"Resumo sólido e surpreendente no @nytimes dos muitos esforços do Partido Republicano para tornar mais difícil para as pessoas votarem nesta eleição. A campanha do Partido Republicano não trata de questões ou candidatos, mas está ativamente tentando impedir que as pessoas votem."
Não que isso seja novidade. Todas as manobras sujas em não deixar que os Democratas pudessem nomear juízes (inclusive assentos na Suprema Corte) servem ao único propósito de destruir o direito ao voto de grupos que não os apoiam.
Diga-se de passagem: isso é um escândalo muito maior e mais contundente que qualquer coisa inventada pelos sabujos da OEA no caso da Bolívia.
Pesem esse tipo de coisa toda vez que algum comentarista de política internacional vir com esse blablabla de "maior democracia do mundo". Agendas impopulares não se elegem através de qualquer participação realmente democrática.
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Como um imbecil que gastou os últimos quatro anos observando o que essa nova direita divulga, cheguei a uma conclusão interessante: é uma politização baseada no segredo, no mistério, em uma verdade oculta (ou ocultada) por "eles".
"Eles" no caso podem ser desde o anedótico "professor de história comunista", o "deep state", a ONU, o Paulo Freire, os Illuminati, os judeus, a esquerda, o George Soros, tanto faz. Isso permite que a direita possa privilegiar o oculto em detrimento do que é evidente, óbvio.
É um pouco parecido com a ufologia e outras teorias conspiratórias (terra oca, terra plana). O oculto é produzido a partir de pedaços materiais de algo, frequentemente embalsamados numa rede de falsidades, de confusão deliberada entre correlação e causalidade.
"Daniela é filha de Altair Reinehr. Ele é conhecido por ter atuado como testemunha de defesa no julgamento de Siegfried Ellwanger Castan, que publicava livros antissemitas, que propunham revisionismo histórico e negavam o Holocausto." revistaforum.com.br/brasil/estado-…
"Além de ter defendido o editor nazista diante da Justiça, o pai da governadora interina de Santa Catarina já fez postagens nas redes sociais em 2011 defendendo Adolf Hitler, conforme mostra reportagem da Folha de S. Paulo."
"Pelo Twitter, o editor do The Intercept Brasil, Leandro Demori, revelou que Reinehr foi seu professor de História no segundo grau e que ele defendia ideias neonazistas em sala de aula, “inclusive vendendo livros revisionistas”."
O Partido Republicano bloqueou a nomeação de um juiz da suprema corte de Obama alegando que ela estava próxima demais das eleições (no início do ano eleitoral). Agora, sem qualquer pudor, colocam uma das suas ali a poucos dias da votação.
Se a política já virou guerra, morre quem não luta. Pra piorar, a corte que já tem uma supermaioria de juízes comprados pelos plutocratas que sustentam o Partido Republicano tomou hoje uma decisão que ataca o direito ao voto no Estado do Wisconsin.
Se você quiser entender como o Partido Republicano retira urnas, sabota os correios e usa das cortes pra se eleger quando nunca tem a maioria dos votos, o @viracasacas tem um episódio bem especial a respeito. castbox.fm/episode/187-Tr…
O @washingtonpost teve acesso a vídeos de reuniões do Council for National Policy, um grupo conservador com vários membros de alto escalão do Partido Republicano. Nessa reunião eles discutem táticas de sabotagem das eleições presidenciais de 2020. washingtonpost.com/investigations…
A maneira como eles fazem isso é muito interessante. Primeiro eles falam como se todas as teorias da conspiração que eles espalham fossem verdades, depois eles discutem "medidas severas" que deveriam ser tomadas. As reuniões datam de Fevereiro e Agosto desse ano.
Há toda uma discussão sobre supressão ao voto e como eles deveriam atacar a confiança no voto por correspondência durante a pandemia. Há também um discussão sobre como os juízes que eles nomearam ajudariam nesses esforços.
Eu sempre me pego pensando em como os protestantes acolheram como "escolhidos" líderes que parecem não representar nenhum dos valores que se aprendia em escola dominical. Da óbvia vulgaridade, passando pela apologia explícita da violência, além da promiscuidade assumida.
A explicação mais simples: tudo o que se prega não interessa quando a questão é poder político. Ok, mas isso explica a adesão dos líderes e não exatamente a adesão dos fiéis. Para a maioria dos fiéis o valor está na experiência religiosa e na comunidade da igreja.
Líderes como Trump e Bolsonaro não representam nenhuma "retidão moral" ou "grandeza" - entendam bem as aspas. No caso brasileiro o bolsonarismo não é uma reedição do malufismo mas uma degeneração deste. A hipótese é que tudo se finda na política do inimigo.
Parabéns ao presidente! Ao invés de dois meses de isolamento social estrito com uma política sanitária coerente pra resolver de vez, ficou meses brincando de soldadinho e levantando caixinha de cloroquina. Agora vamos rumo a 200 mil mortos e queda histórica do PIB.