"A desinformação espalhada pela mídia, por líderes públicos e indivíduos com grande projeção de mídia social, contribuiu para uma parcela desproporcional do fardo da COVID-19: nós abrigamos 4% da população global, mas somos responsáveis por 22% as mortes globais por COVID-19."
[nos EUA, o Brasil tem 2,7% da população mundial e 14% das mortes]
"Abaixo estão recomendações importantes para comunidade científica, profissionais de saúde pública, membros do público e a indústria, sobre o que fazer para neutralizar com eficácia o efeito da desinformação"
"Coordenar uma campanha de influenciadores apoiando a ciência e a saúde pública. Um estudo das mensagens da COVID-19 em redes sociais mostrou que a desinformação de políticos, celebridades e outras figuras representaram cerca de 20% das alegações, mas 69% do envolvimento total"
"Um esforço agressivo e transparente de empresas de mídias sociais trabalhando cooperando com governos para remover informações obviamente falsas sobre COVID-19."
"A maior categoria de alegações enganosas ou falsas (39%) são caracterizações erradas ou mensagens enganosas sobre ações ou políticas de autoridades públicas. [...] Para ter credibilidade, esse processo deve ser robusto, transparente e apartidário."
"Além de desconstruir e remover informação falsa: uma campanha robusta de mensagens públicas que vai além da mensagem unilateral tradicional do governo. A mídia social é popular porque fornece a indivíduos, grupos e instituições a oportunidade de ter conversas dinâmicas."
"Conversas dinâmicas e mensagens proativas entre funcionários de saúde pública e o público podem ter mais impacto [...] Uma abordagem mais promissora é que as autoridades de saúde pública e as instituições científicas e de saúde forneçam ao público um fluxo constante de fatos."
"estratégias agressivas de comunicação em saúde pública são imperativas para conter as doenças. Na era da mídia social, a disseminação de informações incorretas é um grande obstáculo para esses esforços e requer uma resposta ainda mais sofisticada."
scientificamerican.com/article/covid-…

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14 Oct
Pra quem tá (legitimamente) ofendido com a postagem abaixo, vocês não tem ideia do prejuízo que o país vai tomar com esse silêncio letal. Além das vidas todas que vamos perder por um motivo evitável, essa pasmeira sanitária do Brasil não dá a menor segurança pro mercado.
Vai ter aula presencial? Até onde a vida "normal" retoma? É o que mais me perguntam, mas isso depende das ações agora. Sem agir, o Brasil não gera a menor confiança de que 2021 será melhor. Tanto pra investidores nacionais quebrando, quanto internacionais (que já partiram).
O Brasil é o paciente que já perdeu uma perna por infecção porque não teve o menor cuidado consigo, enquanto outros países só perderam os dedos de um pé. Agora corre o risco de perder a outra perna em 2021 e quem vende tênis não tem a menor segurança de que não será o caso.
Read 7 tweets
13 Oct
Que a OMS defende que lockdown não é solução única. Eles não dizem que não funciona, dizem “pare de usar o lockdown como seu método de controle primário, desenvolva sistemas melhores para fazê-lo”. Vulgo rastreio de contato e testes. Dão lockdown como medida extrema.
Ninguém falou: só lockdown salva. Os melhores exemplos que temos (Vietnã, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Alemanha, Senegal, etc.) são países que, se muito, contaram com lockdown pontual, pra resolver uma região ou um período. Por longo prazo, só rastreio, teste e isolamento.
Mas aí, como já fizeram com assintomáticos, vacinas e afins, pegam algumas falas da OMS, tiram de contexto e distorcem o possível pra anular iniciativas legítimas de combate à COVID. O que fala muito mais sobre o caráter e intenção de quem faz isso do que sobre o combate em si.
Read 4 tweets
8 Oct
"Em grande parte do país, as pessoas simplesmente não usam máscaras, principalmente porque nossos líderes disseram que máscaras são ferramentas políticas em vez de medidas de controle de infecção que funcionam."
"O governo apropriadamente investiu pesado em desenvolvimento de vacinas, mas a retórica politizou o processo de desenvolvimento e gerou uma desconfiança crescente do público."
"Temos uma enorme expertise em saúde pública, políticas sanitárias e biologia básicas [...] E muitos dessa expertise nacional fica em instituições governamentais. Mesmo assim nossos líderes optaram por ignorar ou mesmo rebaixar experts."
Read 7 tweets
5 Oct
p.s. Isso não é um "cientista enloquecendo" ou "que abriu mão". Isso é alguém fechado em casa por 7 meses em um país com quase 150 mil mortes por COVID-19 que não fez o suficiente pra proteger seus cidadãos, que não tem nem um Ministério da Saúde que fala ou orienta a população. Image
Se tá incômodo, se é estranho, se dá aflição sair ou fazer algo é porque é. O mundo não tá normal. Morrerem 700 pessoas por dia de uma doença evitável não é normal. Estamos em uma pandemia. Que só vai durar mais se for ignorada.
"O problema com normalizar mortes é esse: permite mais mortes. Torna fácil pros horrores das mortes pelo vírus saírem do noticiário, pra divergir recursos da saúde pública e pra os políticos futuros tratarem a próxima pandemia com ainda mais displicência."
watson.brown.edu/research/2020/…
Read 5 tweets
1 Oct
Traduzindo: homens europeus (cromossomo Y) contribuíram desproporcionalmente pra população brasileira fazendo filhos em mulheres (mitocôndrias) africanas e indígenas. Na base de muita violência, visto que homens africanos e indígenas foram apagados.
O eufemismo foi proposital. Não pra apagar o que aconteceu, mas pra despertar menos gatilhos com um tuíte que vai circular.
Read 5 tweets
22 Sep
Meses atrás falei do estudo que modelava duração da COVID sem vacinas. Agora saiu um estudo grande da dinâmica da COVID com vacinas e vários cenários de imunidade. Só ficamos livres se a imunidade e a vacina forem totalmente protetoras. Segue fio rápido.

science.sciencemag.org/content/early/… Image
O mais provável é que a imunidade dure uns 2 anos e mesmo a(s) vacina(s) não seja completamente protetora. Então teríamos um cenário como B ou C da figura do tuíte anterior, com surtos secundários aparecendo depois de 1 ou 2 anos. E máscaras e isolamento pelo menos no inverno.
A imunidade dos outros coronavírus do mesmo grupo dura por volta de 2 anos. E pra outros vírus respiratórios como influenza e RSV não temos vacina ou a vacina tem proteção parcial. Daí os cenários com outras ondas serem prováveis.
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