Isso aqui é uma coisa legal de falar. Muita gente tem pedido pra liberar a entrevista inteira com a Beatriz e Celina Abagge. Então, vamos a alguns pontos (1/14):
Eu devo ter umas 5 horas de material bruto de entrevistas com a Beatriz e Celina. A maior parte das conversas era muito mais pesquisa exploratória e foram gravadas entre 2016 e 2018. Isso fora uma cacetada de mensagens e ligações telefônicas (q nem foram gravadas).
2/14
Um ponto a se ter em mente é o seguinte: eu parto do princípio que a memória das pessoas (seja delas ou de qualquer pessoa) com o passar dos tempos piora. Sem querer, a gente esquece detalhes, reinventa outros, é complicado.
Thread sobre a relação de Wassef com "seita satânica" com documentos e fontes para os amigos jornalistas.
Antes de tudo, um resumão:
1. Wassef era suspeito num caso de criança desaparecida em 92, ñ de assassinato 2. Era suspeito pq fazia parte de um grupo místico 3. O grupo era suspeito de ser uma "seita satânica secreta q sacrificava e raptava crianças". ñ eram satanistas e nunca se provou q matavam crianças
4. Como mostram os prints de matéria de época q circularam hoje, o grupo foi tratado como seita satânica e chamado assim na imprensa 5. Wassef nunca chegou sequer a ter prisão decretada. 6. Os membros do grupo q Wassef pertencia nunca foram formalmente acusados de nada.
Valêncio Xavier é um dos autores que mais me influenciou. Misturava cinema com literatura, vanguardista pra cacete.
Seu livro mais famoso é "O Mez da Grippe", publicado na década de 1970. Se passa durante o surto de Gripe Espanhola em Curitiba, em 1918.
Usando tipografias diferentes e recortes de jornais da época, Valêncio faz uma colcha de retalhos de narrativas paralelas: a 1a Guerra, a gripe, relatos orais de gente q viveu o surto, e o fluxo de pensamento de um maníaco que anda por Curitiba enquanto todos estão em quarentena.
"um homem eu caminho sozinho
nesta cidade sem gente
as gentes estão nas casas
a grippe"
O abuso judiciário no Brasil vai me fazer defender o Danilo Gentili.
Tá puxado.
Depois de ser chamado de "isentão incapaz de entender a gravidade da situação por ser homem", alguém me explica como uma ação do cível vai pra penal e resulta numa sentença dessas em alguém sem antecedentes criminais. Posso estar errado, então, por favor, me mostrem. Juro q ouço.
Eu ia apagar o tweet, mas melhor me retratar aqui mesmo: 1. me enganei antes: é ação penal privada e injúria está prevista no Código Penal. Gostando ou não, é a lei e deve ser cumprida.
2. estou lendo a sentença mas, a princípio, ainda acho ela muito severa +
THREAD SOBRE: QUANTOS EPISÓDIOS TERÁ O CASO EVANDRO? #ProjetoHumanos
Meu planejamento inicial era que o Caso Evandro tivesse 10 episódios.
No meio do caminho, vi que o bicho foi crescendo e imaginei que seriam uns 20.
Essa madrugada, eu editei o 24º. Não é o último.
Pelo meu planejamento atual, ele irá até o 27 – mas eu não me surpreenderia se acabar virando 28.
E por que isso?
Aqui é bom esclarecer: a partir do sétimo episódio, ele não terá mais tantos plot-twists. Eu vou me dedicar agora a analisar aspectos da história em detalhes.
Por isso tantos episódios.
O lado bom disso: tudo será explicado conforme aconteceu no processo, e cada um terá oportunidade para tirar suas conclusões.
O lado ruim: existe um risco enorme da história cansar, especialmente lá pelo 17º episódio.
Na live que fez ontem, mais uma vez Bolsonaro me levantou o questionamento que não sai da minha cabeça, mas que ninguém está prestando atenção:
seria o quadro no fundo da sua live um Pollock?
Importante dizer que eu não sou especialista em lives do Bolsonaro, então tudo o que eu falar aqui é o que levantei olhando a página do Facebook dele.
E antes de entrarmos nessa investigação inútil, vamos ao básico: o que diabos é um Pollock?
Jackson Pollock foi um importante pintor dos EUA, nascido em 1912. Morreu em 1956, num acidente de carro quando dirigia bêbado. Ele era alcoólico, depressivo e, a partir de uma visão freudiana, buscava representar seu inconsciente através de pinturas expressionistas abstratas.