Memória é lugar de disputa. Ainda hj o silêncio sobre o que aconteceu em 7 de outubro de 1963, quando a #Usiminas deu a ordem pra PM fuzilar trabalhadores, é um desafio para os movimentos sociais em #Ipatinga. As feministas da cidade lutam pra fazer memória e reivindicar justiça
O dia ficou conhecido como #MassacredeIpatinga, mas é necessário dizer q esse massacre é da @Usiminas. As feministas do Baque Mulher se manifestaram em memória das trabalhadoras: mães, irmãs, esposas e filhas q foram silenciadas e esquecidas no luto sufocado pelo silêncio imposto
Lembramos Ângela Eliana Martins, bebê assassinado no colo de sua mãe, Antonieta Francisca da Conceição Martins, q jamais foi indenizada pelo assassinato da filha. Assim como as muitas outras vítimas silenciadas e obrigadas a sofrer um luto impronunciável, com medo de represálias.
Mas a história e memória nós reconstruidos, garimpamos e cobramos nossos mortos. Por verdade, memória e justiça, revindicamos a luta dos trabalhadores assassinados e recobramos a necessidade da conexão com o presente pq o massacre e o silenciamento ainda persistem em nossa cidade
Hoje, em 2020, a #Usiminas ainda segue silenciando e precarizando a vida em Ipatinga, demitindo trabalhadores na Usimec e transformando nosso território em números, commodities e aço. De junho até agora já são aproximadamente 200 trabalhadores demitidos: intersindical.org.br/2020/09/04/mai…
Uma cidade feita por gente, às custas de trabalhadores, do trabalho invisível de mulheres que cuidam, que trabalham remuneradamente e seguem na tripla jornada para construir uma cidade onde os governos locais e a elite econômica querem fazer crer que a empresa é a "mãe" da cidade
Um discurso de história oficial marcada por massacres, acidentes trabalhistas abafados com um discurso de "responsável pelo progresso", quando na verdade as estruturas de aço e cimento levantadas tem a liga de corpos, braços e sangue da classe trabalhadora.
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Mas meu filho, as feministas da década de 80 já teorizaram sobre isso, cê tá requentando ~polêmica~ ruim que lá na 2a onda feminista já foi respondido, e as feministas socialistas foram além, em resposta à um confronto de ideias com as feministas radicais (ler Nancy Fraser)
A "confusão" proposital que o pastor mau caráter faz aqui deixa bem evidente que não leu uma linha sobre o q falam as feministas anticapitalistas (e não vai ler) pra confundir incautos e ainda responsabilizar as feministas pela exploração e opressão de classe, raça e gênero.
O *espertinho* jura que "desmascarou o feminismo", sobre exploração e opressão que a Federici já descreveu (década de 70) no seu livro chamado "PATRIARCADO DO SALARIO".
Ontem completou 57 anos do #MassacredeIpatinga, quando no dia 7 de outubro de 1963, a Polícia Militar abriu fogo contra trabalhadores que protestavam por melhores condições de trabalho na #Usiminas. #Fio
Ipatinga é um município com apenas 56 anos de emancipação, mas carrega em sua história um massacre impronunciável. Não é o maior massacre do país (Carandiru teve 111 mortos) entretanto, significa uma incógnita pra as e os nascidos e residentes do ex distrito de Coronel Fabriciano
Oficialmente há registro de 8 mortes, mas as distintas histórias e investigações atualizadas chegam a falar de 40 a 100 corpos. O jornalista Marcelo Freitas publicou o livro "Não foi por acaso", com o relato de um ex funcionário q afirma ter testemunhado a compra de 200 caixões +
Na live q participei no @brasil247 com a @UrbanNathalia, no final da conversa, a @LarissaSilva18 me pediu 5 argumentos pra sensibilizar pessoas do nosso convívio ao falar de #aborto. Eu trouxe elementos, mas sinto q não consegui elaborar um check list fácil, rs. Vou tentar aqui👇🏻
1- Métodos contraceptivos falham, todos eles falham. Não existe nenhum 100% seguro. Assim, ninguém merece ser obrigada a parir porque engravidou por acidente.
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2- Filho não deve ser castigo pra mulher que fez sexo.
Gestação não deve ser defendida em qualquer situação como "bênção", e sim ser fruto de uma decisão consciente. Portanto, se #abortolegal não é uma opção, ser mãe não pode ser considerada "escolha" livre de coerção social.
Toda vez que falo disso, que o futebol (principalmente) deve ser DISPUTADO de verdade, parece que estou ofendendo a mãe de alguém. Não tô falando pra odiar futebol não, gente. É o contrário, pô.
Inclusive, isso me lembrou uma discussão que tive com um amigo na época da Copa em 2014. Ele é chileno fanático por futebol, e estava entusiasmado porque ia pro Brasil ver a Roja (seleção chilena) jogar. Quando falei dos protestos da copa, ele ficou completamente transtornado...
em 2019 ele me deixou um imenso comentário no facebook pq depois de 5 anos, depois que o Chile passou pelo #TsunamiFeminista (2016/2018), muita gente começou a refletir sobre muitas coisas e nem o futebol ficou ileso. Não vou traduzir pq é gigante haha, mas deixo aqui pra ilustar
Sonho com o dia em que verei os amantes do esporte no Brasil (homens principalmente) deixem de normalizar que seus ídolos e os clubes/uniformes que torcem sejam reacionários. Que deixem de aceitar que esses símbolos sejam defensores de governos e ideologias genocidas.
Quando pessoas de esquerda começarem a cobrar com força que esses símbolos de identidade que unem povos sejam peças publicitárias de violações de direitos humanos, aí sim vou passar a respeitar mais quem diz que "gosta de esporte" no Brasil.
Hoje, quando vejo brasileiro comentar entusiasmado jogo futebol (principalmente), pra mim é como se estivesse dizendo claramente: "são misóginos e lgbtfóbicos, defendem Bolsonaro e são máquina de lavar dinheiro do narcotráfico, mas FAZER O QUÊ?!"
Onde está Marcelo Tas que vive reclamando de censura em Cuba? Ou acaso isso aqui não é censura? Se perguntarmos pra Caio Ribeiro (o apresentador medíocre filho de cartola corrupto), ele dirá o mesmo que disse pro Raí: "não se mistura esporte com política" uol.com.br/esporte/coluna…
No Brasil, esporte e política só se misturam quando é pra puxar saco de governo de turno, ou quando seu pai frauda a Previdência Social e ainda é recebido de braços abertos na dirigencia do clube, aí pode.
Não são "amantes do esporte" coisa nenhuma, são amantes do dinheiro!
Os artistas e esportistas que vivem falando contra o Bolsonaro no Twitter deviam fazer campanha pra apoiar a Carol Solberg. Ou por último propor uma vaquinha pra ajudar a pagar essa multa infame.