1. A última pesquisa IBD/TIPP acaba de sair com #Biden 49.5% x 44.7% #Trump (-4.7pp).
2. Houve oscilações dentro da margem de erro desde quinta (quando a comentei em detalhe), mas vejo boas e novas observações a compartilhar.
3. Para melhor compreender está thread é recomendável entender antes por que tomo este instituto como importante referência. Recomendo verem o último programa Conexão América (15) no meu canal. O resumo é: eles acertaram bem em 2016 e 18, na vitória e na derrota.
4. O primeiro ponto de atenção vem da declaração do presidente do TIPP Raghavan Mayur: "A maior parte da vantagem de Biden vem dos estados azuis, e isso está obscurecendo a dura batalha que os candidatos estão travando nos battleground states" – que são os que nos interessam.
5. Esta pesquisa mostra que Biden ganha por 23 pontos nos estados azuis (e +populosos) e Trump lidera por 11 pontos nos estados vermelhos.
6. Ou seja: Biden tem mais vantagem do que Hillary nos estados democratas e Trump tem menos vantagem do que em 2016 nos estados vermelhos.
7. Entendem o que isso significaria? Que Biden tem chances imensas de levar o voto popular até com mais folga do que ganhou Hillary (que teve +2.1pp) – o que não lhe servirá para absolutamente NADA no colégio eleitoral (também explico melhor isto no último Conexão América).
8. Enquanto isso, Biden tem uma margem ínfima de 3 pontos (dentro da margem) nos estados decididos por menos de 2 pontos em 2016.
9. Entendem porque digo com veemência que a disputa encontra-se aberta? Dizer que qualquer um dos candidatos “já ganhou” é irresponsável, no mínimo.
10. Por outro lado, estou mais confiante para dizer que, em alguns dos estados-chave, as chances de Biden estão evaporando. Hoje, eu arriscaria projetar com alguma confiança o Arizona, a Georgia, Ohio, Iowa e até a Florida para Trump. E, com menos confiança, North Carolina.
11. Infelizmente, estes não bastariam para chegarmos a 270 e darmos a vitória a Trump. Mas quase. Para tal, precisaria levar ainda ao menos um dos estados onde a disputa continua completamente aberta: Pennsylvania, Michigan, Wisconsin e Minnesota. Com chances também em Nevada.
12. Mais especificamente na Pennsylvania, que considero absolutamente crucial nesta eleição, um levantamento de hoje do Morning Call deu vantagem de +5 para Biden (há duas semanas, dava a ele +7). Em 2016, o mesmo instituto deu vantagem de +4 para Hillary e Trump levou por +0.7.
13. Já o Trafalgar Institute, o único que cravou o resultado neste estado (e outros), está apontando empate completo (antes, dava Biden +2). Ou seja: disputa aberta, dentro das margens, mas não há como ignorar a tendência positiva para Trump - que intensificará os comícios lá.
14. De volta à pequisa do IBD/TIPP, é de cair o queixo ver que, nela, 10% dos prováveis eleitores dizem que ainda têm alguma probabilidade de mudar de ideia - mais ainda nos battlleground do que nos estados vermelhos e azuis. Isso é radicalmente diferente do que se imaginava!
15. Os dados de votação antecipada distribuidos por partido de registro (pelamor, não confundir com apuração antecipada!!!) providos pelo TargetSmart, também refletem o quão acirrada a disputa está nos Battleground e a tendência pró-Trump dos últimos dias ("Onda vermelha?") .
16. Democratas começaram a disputa com uma vantagem folgada nos votos antecipados nos Battleground (60% dem -30% rep - 10% indep.) em setembro. Isso era até o esperado. Republicanos passaram a votar cada vez mais e hoje temos empate de 44.8% dem - 44.8% rep -10% indep!
17. Para piorar a situação democrata: parece que a imensa maioria deles já votaram. Como estes dados explicitam, o número de rep. votando nos últimos dias tem sido avassaladoramente maior. E parece que a maioria dos apoiadores ferrenhos de Trump preferem deixar p/ votar no dia 3.
18. Lamento não poder fazer previsões definitivas que muitos querem ouvir, mas qualquer um que observe este cenário e às faça é um chutador. Lembrem-se: todo goleiro que se joga para um canto, tem chance de pegar um penalty, mas isso não faz dele um adivinho.
**** Para melhor entenderem, vejam o gráfico:
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1. A última Pesquisa IBD/TIPP de hoje sugere que a corrida apertou muito na última semana. O apoio a Trump ultrapassou seu percentual de votos de 2016, enquanto Joe Biden parece ter perdido terreno entre alguns grupos-chave.
2. A atualização de hoje mostra Biden liderando por 4,4 pontos, com 50,7% contra 46,3% de Trump. O candidato libertário Jo Jorgensen tem o apoio de 1,2% e o candidato do Partido Verde Howie Hawkins de 0,5%.
3. Considero o IBD/TIPP o instituto com melhor histórico de acerto dos EUA e sem partidarismos. Em 2016, previram o resultado do pleito presidencial com uma precisão de 1pp e em 2018 acertaram a disputa para o Congresso com a impressionante margem de erro de 0.7pp.
1. O analfabetismo funcional do brasileiro galopa ferozmente: Fiz um tweet dizendo que não tenho interesse no material vazado s/ a vida PRIVADA de Hunter (sexo, drogas) e sim sobre as negociatas envolvendo o pai.
2. Uns entenderam que eu estava passando pano pro Hunter. 🤦♂️
3. Mas é impressionante como muita gente aí está mais escandalizada com vídeo de sexo e drogas do que a corrupção e submissão dos interesses geopolíticos americanos ao seu principal adversário global.
4. "Ah, mas estava usando cocaína e comendo a Maila Obama" (s/ confirmação).
5. Ora, mesmo que estivessem! Por mim podiam estar enfiando cocaína no fiofó. Maila Obama e Hunter Biden são indivíduos c/ direito à vida privada.
6. Não sabem sequer que não há novidade alguma em saber que Hunter é um drogado promíscuo. Isso é notório há anos. NINGUEM LIGA!
1. Que o @AndreMarinho, o idealizador do programa, deu um show na apresentação e no texto inicial. Esqueçam esse negócio de que o André é tucano esquerdista. Não é. Pai é pai, filho é filho.
2. Que a explicação sobre o sistema eleitoral americano (de novo, texto todo do André) e a qualidade de trilha, gráficos e produção ficou de um padrão que eu ainda não tinha visto no Brasil.
3. Que o @JoelPinheiro85 apresentou com competência a narrativa democrata. Está tudo errado? Praticamente. Mas é exatamente o que a esquerda diz e era isso que eu queria. Debate é com gente que pensa diferente. Acho que perdeu-se o hábito de debate de verdade no Brasil.
Amigos, é com grande alegria que conto a vocês que na Segunda-feira às 11:30 estréia na @JovemPanNews o programa Casa Branca 2020.
Nele, cobriremos as eleiçõesamericanas com um nível de profundidade, honestidade e qualidade ainda inéditos na grande mídia brasileira.
O @AndreMarinho dá um show na apresentação das últimas notícias, explica as particularidades do sistema americano e, em seguida, media um debate franco de ideias entre mim, representando o ponto de vista mais rapublicano, e o @JoelPinheiro85 do outro lado.
Será um grande prazer trabalhar com ambos. O @AndreMarinho, idealizador do projeto, tornou-se um amigo querido nas eleições brasileiras de 2018. Apesar das diferenças de visão que temos na política brasileira, a amizade permaneceu e cresceu. Conheço poucos com o talento dele.
1. As revoltas nos EUA deste ano são as mais custosas da história: mais de US$ 2 bilhões (~R$ 11 bilhões, quase o PIB do Acre) apenas de 26/maio a 8/junho.
2. Os números contemplam apenas em propriedades privadas seguradas no período, exlcuindo p.e. danos ao patrimônio público.
3. Motins anteriores, como os famosos Motins de Rodney King em Los Angeles em 1992, custaram US $ 1,42 bilhão (valores atualizados), soma menor do que a estimativa apenas destes poucos dias de tumultos promovidos pelos Black Lives Matter e ANTIFA.
4. De acordo com o Insurance Information Institute, se você somar o custo (em dólares atualizados monetariamente para os valores de 2020), de todos os seis principais protestos americanos durante os turbulentos anos 1960, o total é de US $ 1,2 bilhão (~R$ 6 bilhões).
1. Ontem, depois que dois policiais em Los Angeles foram gravemente feridos em Compton (bairro majoritariamente negro), quando um homem abriu fogo contra uma viatura em uma aparente emboscada, Joe Biden, pediu... mais controle de armas no Twitter. Sério.
2. “As armas de guerra não têm lugar em nossas comunidades”, tuitou o ex-vice-presidente. “Precisamos proibir armas de assalto e carregadores de alta capacidade.”
3. Alguém precisa avisar a Biden que a Califórnia é o estado com as leis mais restritas para posse de armas nos EUA. "Armas de Assalto" já são proibidas e carregadores de alta capacidade são banidos há anos (em discussão na justiça, que considerou a restrição inconstitucional).