Na mitologia grega, Sísifo era considerado o mais astuto de todos os mortais; Por ter enganado e despertado a ira dos deuses, foi condenado a passar a eternidade rolando uma grande pedra de mármore...
com suas mãos até o cume de uma montanha. No entanto, sempre que a pedra estava prestes a chegar ao
seu objetivo, rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível, invalidando completamente o duro esforço despendido.
Sísifo tinha que voltar a executar o trabalho todo novamente.
O voto democrático coincide com a pedra; Os estatistas sempre ganham hegemonia quando um candidato eleito com a promessa de diminuir o estado falha - e ele sempre falha.
Ademais, um estado mínimo sempre tende a um estado máximo.
Ou seja, nada impede que todo o "progresso" realizado anteriormente seja desfeito, e que a máquina estatal fique ainda mais forte. A democracia é um eterno retorno que serve para restaurar a fé das pessoas no sistema.
Os ingênuos Libertários de Sísifo são aqueles que acreditam no majestoso poder do voto.
Por um lado temos aqueles que acreditam no voto defensivo, no voto de Minerva. Ora, sejamos sinceros...
você é só um espectador irrelevante no grande teatro democrático.
Você não tem poder nem capacidade para mudar o roteiro. O seu voto não faz a menor diferença.
Bem, é verdade que muitos votos podem afetar uma eleição. No entanto, é falacioso alegar que muitos votos
são importantes, e que portanto, cada voto individual é igualmente importante.
Esse argumento é um exemplo da falácia de divisão.
Essa falácia é cometida quando alguém afirma que o que é verdadeiro para um todo também deve ser verdadeiro para uma parte desse todo, que a parte possui a mesma propriedade do todo.
O maior problema é que o voto perpetua a crença estatista. Todas as eleições têm vencedores e perdedores... os políticos sempre vencem e todos nós sempre perdemos.
Os próprios políticos não passam de idiotas úteis - ou inúteis.
"Sempre serão muito mais leais ao sistema do que aos seus eleitores. Se as circunstâncias assim o exigirem, não há dúvida de que um político irá rapidamente abandonar suas crenças, convicções e os seus eleitores..."
...para fazer o que for politicamente mais vantajoso, e depois serão prontamente descartados assim que se tornarem desnecessários ou obsoletos.
Políticos são todos iguais: Não passam de psicopatas sórdidos que vão fazer de tudo para conquistar o poder e lá permanecer."
Além disso, o voto democrático é um ato vertical em que a decisão individual ultrapassa a propriedade e a totalidade dos indivíduos que estão inseridos nessa relação - que não é voluntária.
Esse tipo de voto não conversa com todos.
Existe uma transferência de poder, e as preferências individuais interferem nas ações de terceiros - que não fazem parte do voto.
O voto democrático é um grito de servidão voluntária que endossa o sistema governamental: "EU DESEJO SER GOVERNADO!".
"Os lacaios do estado usam o fato de que muitas pessoas votam como prova de que estão agindo em nome do "povo".
A votação generalizada é citada como evidência de
“consentimento”."
"Quanto mais legitimidade um governo alcança, menos ele precisa exercer violência aberta contra seus oponentes. Um governo que tem de recorrer continuamente à violência para atingir seus objetivos logo seria visto exatamente como é: uma gangue criminosa."
O estado é apenas um instrumento ideológico de manutenção perpétua. O poder de uma ideologia consiste precisamente no fato de que as pessoas a ela se submetem sem hesitação e sem escrúpulos.
O tirano precisa ter um séquito de adeptos que obedeçam, voluntariamente, a suas ordens.
"Esta espontânea obediência lhe proporciona o aparato necessário para dominar os demais."
Votar reduz seu direito de reclamar. Se você votou, então você apoia um sistema corrupto.
Votar pressupõe a crença na eficiência e na validade da democracia.
Libertários de direita odeiam a esquerda mais do que odeiam o estado, e vice-versa. Esse é o veneno do paradoxo democrático, pois o voto coloca um contra o outro; este é o efeito desejado por aqueles que buscam o poder.
"Votar permite que alguns determinem o destino de outros, um destino que só pode ser alcançado com o uso da força."
"A democracia é uma suruba que te obrigam a votar de costas."
Por outro lado temos aqueles que acreditam no voto como uma arma contra o estado; Bem, não pretendo
discorrer sobre o gradualismo, mas apenas esclarecer que a noção de "acabar com o estado" está superada.
Libertários não acreditam na imanentização do eschaton.
Quer mudar alguma coisa?
Atue na sua comunidade. Não faz sentido pensar e atuar politicamente em nível nacional/internacional.
Lute pela secessão até o nível Individual.
Veja, não adianta "odiar" algo e ao mesmo tempo acreditar que esse algo é a realidade, o normal.
E acreditar que viver fora disso é um sonho, quando na verdade é o oposto.
Você está vivendo dentro de uma ilusão.
A verdadeira ordem social não emana do estado!!!
É PRECISO CORRER DA MENTALIDADE ESTATISTA!
Você poderia gastar o seu tempo fugindo do estado, comprando armas para autodefesa, aumentando suas possibilidades e conexões entre as comunidades, fazendo contrabando... mas aparentemente libertários só sabem falar, comprando criptos...
Mas.... a demanda real dos "agoristas" é basicamente nula.
(sim, já fizemos o teste).
O voto é uma tentativa fracassada de terceirizar a sua responsabilidade.
Pare de tentar criar um "estado eficiente", isso não existe!
Se votar mudasse alguma coisa, seria proibido.
Largue a pedra de Sísifo e volte para a realidade!
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1 - As pessoas que votam tendem a fazer escolhas irracionais, já que não pagam diretamente pelo custo dessa escolha. Não há um cálculo.
2 - O custo de ser um eleitor bem informado é muito alto, requer muito estudo. A maioria das pessoas preferem gastar o tempo em
coisas que trazem prazer/benefício imediato.
3 - As pessoas não entendem muito de economia, filosofia, direito, história e políticas públicas, o que as fazem péssimas eleitoras. Elas não são obrigadas a focar seu tempo nesse tipo de especialização.
4 - A maioria das pessoas votam com base no puro sentimentalismo. Elas sequer estudam as propostas do seu candidato.
5 - A pessoa não pode escolher os rumos da própria vida, mas pode escolher a pessoa que vai fazer isso.
6 - Mesmo as pessoas conscientes do próprio voto são...
O senso comum do brasileiro é algo horripilante, sentimentalista e burro.
Próprio de uma sociedade formada por eternos adolescentes.
Seguem o binômio dor-prazer; Perseguem o prazer e fogem da dor, assim como um asno, que persegue a deliciosa cenoura e foge do doloroso porrete.
São levados pela sensação, movidos pela aparência.
Um povo completamente carente.
O indivíduo se coloca como alguém muito especial, que tem direito a praticamente tudo!
Tudo ele acha que é pessoal, que é auto-referente, ele acha que tudo diz respeito a ele. Ele não consegue entender que existe um mundo objetivo que está acontecendo independentemente do que ele está sentindo.
Interpretam qualquer crítica como um ataque pessoal.
💪| INVASÃO VERTICAL DOS BÁRBAROS - A SUPERVALORIZAÇÃO DO CORPO E A EXALTAÇÃO DA FORÇA EM DETRIMENTO DA MENTE. |
Por Mário Ferreira dos Santos.
...
Não é mais possível pôr seriamente sobre a mesa de discussão, dúvidas quanto à animalidade do homem, nem que é ele possuidor de uma mente que o torna especificamente distinto de todos os outros animais terrestres, pois é um animal que não só é capaz de avaliar...
valores (os animais também dispõem de uma capacidade estimativa), mas de captar valores enquanto tais, valores possíveis, valores a serem criados, bem como de construir conceitos, e de estruturar toda uma ciência especulativa sobre esses conceitos, a qual, quando bem...
A universidade pode ser resumida a: Jogo intelectual e busca por prestígio/honra.
Os acadêmicos estão jogando jogos intelectuais uns com os outros. Não é literalmente um jogo, mas um jogo é a melhor metáfora:
uma diversão inofensiva, cujo principal objetivo é entreter os participantes. Como um bando de cabeças cerradas sentadas por aí jogando um jogo de xadrez gigante e coletivo (apenas não há um ponto final definido).
As pessoas que são boas nisso atraem atenção e admiração dos outros jogadores. Os jogadores mais emocionantes fazem movimentos surpreendentes que se tornam defensáveis - você sabe, como um sacrifício dramático da rainha.
Consideremos um jogo de bola disputado por algumas pessoas com habilidades muito semelhantes. Se, além
do nosso conhecimento geral das habilidades individuais dos jogadores, conhecemos uns poucos dados...
particulares, tais como o grau de atenção de cada um, capacidade de percepção, bem como condições cardíacas, pulmonar, muscular etc.; a cada momento da disputa, provavelmente, teríamos uma boa ideia do que dependerá o resultado.
Podemos, contudo, não sermos capazes de verificar esses fatores, e como consequência, o resultado do jogo
estará fora do alcance do cientificamente previsível, muito embora saibamos quais efeitos determinados acontecimentos poderiam ter no resultado do jogo.
A noção de "direitos" virou um mero termo para merecimentos e benefícios, indicando que a pessoa pode e deve exigir o acesso gratuito a qualquer bem que lhe seja desejável, não importa o quão importante ou trivial, abstrato ou tangível...
...recente ou antigo ele seja.
Trata-se meramente de uma afirmação de desejo, e uma declaração da intenção de utilizar a linguagem dos direitos para se obter tal desejo.
Com efeito, dado que o programa da justiça social inevitavelmente envolve a exigência do fornecimento de bens pelo governo, e tudo pago pelo governo é obtido por meio dos esforços de terceiros, o termo na verdade se refere à intenção de se utilizar a força para se realizar os...