Ontem completou 57 anos do #MassacredeIpatinga, quando no dia 7 de outubro de 1963, a Polícia Militar abriu fogo contra trabalhadores que protestavam por melhores condições de trabalho na #Usiminas. #Fio
Ipatinga é um município com apenas 56 anos de emancipação, mas carrega em sua história um massacre impronunciável. Não é o maior massacre do país (Carandiru teve 111 mortos) entretanto, significa uma incógnita pra as e os nascidos e residentes do ex distrito de Coronel Fabriciano
Oficialmente há registro de 8 mortes, mas as distintas histórias e investigações atualizadas chegam a falar de 40 a 100 corpos. O jornalista Marcelo Freitas publicou o livro "Não foi por acaso", com o relato de um ex funcionário q afirma ter testemunhado a compra de 200 caixões +
No livro Marcelo Freitas relaciona o episódio a um ensaio para o Golpe Civil Militar em 1964, q aconteceu 6 meses após o #Massacre em #Ipatinga. O inquérito dos assassinatos foi "investigado" no governo militar (+)
que evidentemente acobertou a #Usiminas, sumindo com muitos documentos, fazendo evidências desaparecerem. Após 50 anos, no periodo democrático, o Fórum Memória e Verdade do Vale do Aço, com a participação da Comissão da Verdade Memória e Justiça de MG, reabriram apurações
Não há muitos registros e, a cada dia, menos testemunhas, pois muitas que sobreviveram ao episódio, atualmente já faleceram. Mas tem-se feito esforços para resgatar essa memória e ir atrás de rastros dos registros que a Usiminas apagou em conluio com os militares.
Esse é o corpo sem vida da vítima mais jovem do massacre Ângela Eliana Martins, bebê de 3 meses, assassinada no colo da mãe no dia 7 de outubro de 1963, vítima indefesa do #MassacreemIpatinga ordenado pela empresa #Usiminas.
"Eliane foi atingida por um tiro na coxa esquerda, disparado por um policial militar. Antonieta Martins, com a filha nos braços, estaria a caminho de uma consulta médica, a ser realizada próxima ao Escritório Central da Usiminas." (Extrato do relatório da Comissão da Verdade)
Deixo link com o depoimento de Aloisio Salgado, filho de um dos desaparecidos do massacre, Gesulino França. O depoimento é parte do material da Comissão da Verdade há 7 anos. Um dos tantos relatos cheios de revolta e clamor por quebra do silêncio forçado.
_ "Então até hoje eu tenho essa pergunta, o que eu quero? Eu quero todas essas respostas: Quantos são? Onde estão? Onde estão seus corpos? Qual o princípio, meio e o fim desse massacre?"
(Comissão de Memória, Verdade e Justiça do Estado de Minas Gerais, 7 de outubro de 2013)
"se possível para a comunidade de Ipatinga abrir essa caixa com todos aqueles que estão envolvidos, e entender (!) que esses fatos não estão presos em Ipatinga. Toda a mão de obra que trabalhava nessas empreiteiras são lá do interior do Nordeste do Brasil" (CVMJ, Aloisio Salgado)
HOJE às 20:00 horas haverá exibição online do documentário "Silêncio 63" com a presença do diretor e cineasta Fábio Nascimento para debate! O link para inscrição está na bio do Baque Mulher Ipatinga: instagram.com/p/CGFqSryjXE0/…
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Mas meu filho, as feministas da década de 80 já teorizaram sobre isso, cê tá requentando ~polêmica~ ruim que lá na 2a onda feminista já foi respondido, e as feministas socialistas foram além, em resposta à um confronto de ideias com as feministas radicais (ler Nancy Fraser)
A "confusão" proposital que o pastor mau caráter faz aqui deixa bem evidente que não leu uma linha sobre o q falam as feministas anticapitalistas (e não vai ler) pra confundir incautos e ainda responsabilizar as feministas pela exploração e opressão de classe, raça e gênero.
O *espertinho* jura que "desmascarou o feminismo", sobre exploração e opressão que a Federici já descreveu (década de 70) no seu livro chamado "PATRIARCADO DO SALARIO".
Memória é lugar de disputa. Ainda hj o silêncio sobre o que aconteceu em 7 de outubro de 1963, quando a #Usiminas deu a ordem pra PM fuzilar trabalhadores, é um desafio para os movimentos sociais em #Ipatinga. As feministas da cidade lutam pra fazer memória e reivindicar justiça
O dia ficou conhecido como #MassacredeIpatinga, mas é necessário dizer q esse massacre é da @usiminas. As feministas do Baque Mulher se manifestaram em memória das trabalhadoras: mães, irmãs, esposas e filhas q foram silenciadas e esquecidas no luto sufocado pelo silêncio imposto
Lembramos Ângela Eliana Martins, bebê assassinado no colo de sua mãe, Antonieta Francisca da Conceição Martins, q jamais foi indenizada pelo assassinato da filha. Assim como as muitas outras vítimas silenciadas e obrigadas a sofrer um luto impronunciável, com medo de represálias.
Na live q participei no @brasil247 com a @UrbanNathalia, no final da conversa, a @LarissaSilva18 me pediu 5 argumentos pra sensibilizar pessoas do nosso convívio ao falar de #aborto. Eu trouxe elementos, mas sinto q não consegui elaborar um check list fácil, rs. Vou tentar aqui👇🏻
1- Métodos contraceptivos falham, todos eles falham. Não existe nenhum 100% seguro. Assim, ninguém merece ser obrigada a parir porque engravidou por acidente.
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2- Filho não deve ser castigo pra mulher que fez sexo.
Gestação não deve ser defendida em qualquer situação como "bênção", e sim ser fruto de uma decisão consciente. Portanto, se #abortolegal não é uma opção, ser mãe não pode ser considerada "escolha" livre de coerção social.
Toda vez que falo disso, que o futebol (principalmente) deve ser DISPUTADO de verdade, parece que estou ofendendo a mãe de alguém. Não tô falando pra odiar futebol não, gente. É o contrário, pô.
Inclusive, isso me lembrou uma discussão que tive com um amigo na época da Copa em 2014. Ele é chileno fanático por futebol, e estava entusiasmado porque ia pro Brasil ver a Roja (seleção chilena) jogar. Quando falei dos protestos da copa, ele ficou completamente transtornado...
em 2019 ele me deixou um imenso comentário no facebook pq depois de 5 anos, depois que o Chile passou pelo #TsunamiFeminista (2016/2018), muita gente começou a refletir sobre muitas coisas e nem o futebol ficou ileso. Não vou traduzir pq é gigante haha, mas deixo aqui pra ilustar
Sonho com o dia em que verei os amantes do esporte no Brasil (homens principalmente) deixem de normalizar que seus ídolos e os clubes/uniformes que torcem sejam reacionários. Que deixem de aceitar que esses símbolos sejam defensores de governos e ideologias genocidas.
Quando pessoas de esquerda começarem a cobrar com força que esses símbolos de identidade que unem povos sejam peças publicitárias de violações de direitos humanos, aí sim vou passar a respeitar mais quem diz que "gosta de esporte" no Brasil.
Hoje, quando vejo brasileiro comentar entusiasmado jogo futebol (principalmente), pra mim é como se estivesse dizendo claramente: "são misóginos e lgbtfóbicos, defendem Bolsonaro e são máquina de lavar dinheiro do narcotráfico, mas FAZER O QUÊ?!"
Onde está Marcelo Tas que vive reclamando de censura em Cuba? Ou acaso isso aqui não é censura? Se perguntarmos pra Caio Ribeiro (o apresentador medíocre filho de cartola corrupto), ele dirá o mesmo que disse pro Raí: "não se mistura esporte com política" uol.com.br/esporte/coluna…
No Brasil, esporte e política só se misturam quando é pra puxar saco de governo de turno, ou quando seu pai frauda a Previdência Social e ainda é recebido de braços abertos na dirigencia do clube, aí pode.
Não são "amantes do esporte" coisa nenhuma, são amantes do dinheiro!
Os artistas e esportistas que vivem falando contra o Bolsonaro no Twitter deviam fazer campanha pra apoiar a Carol Solberg. Ou por último propor uma vaquinha pra ajudar a pagar essa multa infame.