortoLegal para não morrer.
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Toda vez que falo disso, que o futebol (principalmente) deve ser DISPUTADO de verdade, parece que estou ofendendo a mãe de alguém. Não tô falando pra odiar futebol não, gente. É o contrário, pô.
Inclusive, isso me lembrou uma discussão que tive com um amigo na época da Copa em 2014. Ele é chileno fanático por futebol, e estava entusiasmado porque ia pro Brasil ver a Roja (seleção chilena) jogar. Quando falei dos protestos da copa, ele ficou completamente transtornado...
em 2019 ele me deixou um imenso comentário no facebook pq depois de 5 anos, depois que o Chile passou pelo #TsunamiFeminista (2016/2018), muita gente começou a refletir sobre muitas coisas e nem o futebol ficou ileso. Não vou traduzir pq é gigante haha, mas deixo aqui pra ilustar
Sonho com o dia em que verei os amantes do esporte no Brasil (homens principalmente) deixem de normalizar que seus ídolos e os clubes/uniformes que torcem sejam reacionários. Que deixem de aceitar que esses símbolos sejam defensores de governos e ideologias genocidas.
Quando pessoas de esquerda começarem a cobrar com força que esses símbolos de identidade que unem povos sejam peças publicitárias de violações de direitos humanos, aí sim vou passar a respeitar mais quem diz que "gosta de esporte" no Brasil.
Hoje, quando vejo brasileiro comentar entusiasmado jogo futebol (principalmente), pra mim é como se estivesse dizendo claramente: "são misóginos e lgbtfóbicos, defendem Bolsonaro e são máquina de lavar dinheiro do narcotráfico, mas FAZER O QUÊ?!"
Onde está Marcelo Tas que vive reclamando de censura em Cuba? Ou acaso isso aqui não é censura? Se perguntarmos pra Caio Ribeiro (o apresentador medíocre filho de cartola corrupto), ele dirá o mesmo que disse pro Raí: "não se mistura esporte com política" uol.com.br/esporte/coluna…
No Brasil, esporte e política só se misturam quando é pra puxar saco de governo de turno, ou quando seu pai frauda a Previdência Social e ainda é recebido de braços abertos na dirigencia do clube, aí pode.
Não são "amantes do esporte" coisa nenhuma, são amantes do dinheiro!
Os artistas e esportistas que vivem falando contra o Bolsonaro no Twitter deviam fazer campanha pra apoiar a Carol Solberg. Ou por último propor uma vaquinha pra ajudar a pagar essa multa infame.
As campanhas políticas tomaram forma e muitas mulheres estão dando cara às campanhas para câmara de vereadores e prefeituras nessa corrida eleitoral, e sem dúvida isso é ótimo. Um avanço. Mas muito cuidado com o discurso imperativo de "vote em mulheres" sem olhar PROGRAMA. #fio
Nem todas mulheres veem com o "filtro" do feminismo posto, e também nem toda menção ao feminismo nos serve. Não é por "ser mulher" que imediatamente a pessoa se transforma em aliada, pois a categoria "mulher" por si só não indica compromisso com programa político transformador.👇🏻
Portanto, é importante prestar atenção no conjunto da obra:
1- Projeto/agenda política que tais candidaturas representam;
Hoje é #28deSetembro, dia de Ação pelo direito ao #AbortoLegal na América latina e Caribe. Por que devemos falar de #Aborto em tempos de #covid19? A violência sexual aumentou e se estima que a gravidez não desejada entre meninas, jovens e mulheres sofreu aumento de cerca de 30%.
A dificuldade de acesso ao procedimento nos marcos atuais do #abortolegal vem sendo dificultado, pela contigência e em virtude dos atuais governos ultra neoliberais e fundamentalistas religiosos, que estão desmantelando políticas públicas que asseguram o acesso à saúde pública.
Em contexto de covid, medicamentos para #aborto fármaco com distribuição proibida no Brasil e em diversos países da América latina e Caribe (enviados por ONG's feministas desde outros continentes), estão com muita dificuldade de entrar no Brasil. Falta misoprostol e mifepristona
Enquanto no Brasil as torcidas organizadas (nas palavras do @henrisilvaolive) "usam a cara do Che Guevara mas votam no Bolsonaro", no Chile nasce histórica coordenadora de organizações feministas ligadas às torcidas de futebol.
"As organizações que compoem a Coordenadora feminista são parte das torcidas do Cobreloa, Colo Colo, Curicó Unido, Everton, San Luis, Deportes Concepción, Universidad Católica, Santiago Wanderers, Universidad de Chile, Ñublense y San Marcos de Arica."
(Tradução livre)
"O espaço de articulação responde às lógicas transversais de violência que vivem as mulheres e dissidências; o futebol é um espaço masculino e masculinizante sem importar a cor da camiseta".