Queridos, em um dia tão difícil como hj, inauguro meu projetinho: Mosároyê ("senti sua falta", em iorubá). Ele tem como objetivo compartilhar histórias populares, causos e relatos de países da África e do Oriente Médio, usando dessas narrativas para falar mais sobre esses lugares
Nos últimos meses, entrevista refugiados, professores, políticos, um monte de gente! Usei whatsapp, skype, telefone ... Fui coletando histórias destes lugares e tentando saber mais sobre eles. Se você gosta dos meus causos, acho que vão adorar o que vou colocar aqui!
Para quem não sabe, sou professor de uma escola pública de Geografia. Meus alunos são, em sua maioria, pretos e pretas. Porém, a quantidade de histórias sobre África e o Oriente Médio são praticamente nulas. Esse é meu esforço, de formiguinha, pra tentar mudar um pouco isso.
Então é isso. Todo dia terminado em 2 (02, 12 e 22) eu vou publicar uma história aqui e explicar um pouco o país de onde ela veio. Meu sonho é que professoras e professores por aí consigam usar tb esse recurso para animar os alunos.
Gente, primeiro causo. Escutei essa do Jean, um refugiado do Congo aqui do RJ. Conheci ele na região da Gamboa no início do ano. Ele me contou que essa história está há tempos na família dele, do avô do avô do avô. Da época que os belgas ainda eram colonizadores e senhores de lá.
Diz ele que, na parte sul do país, onde o avô-do-avô-do-avô morava, o administrador era um belga deveras violento. Maltratava e açoitava a todos. Ele adorava dizer, além disso, que não conseguia identificar um congolês do outro, "vocês são todos horrendos e iguais!"
Conta o Jean que um belo dia o ditadorzinho resolveu fazer uma aposta com o povo. Ele se orgulhava de ser um grande corredor, reforçava que os europeus eram uma raça superior. "Apostaremos uma corrida, eu e qualquer um dessa tribo. Se eu vencer, prometo que irei embora"
Oi gente! Causo novo e, já aviso aos amigos, será um dos últimos dessa história da fazenda. O ponto final está chegando e quero que esse ciclo se feche bonitinho. A história de hj aconteceu no fim da década de 1960, duas semanas antes do meu avô e avó desistirem e se mudarem.
Tia Denise conta que em um determinado momento, ela acha que em abril daquele ano, os "homens" da casa começaram a mandar ela e irmã dormirem assim que o sol se punha. Ela já era deficiente visual nessa época e lembra de ficar sentada na cama por horas até o sono bater.
O que deixava ela mais enervada nessa época é que Maninho, o meio-irmão, começou a andar com um anel gigante na mão esquerda. Ele ia batendo com uma moeda no anel, tec, tec, tec, o dia inteiro. Ela lembra, mesmo sem enxergar, de ouvir aquilo anunciando sua chegada.
Oi amigos! Histórias do vô chegando!
Hj falei com meu avô e acabei de sair do telefone com minha mãe tb. O causo é complexo pq acabei tendo que ouvir os dois sobre aquele tempo - e eles têm memórias diferentes.
Falei com o vô sobre a qntidade de gente linda mandando bj. Fui lendo os nomes, @veiadoscausos, @LisandraP_MS, @tatizinhaf , @AmarinaLobo, @mamaisou e mais um monte que listei. "Ô povo com nome engraçado", rs. Ficou rindo de bobo como ñ via faz tempo.
Outra coisa que conversei com ele foi essa mudança de crença. Ele sempre foi bem cético sobre td, com a vó uma carola. Agora está mais religioso, como vcs repararam. Ele não soube explicar direito - mas fica a sensação de que ele está falando de outra pessoa ..