Apesar de trabalharmos com esse dado há muito tempo, há um bom tempo eu não coloco as hospitalizações e óbitos por SRAG-COVID juntos. Aqui eu excluí as ultimas 5 semanas, pois além do atraso de digitação usual, têm os atrasos de laboratorio e de atualização do registro no SIVEP. 
Percebam que as epidemias são bem distintas no espaço, e no tempo. Sul e Centro Oeste estão bem mais a direita, enquanto Norte e Nordeste tudo aconteceu nas primeiras semanas de epidemia no Brasil. O Sudeste teve um aumento rápido, e uma queda bem lenta.
Esse dado não é de SRAG, e sim SRAG-COVID, i.e. casos de SRAG com resultado positivo para SARS-CoV-2. As hopitalizações e óbitos estão definidos por data de primeiros sintomas, o que nos permite fazer a razão de óbitos por hospitalizados.
Norte e Nordeste apresentaram uma razão muito alta em alguns períodos, as chances de uma pessoa hospitalizada por SRAG-COVID ir a óbito era praticamente as mesmas chances de tirar cara num lançamento de moeda. Surreal. Notem que a razão ainda está muito alta, em torno de 30%!
Olho com bastante preocupação o que está acontecendo na Europa hoje, em alguns meses podemos ter uma forte 2a onda de casos por aqui. Naturalmente acontecendo por aqui em momentos distintos no espaço. E a reinfecção e vacinas podem ter um papel muito relevante nessa dinâmica.
É muito importante ficarmos ligados nas curvas de SRAG do infogripe (e de outros grupos tb), pois as hospitalizações por SRAG é o q temos de de melhor monitorar de forma oportuna essa epidemia. Olhar p óbitos é ruim, pois em temros de ação estamos olhando p algo q já aconteceu.
Para atualizações semanais, sigam o @marfcg que faz fios excelentes com a situação semanal das hospitalizações por SRAG no país, que é um resumo do boletim semanal do Infogripe (info.gripe.fiocruz.br).
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