Thread by @flaviaol

#Amapá
Equipe técnica da Eletronorte iniciou, nesta madrugada, procedimentos de energização do transformador recuperado da subestação de Macapá. Se bem sucedida, a operação adicionará 150MW do sistema interligado ao Amapá, elevando a carga para 65% da demanda local.

O fio:
1) Na noite de terça, 03/11, um raio atingiu a subestação de Macapá e incendiou um de dois transformadores em operação. O segundo não suportou a sobrecarga. Desde então, 14 dos 16 municípios do Amapá estão sem energia elétrica.

2) O transformador que pegou fogo pertence à LMTE, empresa de transmissão de energia controlada pela espanhola Isolux. A concessionária tinha um terceiro transformador desativado para manutenção desde dezembro de 2019.

3) Com o primeiro transformador da subestação destruído, o segundo desligado e o terceiro desativado, o Amapá ficou às escuras. Desde quarta, 04, um grupo formado por Ministério de Minas e Energia, Aneel, ONS e Eletronorte atua na região.

4) A Eletronorte cedeu equipamentos e técnicos para apoiar a concessionária privada. A estatal destinou 30MW da usina Coaracy Nunes para o Amapá e participou da reparação do transformador danificado. Mais de 40 mil litros de óleo contaminado passaram por processo de purificação.

5) A estatal estuda levar de Boa Vista (RR) um segundo transformador para a subestação de Macapá. O MME também autorizou a Eletronorte a contratar geração térmica para assistir emergencialmente o Amapá.

6) A distribuidora de energia do Amapá, CEA, é, sim, uma estatal. Pertence ao governo do estado e está sob gestão da Eletrobrás desde 2015. O episódio que levou ao apagão não é de responsabilidade da distribuidora. A nota do ONS esclarece:
ons.org.br/Paginas/Notici…

7) MME informa em nota que a distribuição de energia no Amapá começou a ser restabelecida. Por ora, o fornecimento alcança um terço da demanda do estado.

mme.gov.br/todas-as-notic…

8) Deixo claro que estou apresentando fatos. Não sou do tipo que demoniza o setor público nem endeusa o setor privado - ou vice-versa. Esse reducionismo não me seduz. Mas é certo que privatização mal elaborada e regulação frouxa são fatais. O apagão no Amapá é prova.