Primeiro criaram a "progressão de regime", reduzindo as penas dos criminosos a 1/6 da sentença, e nós ficamos calados.
Depois estenderam a "progressão de regime" aos crimes hediondos. Achamos estranho, mas continuamos em silêncio.
Criaram a "visita íntima" para que os criminosos fizessem sexo na prisão, e ficamos quietos. "Eles também têm direito", nos disseram. Até os estupradores.
Criaram a "remissão de pena por leitura" para reduzir ainda mais a pena para cada livro "lido" pelo preso, e achamos interessante.
Depois criaram as "saidinhas temporárias" em 7 feriados por ano, e nada dissemos.
Criaram o “auxílio reclusão”, maior que um salário mínimo, a ser pago aos criminosos presos, e muitos de nós o defenderam como uma medida justa.
Quando o CNJ criou a "audiência de custódia", com a única finalidade de verificar o bem-estar do preso e livrá-lo da cadeia em 24 horas, nem fomos informados.
Depois criaram o ECA e a Lei do SINASE, garantindo a impunidade dos criminosos com menos de 18 anos. Nem ousamos sussurrar qualquer protesto, temendo ser acusados de querer "encarcerar nossas crianças".
As ONGs dos "Direitos Humanos" se uniram contra a construção de presídios. Depois, diante das celas superlotadas, pediram piedade para os criminosos. "O Brasil prende demais", anunciaram em uma grande campanha. Acreditamos em tudo isso. Esquecemos das vítimas.
Demonizaram a polícia, e assistimos passivos à caça aos policiais.
Ensinaram às nossas crianças, por todos os meios possíveis – até na escola - que drogas são inofensivas, e fazem parte de um estilo de vida descolado e moderno.
Depois glamourizaram os traficantes - "meros comerciantes varejistas" - e continuamos assistindo às novelas, minisséries e filmes sem protestar.
Proibiram o cidadão de portar armas, ao mesmo tempo em que facções passaram a portar armamento de guerra - e nos convenceram que assim estávamos mais seguros.
Enquanto destruíam nosso sistema de justiça criminal estávamos ocupados trabalhando, criando nossos filhos e pagando boletos.
Até que um dia percebemos que todo mundo já tinha sido assaltado.
Até que passamos a viver com medo permanente.
Até o dia em que a corte suprema manda suspender operações policiais
Esse dia é hoje.
E os protagonistas agora somos nós.
(Em homenagem ao Cabo Cardoso, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, assassinado com um tiro na cabeça ao tentar impedir um assalto)
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Crime se combate com o sistema de justiça criminal: polícias, ministério público, judiciário e sistema penitenciário.
Educação, assistência social, esporte e cultura são muito importantes; mas nada têm a ver com segurança pública.
Foi essa confusão - achar que se combate o crime com "educação e esporte" - que nos trouxe ao estado em que estamos hoje, de quase falência completa da autoridade do estado.
O nosso sistema de justiça criminal foi sendo destruído gradativamente nas últimas décadas, sempre em cima desse conceito simplista e equivocado de “menos prisões, mais escolas“ e “prisão não ressocializa”.
Sei que é difícil de acreditar. Eu mesmo só acreditei depois de muito tempo vendo evidências. Mas a proteção a criminosos é uma parte central do credo e da prática esquerdista moderna - também chamada de "progressista".
É uma coisa tão, mas tão bizarra, que um esquerdista pode, ao mesmo tempo, EXIGIR sua prisão por uma opinião que você deu no WhatsApp e afirmar, quando se trata de um assassino, estuprador ou assaltante, que PRISÃO NÃO RESOLVE.
O caso mais patético é o de um certo deputado federal do PSOL, eleito pelo Rio. Ele é famoso por perguntar, inúmeras vezes, "PRENDER PRA QUÊ?". Ele é o maior defensor do "desencarceramento", que significa ACABAR COM AS PRISÕES PARA CRIMINOSOS.
Quer saber quando foi plantada a semente do mal que vivemos hoje? Vou contar uma história.
Em 1990 o Brasil vivia mais uma crise de criminalidade.
A Lei dos Crimes Hediondos (8.072) daquele ano foi uma tentativa de responder à crise.
A lei enumerava os crimes considerados hediondos e determinava que, nesses casos, a pena do criminoso deveria ser cumprida integralmente em regime fechado. Ou seja, o criminoso deveria ficar preso de verdade.
Em 1992 a atriz Daniela Perez foi brutalmente assassinada a tesouradas. Apenas SETE ANOS depois o casal assassino já estava livre.
O crime - homicídio qualificado - não era considerado hediondo.
A Revolução Francesa começou em 1789 e durou dez anos. Foi a revolução da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Então.
Os franceses derrubaram uma monarquia, fundaram uma república e – em nome da liberdade - mataram milhares de pessoas. Foi preciso até inventar um instrumento para facilitar as execuções: a guilhotina.
E depois de toda a matança, acabaram em uma ditadura militar, comandada por um imperador: Napoleão.
Napoleão envolveria toda a Europa em guerras sangrentas e ficaria no poder até 1815, quando a monarquia foi restaurada na França.
A "primeira onda" da esquerda foi a Revolução Francesa. Acabou na ditadura do imperador Napoleão.
A segunda onda foi a Revolução Russa. Acabou nos campos de concentração de Stalin, denunciados por Kruschev em 1956, no 20o Congresso do Partido Comunista Soviético.
A terceira onda é a Escola de Frankfurt, Gramsci, Saul Alinsky e a tomada do poder através da cultura.
Tudo o que assistimos hoje faz parte disso: ideologia de gênero, racismo do bem, censura nas redes, ataques ao ocidente, ativismo judicial descontrolado e terror sanitário.
Essa onda também será derrotada. E depois dela virá outra.
A utopia esquerdista - o estabelecimento da "igualdade" e da "justiça social" através de totalitarismo, violência, censura, doutrinação e roubo - é um vírus contagioso que jamais será erradicado por completo.
A doença é grave.
O controle é dificil.
É preciso cuidado.
Muita gente já foi vítima.
Mas é fundamental entender isso: a maioria das medidas adotadas pelos políticos não têm como objetivo te proteger, mas apenas aumentar o poder deles e reduzir sua liberdade.
Eles fecham as praias mas deixam rolar os bailes nas favelas.
Eles reduzem os horários dos comerciantes, mas os camelôs fazem o que querem.
Eles fecham as escolas, sabendo que as crianças quase não transmitem a doença, e que elas vão se aglomerar nas praias, praças, ônibus e ruas
Os políticos ajudam a mídia a disseminar o pânico - e o pânico também mata.
Muita gente vai morrer de câncer, infarto, avc e outras doenças, porque não irá a um hospital.