1) A Constituição Federal hoje completa 32 anos, com seus 250 artigos e mais os 114 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias.
Fez 108 “plásticas” (emendas), mais de 3 por ano.
Tem mais...
2) Alem das 108 emendas, a Constituição ainda passou e passa por um sem-número de interpretações feitas pelo Supremo e o acréscimo do texto de tratados internacionais
Não bastasse ser uma constituição prolixa e cheia desses adendos, o texto dela não foi inteiramente aprovado.
3) Isso mesmo. A Constituição cidadã teve pelo menos dois artigos inseridos sem submissão ao regimento democrático.
4) A Constituição norte-americana (1789) conta com sete artigos e vinte e sete emendas, média de uma a cada oito anos e meio.
Parece claro que o texto constitucional deve ser o equivalente laico do texto sagrado. Deve ser sintético e conter os pilares daquela sociedade.
5) Se tudo é constitucional, então nada é constitucional, nada é importante.
A banalização do que é estruturante na sociedade levou ao relativismo que torna a interpretação do que mais importante do que aquilo que é, e a vontade supera a realidade.
6) Nessa linha não é de espantar que não tenhamos o espírito de patriotismo porque não nos vemos como nação.
O texto da nossa liberdade é lido como uma circular burocrática a garantir vantagens, e não como o compromisso a que nos vinculamos de viver pelo Brasil.
7) como diria Capistrano de Abreu, bastaria um artigo: todo brasileiro fica obrigado a ter vergonha na cara.
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1) Pessoas super empolgadas com o “documentário” Dilema Social no Netflix não perceberam a conclusão que ele leva, embora se funde em fatos.
A) sim, somos manipulados pelas redes sociais de vários modos diferentes
B) sim, somos levados ao vício por uma arquitetura... (segue)
2) ...preparada para nos manter presos nesse ambiente e em bolhas de interesse que facilitam a manipulação.
C) isso é feito para que alguns grupos lucrem, e muito, e aumentem o seu poder político sobre a população.
Tudo isso é fato. O problema é a conclusão...
3) A conclusão é que precisamos dar mais poder para o estado para que ele controle o que pode ou não ser veiculado na internet, contando com o apoio valiosíssimo de ONGs e especialistas “independentes” que fazem tudo por amor à causa.
1. O século III d.C encontrou uma Roma destruída por uma moléstia terrível, que chegava a levar cinco mil pessoas em um único dia, tanto cristãos quanto não-cristãos. A diferença, contudo, foi como ambos os grupos reagiram (LEE, 2020).
2. Os não-cristãos expulsavam seus entes queridos de casa, jogando-os ainda vivos nas estradas, acreditando evitar a propagação da doença. Pensavam primeiro em si mesmos, num instinto de autopreservação.
Ha um desenho antigo no qual o Pateta tem dois comportamentos: quando é pedestre, todo preocupado com o outro. Quando entra atrás do volante, vira um monstro sem empatia.
A impressão que tenho é que a internet colocou cada pessoa atrás do seu volante, 24h protegido do mundo em sua armadura digital para idolatrar o próprio ego e atacar o que nao gosta.
A egregora do trânsito é clara: gente pacífica se transforma.
Isso é facilmente transposto para o mundo virtual. Aliás, é até pior.
Platão tem o mito do anel de Giges, que torna seu proprietário invisível, e que se repete na história moderna do cientista e o soro da invisibilidade.
Qual é um dos atributos que se espera do juiz? Coerência.
Por quê? Porque a Justiça tem o dever de estabilizar as relações em sociedade e permitir que as pessoas possam planejar suas vidas sem medo de surpresa (e isso vale para o Estado em geral) (continua)
Saber o que esperar de um juiz é um mínimo que se pode oferecer.
Lógico que essa coerência por si só não diz nada. Um juiz que absolva culpados reiteradamente por motivos ideológicos é coerente, e mesmo assim causa danos.
O juiz pode, na verdade deve, interpretar a lei. Não pode criá-la, ignora-la ou pervertê-la, porque aí estara ferindo a coerência da justa expectativa do cidadao frente à norma criada.
Abandona-se o Direito Natural pelo positivismo iluminista, colocando a razão humana como soberana.
Do positivismo aristocrático-republicano salta-se para o democrático e o poder dilui.
Percebe-se tarde demais que o poder não está mais tão concentrado.
As leis, que serviram para afastar a Justiça precedente do Direito Natural e forjaram a justiça posterior do positivismo, se tornaram um obstáculo também, porque de todo jeito criavam limites ao exercício do poder por seus titulares, ou “donos”.
Agora as leis podem serve mais, a democracia pode não serve mais. É preciso salvar o povo de si mesmo.
A democracia deve ser salva da vontade da maioria.
Se as leis não servem mais, voltamos ao Direito Natural?
“Vc conhece alguém que pegou covid19?”, esse era o mote das redes socais de poucos dias atrás, insinuando que, ou a doença não existia, ou ela era irrelevante.
Negar os fatos não é uma forma de lidar com a realidade, mas é uma das melhores de ser atropelada por ela. Segue o fio.
Embora o papel aceite tudo, a realidade ignora solenemente as ideologias. Que o diga a ideologia de gênero.
Um general que subestima a força inimiga já está morto, só não sabe ainda.
Quarentena, isolamento vertical ou horizontal, cloroquina, melagriao... não importa no q vc ACREDITA, importa aquilo que É.
As coisas são independentemente das crenças, e foi assim q nós evoluímos de deixar d pegar piolhos nas costas uns dos outros para nos xingarmos na internet