A análise de classes marxista X a análise de classes austríaca - H. H. Hoppe
Neste paper, Hoppe mostra como o escopo da análise marxiana está correto, mas sua derivação está errada. Nos apresenta, também, a teoria austriaca da luta de classes,
Onde o conflito não se dá entre burgueses X proletariados, e sim entre a sociedade orgânica X estamento burocrático.
[...] Primeiro, irei apresentar algumas teses que constituem o núcleo básico da teoria marxista da história. Afirmo que todas elas, em sua essência,
estão inteiramente corretas. Em seguida, irei demonstrar como essas corretas teses marxistas foram derivadas de uma base completamente errônea. Por fim, quero demonstrar como a teoria
ustríaca, na tradição de Mises e Rothbard, pode fornecer uma explicação correta, embora categoricamente diferente, da validade destas teses marxistas [...]
Marx estava correto em perceber que havia um conflito irreconciliável de interesses entre o escravo e seu "dono", entre o camponês e o senhor feudal, etc.
A justificação para se chegar a estas conclusões não foi das melhores, a mais-valia. Marx foi incapaz de perceber que a preferência temporal era uma categoria da ação humana, e que seria impossível de demandar um bem futuro em detrimento de um bem presente sem um custo.
Para Hoppe, o principal motivo do furo da análise marxiana da luta de classes é o não reconhecimento da apropriação original. Não reconhecendo estes princípios, Marx coloca o trabalho e as trocas contratualmente voluntárias e consensuais no conjunto de relações exploradoras.
Trecho do artigo:
[...] O ponto de partida para a teoria austríaca da exploração é claro e simples, como deve ser. Na realidade, ele já foi estabelecido por meio da análise da teoria marxista: a exploração caracterizava a relação entre escravo e mestre e entre servo e
senhor feudal. Porém, não foi possível encontrar nenhuma exploração sob um sistema de capitalismo limpo. Qual a diferença principal entre esses dois casos? A resposta é: o reconhecimento ou não do princípio da apropriação original (o princípio que diz que os recursos naturais p
Previamente sem dono podem ser apropriados originalmente quando um indivíduo coloca-os em uso ou, segundo as palavras de John Locke, "mistura seu trabalho a eles").
O camponês sob o feudalismo é explorado porque ele não possui controle exclusivo sobre a terra
da qual ele se apropriou originalmente, e o escravo porque ele não possui controle exclusivo sobre seu corpo, do qual, obviamente, ele deve ser o proprietário original. Se, ao contrário, todos possuírem controle exclusivo sobre seus próprios corpos (ou seja, se todos forem
trabalhadores livres) e agirem de acordo com o princípio da apropriação original, não há como haver exploração. É logicamente absurdo afirmar que uma pessoa que se apropria de bens previamente não apropriados por ninguém, ou que emprega esses bens na produção de bens futuros,
ou que poupa os bens presentemente apropriados ou produzidos com o intuito de aumentar a oferta futura de bens, estaria explorando alguém ao agir assim. Nada foi tirado de ninguém nesse processo, e bens adicionais foram realmente criados. E seria igualmente absurdo afirmar que
Um acordo voluntariamente feito entre diferentes apropriadores originais, poupadores e produtores envolvendo seus bens e serviços (que foram apropriados de maneira não exploratória) pode possivelmente conter alguma injustiça ou exploração. Ao contrário, a exploração ocorre
Justamente quando há algum desvio do princípio da apropriação original. Ocorre uma exploração sempre que um indivíduo exitosamente adquire o controle parcial ou total de recursos dos quais ele não se apropriou originalmente, não poupou ou não produziu, e os quais ele não
adquiriu contratualmente de outro indivíduo que havia sido o genuíno proprietário-produtor desses recursos. Exploração ocorre quando apropriadores originais, produtores e poupadores são expropriados por não-produtores, não-poupadores e não-contratantes que só chegaram mais tarde
Exploração é quando pessoas cujas propriedades foram adquiridas por meio do trabalho e do contrato são expropriadas por pessoas que simplesmente alegam ter direitos a essas propriedades; direitos esses derivados do nada, e que desprezam todo o trabalho e todos os contratos feitos
O autor traz uma perspectiva sobre a morte e o sofrimento. Ivan Ilitch é um homem que leva a vida de maneira simples, é casado e tem dois filhos. Estudou muito para conseguir um cargo no magistrado em São Petesburgo.
No entanto, as coisas não iam bem em casa com sua esposa até chegar um momento em que era preferível se entregar de corpo e alma ao trabalho à ficar em casa brigando com a esposa. Ivan entra em conflito consigo mesmo após saber que estava doente.
Perdeu peso, sentia dores fortes e não conseguia diagnóstico e muito menos alívio.
Por fim, o personagem percebe que seu plano para ser feliz foi um desastre e agora terá que lidar com a dor psicológica além das dores físicas.
Muitos libertários tem certo preconceito com Olavo de Carvalho, mas nunca leram uma obra do velho professor. Porém, perdem muito conhecimento que está aí para ser adquirido, como é o caso da obra que fica de sugestão de hoje.
+
Poucos são os que já ouviram falar de Mário Ferreira dos Santos, e menos ainda sabem que ele escreveu mais de 100 obras que formam uma Enciclopédia de Filosofia altamente condensada e baseada em um esqueleto filosófico que passará por Pitágoras, Platão, Aristóteles, +
Aquino, Duns Scott, Nietzsche e muitos outros para então formular sua base de investigação: a Decadialética.
Pois está é a verdade por trás desde nome tão pouco citado no meio acadêmico - para não dizer nunca – e que tem muita coisa a ser ensinada. Na obra em questão, +
Há apenas um tipo de anarquista. Não dois. Apenas um. Um anarquista, o único tipo, conforme definido pela longa tradição e literatura da própria posição, é uma pessoa em oposição à autoridade imposta através do poder hierárquico do estado.
A única expansão disto que me parece razoável é dizer que um anarquista se opõe a qualquer autoridade imposta. Um anarquista é um voluntarista.
Contudo, além disso, os anarquistas também são seres humanos e, como tais, contém as variedades infinitamente facetadas do caráter
Humano. Alguns são anarquistas que marcham, voluntariamente, à Cruz de Cristo. Alguns são anarquistas que se aglomeram, voluntariamente, nas comunas de figuras paternas queridas, inspiradoras. Alguns são anarquistas que buscam estabelecer as bases de uma produção industrial
A NOVA ERA E A REVOLUÇÃO CULTURAL – OLAVO DE CARVALHO
A 'Nova Era' da qual Fritjof Capra se tornou festejado porta-voz e a 'Revolução Cultural' de Antonio Gramsci têm algo em comum - ambas pretendem introduzir no espírito humano modificações vastas, profundas e irreversíveis.
+
Ambas convocam à ruptura com o passado, e propõem à humanidade um novo céu e uma nova terra. A primeira vem alcançando imensa repercussão nos círculos científicos e empresariais brasileiros. A segunda, sem fazer tanto barulho, exerce há três décadas uma influência marcante
+
no curso da vida política e cultural neste país. Nenhuma das duas foi jamais submetida ao mais breve exame crítico. Aceitas por mera simpatia à primeira vista, penetram, propagam-se, ganham poder sobre as consciências, tornam-se forças decisivas na condução da vida de milhões de