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AGENDA DOS PRÍNCIPES

No dia 16 de setembro, o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, teve a satisfação de visitar em Resende, no Sul do Estado do Rio de Janeiro, a prestigiosa Academia Militar das Agulhas Negras.

A instituição é conhecida pela excelência na formação de oficiais da carreira de Armas de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Comunicações, do Quadro de Material Bélico e do Serviço de Intendência do Exército Brasileiro.

Retomando seu cronograma de viagens em estrita observância das medidas profiláticas recomendadas pelo Ministério da Saúde e demais Autoridades Constituídas, o Príncipe Imperial foi convidado pela União dos Militares Católicos da Academia Militar das Agulhas Negras.

Assim, por ocasião das comemorações do Dia da Família Militar (18 de setembro), a proferiu palestra intitulada “A vocação católica do Brasil”, diante de um grupo de cerca de mil cadetes católicos, dos quais muitos eram monarquistas.

Falando do embate que se assiste nos dias atuais entre velhas forças demolidoras e uma ampla floração de boas tendências, entusiasmos e dedicações, que clama por seu País de volta, Sua Alteza lembrou àqueles jovens militares de que lhes cabe a linha de frente nesse embate.

Afinal, têm eles o melhor contributo a dar: a plena vigência, na esfera pública como também na privada, dos princípios perenes que decorrem do Decálogo, a fim de fazer do Brasil verdadeiramente a Terra de Santa Cruz.

Após o fim da solenidade, o Príncipe Imperial foi muito honrosamente recepcionado pelo Subcomandante, Coronel Luciano Antônio Sibinel, e pelo Capitão Capelão, Padre Uyrajá Lucas Mota Diniz, que lhe mostraram as dependências daquela histórica Academia Militar.

Também estavam presentes os Majores Allan Mellinger e Jairo Diniz Guerra, do Tenente Lucas Henrique e também do Padre Magnon Cavalcante da Silva, Capelão do Colégio Militar do Rio de Janeiro.

No Hall de Entrada, Sua Alteza pôde observar um busto do Rei Dom João VI, e em seguida esteve no Gabinete do Comandante, General de Brigada Paulo Roberto Rodrigues Pimentel.

Lá, foi convidado a inscrever seu nome no livro onde, em 1810, o ainda Príncipe Regente de Portugal, assinou ao fundar a então Real Academia Militar, substituindo a antiga Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, criada, em 1792, por sua mãe, a Rainha Dona Maria I.

Por fim, o Príncipe Imperial foi agraciado com um aprazível jantar oferecido em sua homenagem pelo Coronel Augusto Freire, na Pizzaria Tontina Trattoria & Bar, com a presença de um grupo de oficiais e de suas respectivas famílias.

O Coronel Freire presenteou Sua Alteza com uma reprodução do belíssimo retrato da Imaculada Conceição que o valoroso Marechal Luiz Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, levou consigno para a Guerra do Paraguai.

Diante daquela Imagem, todos os dias o grande Patrono de nosso Exército e os seus soldados rezavam um terço, rogando à Divina Providência, através da intercessão da Mãe de Deus, que protegesse as forças brasileiras na difícil campanha contra o tirano paraguaio Solano López.

Sem o menor vestígio de sentimento revanchista, a Família Imperial vê nas Forças Armadas as naturais guardiãs da Nação. No seu prestígio e na sua eficiência repousam a paz e a segurança interna e externa de nossa Pátria, bem como o merecido realce desta no cenário internacional.

Aos seus integrantes devem ser proporcionadas todas as condições para que vivam condignamente, isentos de preocupações materiais que afetem seu moral e os afastem da dedicação integral às lides castrenses.