A notícia de que o Cruzeiro entrou em acordo com a PGFN para renegociar dívidas com o governo tem muitas implicações. Inclusive para outros clubes e torcedores. Muita coisa ainda vou apurar para textos e podcasts, mas deixa eu soltar umas pílulas aqui pra você já se ligar. 👇🏻
Primeiro: transação tributária. Anote essas duas palavras. Bolsonaro permitiu que clubes de futebol, grandes devedores de impostos, usem esta ferramenta para obter descontos e alongar prazos. Quem quiser aderir tem até 31 de dezembro para fazê-lo. Outros clubes certamente farão.
Segundo: o Profut já era. À medida que a transação tributária foi aberta para renegociar dívidas, não fará sentido para dirigentes obedecer às regras "chatas" do refinanciamento anterior. O futebol brasileiro, como o país, vive de Refis. O sistema perpetua a irresponsabilidade.
Terceiro: dinheiro público. Uma das possibilidades abertas pelo governo foi o financiamento de dívidas fiscais com recursos da Caixa Econômica Federal. Sob a lorota de que receitas das loterias servirão de garantia. O Cruzeiro hoje deu exemplo e não fez uso dessa possibilidade.
Todos os assuntos podem ser interpretados de vários pontos de vista. Você como torcedor pode adorar benefícios para seu clube. Você como crítico do futebol brasileiro pode achar esquisito. Você como cidadão pode se sentir feito de otário. Minha sugestão: vamos abrir a cabeça.
Tô sendo marcado por torcedores como se eu não fosse dar notícia positiva sobre o Cruzeiro. 😂 É lógico que dou! Meu papel é explicar o que acontece, bom ou ruim. Se você achar que as reflexões acima são perseguição, volta e lê tudo de novo. Você ainda não entendeu minha posição.
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