- Quantificando a subdetecção📊
- Excesso de mortalidade☠️
- Desigualdades raciais do impacto da pandemia -#VidasNegrasImportam
- Critérios de alocação de vacinas💉
1 - Subdetecção
Qual a proporção de infecções que não foram e continuam não sendo detectadas?
Uma abordagem para quantificar a extensão da subdetecção e o verdadeiro número de casos de COVID-19 é estimar a proporção de infecções que estão sendo detectadas (CDR). [cont]
Embora não haja uma maneira perfeita de estimar o número real de infecções por SARS-CoV-2, estimativas modeladas sugerem que houve 50 milhões ou mais de pessoas infectadas nos EUA, um número muito maior do que os 14 milhões de casos relatados. [cont.]
As tentativas de estimar o total de casos e rastrear a CDR possibilitam abordar a subdetecção de
casos, informar o público sobre a verdadeira propagação e o risco da doença e usar
os esforços de mitigação direcionados para controlar a pandemia.
2 - Excesso de mortalidade
Usar apenas mortes confirmadas por COVID-19 para mensurar a mortalidade pode levar à subestimação do
verdadeiro impacto da pandemia.
As razões por trás disso foram abordadas em diversos estudos. nature.com/articles/d4158…
Em tempos de crise, os sistemas de saúde pública podem usar o excesso de mortalidade por todas as causas p/ compreender a mais completa da carga da crise, incluindo tanto causas diretas quanto indiretas.
Essa métrica é recomendada por vários especialistas (v.g. @PauloLotufo)
3 - Desigualdades raciais do impacto da Covid
Assim como vem sendo dito por várias entidades no Brasil, um estudo em Michigan mostra que na comparação entre negros e brancos: a incidência de COVID-19 foi 5,5 vezes maior e a mortalidade por COVID-19 foi 6,7 vezes maior em negros.
Também nessa agenda, nossa equipe conversou com a @TheEconomist , apontando desigualdades no acesso ao tratamento e na exposição a risco como possíveis causas das diferenças também observadas no Brasil economist.com/international/…
4 - Critérios para alocação de vacinas
A recomendação do Comitê Consultivo para Práticas de Imunização ao @CDCgov foi clara:
Priorizar dois grupos: profissionais de saúde e idosos em instituições de longa permanência cdc.gov/mmwr/volumes/6…
Em tempos de trapalhadas e descoordenação do planejamento para a imunização da população brasileira, vale lembrar que há conhecimento técnico no país e fora bem claro que pode informar esse programa que precisa ser feito e implementado o quanto antes!
O sempre ótimo "O assunto" de hoje também falou disso:
🚨Casos e Mortalidade por Covid-19 entre crianças no Brasil🚨
Em meio a tantas coisas urgentes que estão acontecendo, isso não pode passar batido.
Crianças de até 10 anos morreram 5 vezes mais no Brasil que nos EUA em 2020, conforme nosso estudo na @VitalStrat 👇🏽
"levantamento inédito da Vital Strategies mostra que, de março a outubro, 6.303 crianças com até dez anos foram hospitalizadas no Brasil por Srag causada pela Covid-19. Dessas, 510 morreram. Nos EUA, até setembro de 2020, haviam sido reportadas 103 mortes de crianças por Covid."
“À medida que você faz pouco teste em criança, você tbm ñ identifica precocemente o caso, o que pode contribuir para um pior desfecho. A criança pode ter uma clínica diferente, p. ex., febre e dor abdominal. É diferente do quadro respiratório clássico do adulto.” Fátima Marinho
Nessa semana, a Revisão Científica fez questão de explicar detalhadamente a ciência por trás do básico: os 3Ms que salvam vidas!
- Máscara no rosto😷
- Mãos higienizadas👏🏽
- Manter a distância👥
Além de outros tópicos que você confere aqui bit.ly/2DqxyoN e no fio🧵👇🏽
1 - Máscara no rosto!
P/ alguns, as máscaras permanecem controversas mesmo após seu uso se tornar muito mais recomendado e até mesmo obrigatório por autoridades.
As máscaras protegem o público de 2 duas maneiras: retardando a dispersão de partículas e protegendo-o delas.
2 - Mãos higienizadas!
Auto-evidente, mas, sempre bom lembrar que as mãos captam organismos infecciosos do ambiente e de outras pessoas. Lavar as mãos pode reduzir a infecção, tanto da pessoa que lava as mãos quanto dos outros em quem eles tocam ou dos objetos que tocaram.
A Revisão Científica vem com um dia de atraso, mas uma mensagem clara, contundente e relevante para os tempos de anseio por reaberturas, flexibilizações e afins:
"O fim da pandemia ainda não está à vista!" 🗣️
Os movitovs vc encontra aqui: bit.ly/3jkSi1x e no fio 👇🏽🧵
1 - Transmissão aérea do vírus
Cientistas escrevem carta à @WHO demonstrando preocupação sobre a transmissão aérea e o impacto disso na disseminação do Vírus.
A @WHO divulgou um compilado de evidências que apontam pela possibilidade de transmissão aérea. who.int/publications/i…
Esse debate reforça a necessidade de medias de higiene e de distanciamento, em resumo: Usar máscaras, lavar as mãos, manter distância de 2m, evitar locais fechados, lotados e aglomerados, entre outras.
Na Revisão Científica Semanal:
- Gravidas são mais suscetíveis à hospitalização, mas não à morte 🤰🏽
- O (até agora inexistente) impacto dos protestos #blacklivesmatter no aumento da transmissão
- Análises sobre o retorno às escolas 🎒🏫
E + aqui bit.ly/2ZBREDM e no🧶
Três, entre muitos, tópicos para se considerar na reabertura de escolas
(i) Suscetibilidade
(ii) Gravidade da doença
(iii) Transmissão da #COVID19 por crianças
Em tds, a propensão das crianças é menor que a dos adultos, mas o grau de certeza varia e - bom lembrar - elas contraem!
(i) Suscetibilidade refere-se à probabilidade de as crianças se infectarem pela #COVIDー19
Seja por observações de incidência, estudos/testes populacionais ou por rastreamento de contatos, as evidências sugerem que as crianças são menos suscetíveis!
"Onze falácias epidemiológicas sobre a #COVID19"
Compartilho essa publicação das nossas equipes que traz interessantes provocações sobre como olhar para dados e indicadores rigorosamente em meio à enxurrada de informações na pandemia. bit.ly/2Aw2eng
Falo delas no fio🧶
Mito 1: "As tendências de casos são suficientes para monitorar a propagação de COVID-19."
Tendências precisam ser avaliadas em contexto que leva em consideração escala populacional, testagem e outros fatores. Tendências importam, mas não são tudo.
Mito 2: "A incidência de casos é sempre um bom indicador de risco comunitário."
Incidência (n. de novos casos) importa p/ entender a pandemia, mas não quantifica por si só o risco em nível comunitário, que demandaria olhar p/ padrões de transmissão, políticas de mitigação, etc.
O presidente Jair Bolsonaro apresentou um Projeto de Lei promovendo alterações em artigos do CTB que podem ter um grande impacto negativo na segurança no trânsito no país. Mais que uma pauta política, a segurança viária é um problema de saúde pública. Alguns dados aqui: [1/fio]
No mundo, morreram 1,35 milhão de pessoas no trânsito em 2016; who.int/violence_injur…
No Brasil, em 2017 esse número foi de 36.429 segundo a base do Datasus e superior a 41 mil, conforme estimativas da OMS;
O custo social desse tragédia já foi estimado como superior a 40 bilhões de reais no Brasil; prf.gov.br/portal/noticia…