"Não existe uma vacina ainda, a CoronaVac não encerrou os estudos de fase 3 [...] diz Jorge Kalil [...] da Faculdade de Medicina USP, 'Pode até haver um plano de imunização, mas não é possível ter uma data quando não se tem o produto [...] licenciado'" noticias.uol.com.br/saude/ultimas-…
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O @nytimes entrevistou 700 epidemiologistas sobre como estão se comportando com a COVID. Continuam mantendo distanciamento e metade disse que pretende fazer isso até 70% das pessoas serem vacinadas.
A maioria disse que mesmo com vacinas sendo distribuídas nos EUA, ainda deve demorar um ano ou mais para a maioria das atividades serem seguras. E depois a vida continua alterada pelo vírus.
As três únicas atividades que a maioria dos epidemiologistas retomou são: encontrar amigos em ambientes abertos, receber pacotes sem preocupação e fazer compras (supermercado e farmácia). Quase todos ainda evitam aglomerações, eventos e encontros com estranhos.
Se vacina resolvesse todos os problemas, o Brasil não tinha registrado 7 mortes por sarampo em 2020. A vacina tem décadas e é uma das mais eficientes que já fizemos. Ignorância custa muito caro.
Vamos lá: vacinas são fundamentais pra controlar doenças infecciosas. A diferença entre 1 milhão de casos de dengue por ano e dezenas de casos de febre amarela está em vacinas. Mas quanto mais infecciosa a doença, mais eficaz precisa ser a campanha.
A febre amarela circula ao redor de reservatórios naturais do vírus e do mosquito transmissor. Ela não é tão transmissível como um vírus que circula pelo ar. E em anos com no vacinação, a cobertura precisa ser de quem visita essas regiões.
"Um grande número de pessoas não vai tomar vacina sem uma campanha nacional de comunicação e educação. [...] Os EUA nunca imunizaram sua população na quantidade necessária para estabelecer a imunidade coletiva contra a SARS-CoV-2."
"Isso significa que estaremos embarcando em um programa de imunização de escala sem precedentes - que requer uma campanha de comunicação correspondente. Felizmente, já existe dinheiro autorizado para comunicações sobre covid-19, cerca de US $ 250 milhões."
"Uma campanha nacional de comunicação e educação sobre vacinas precisa cumprir três objetivos: restaurar a confiança nas vacinas, ter um escopo nacional e - ao mesmo tempo - envolver as comunidades locais, especialmente as comunidades de cor."
A @TIME elegeu como uma das pessoas mais influentes de 2020 Zhang Yongzhen, o cientista chinês que liberou a sequência do SARS-2 ainda em 10 de janeiro. Graças à essa sequência tivemos testes tão cedo e já temos as vacinas de RNA.
Zhang faz parte de uma rede de monitoramento de novos vírus. Ele recebeu uma amostra de paciente coletada no Hospital Central de Wuhan no final de dezembro de 2019 e submeteu o genoma do vírus em 5 de janeiro no banco de genomas mais usado por cientistas: ncbi.nlm.nih.gov/nuccore/MN9089…
Também mandou a sequência pra outros membros do grupo. Um deles, o Eddie Holmes (@edwardcholmes), disponibilizou a sequência em outro banco e compartilhou por aqui. Como saiu antes, foi o que todo mundo usou.
Teste da Moderna chegou no número de casos pra análise de eficácia(196 casos de COVID-19). Confirmaram a eficácia de 94% e nenhum caso grave aconteceu entre vacinados (proteção de 100% contra doença grave). Segue para análise do FDA.
Com números tão bons, espero que ela também impeça os vacinados de transmitirem o vírus, além de não desenvolver a doença (a vacina da gripe protege vacinados, mas alguns ainda transmitem).
E as condições de armazenamento são mais favoráveis que a da Pfizer:
O Brasil não tem acordo direto com a Moderna. Até aqui, só teremos acesso via Covax, o consórcio da OMS que investe em candidatas e distribui as vacinas que derem certo. Devem ser doses limitadas a grupos de risco, inicialmente.