Depois da reportagem na TV cultura sobre etiqueta da pandemia, onde perdi a paciência, creio que cabe republicar minha coluna sobre as festas de fim de ano: blogs.oglobo.globo.com/a-hora-da-cien…
E ainda sobre a reportagem na TV cultura, alguns pontos que nao tivemos tempo de comentar ao vivo, mas que são importantes. Delmantou levantou a questão de que ficaria receoso de corrigir alguém na rua, e a pessoa reagir de forma violenta. Verdade. é um cuidado.
Eu sempre faço isso em locais públicos, e se possível, chamando um gerente ou responsável. Mas a reportagem falava de familiares, em um ambiente de festa, o que é bem diferente. Outro ponto que me chamou atenção foi quando Delmanto comentou sobre um restaurante que ele frequenta
onde sempre tem gente sem máscara, às vezes conhecidos dele, e que ele chega fugir mesmo! O problema é que quando não falamos, quem paga o preço sao os mais vulneráveis. Neste caso, os garçons, que ficam expostos o dia todo,
e provavelmente ficam sem graça de cobrar o comportamento adequado dos clientes. Se outros clientes cobram, o garçom se sente mais seguro para cobrar, o gerente idem. Nosso silencio gera outros silêncios. Mas quando falamos, outros criam coragem de falar também.
Pense o que aconteceria se alguém acendesse um cigarro dentro do restaurante. Certamente outros clientes reclamariam e o gerente pediria pro fumante se retirar, e ir fumar no jardim. Entao por que temos tanto medo de pedir para usar máscara, e manter distanciamento?
O mesmo nas festas de família, se algum parente fuma, e nao queremos cigarro dentro de casa, nao vamos ficar cheios de dedos para proibir. Nao gostou, vá fumar lá fora ou nao venha na festa. é a mesma coisa com as regras de prevenção. Sao regras de convivência.
Ao assistir à reportagem no sábado, o que me deixou tao nervosa foi constatar que nao se estressar com o "tio sem noção" era mais importante do que nao matar o pai. Fiquei pensando como seria o diálogo no ano que vem:
"Nossa, o último Natal com o papai foi tao lindo né? Tao leve, sem estresse, sem briga de família. Um Natal super bem humorado! Pena que pro papai foi realmente o último, mas tudo bem, o que importa é que ele morreu com leveza..."
E sinceramente, em vez de pensar em evitar o estresse de se indispor com um parente, devíamos estar pensando em como evitar o colapso do sistema de saúde, e o estresse dos enfermeiros, médicos, profissionais de saúde que nao precisam se preocupar com o tiozão do pavê,
pq estao trabalhando loucamente para dar conta de atender todo mundo, inclusive aqueles que se contaminaram numa festinha de família, pq tinha um parente que nao segue as regras, mas ninguém queria se indispor com ele...
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Alguns conceitos que apresentamos, fitness viral não é a mesma coisa que fitness epidemiológico, embora muitas vezes ocorram juntos.
sobre esse mutante especificamente, os dados ainda são insuficientes para afirmar se é mais infeccioso e se pode ser co-responsavel pelo aumento de casos no Reino Unido. digo co-responsavel porque certamente não é o unico responsável.
Fiz um fio hoje criticando o plano divulgado pelo governo federal. Eis que em seguida fica público que não era o plano de verdade. g1.globo.com/politica/notic…
Minhas desculpas aos pesquisadores envolvidos pelas críticas. Nunca poderia imaginar que este desgoverno chegasse tão longe. Realmente como bem colocado no editorial da @folha temos um fantoche no MS.
não sou jurista, mas entregar documento com assinaturas falsas (porque se os autores nao assinaram, sao falsas) ao STF deveria ser motivo para impeachment
As tabelas técnicas sobre as diferentes vacinas estão cheias de erros. Coronavac teria como ponto contra “requer muito virus “, Pfizer está listada como vacina de saRNA qdo é de mRNA e mais um monte de detalhes que nem são tão relevantes pro plano em si, mas
demonstram falta de cuidado na elaboração do documento. os grupos prioritários estao bem definidos, com o criterio de exposição e risco de doenças grave e morte. há espaço para discutir claro, as idades e etc mas no geral está ok
Confirma o resultado de eficácia de 62% divulgado no Press release. O de 90% com meia dose segue sendo um acidente de percurso que precisa ser repetido. O paper mostra o resultado de quatro ensaios independentes, e apresenta o resultado como uma análise combinada de todos eles.
Os ensaios tem varias pequenas diferenças entres si: apenas um é duplo-cego, as doses utilizadas sao diferentes, e o regime de doses também, o tempo entre a primeira e a segunda dose nao é padronizado. O uso do placebo também varia, alguns estudos usam a vacina de meninginte
Hoje cedo eu levei minha filha na escola e tiraram a temperatura dela no PULSO! Detalhe, os alunos do ensino medio tem aula sobre como detectar fake news! Depois voltando pra casa eu escuto no rádio um convite pra comprar ingresso pra um show no Teatro Santander! um SHOW!
num teatro fechado. Daí vou olhar o plano de imunização do PNI que está até bem planejado mas não consta a Coronavac! e no final do documento o Ministro Pazzuelo lembra que até termos vacina temos que reforçar a importância do tratamento precoce! pra fechar meu começo de dia,
me perguntam quanto dinheiro meu lab, que faz desenvolvimento de vacinas, recebeu do governo para projetos de vacinas nacionais. cai minha ficha que realmente foi só um milhão. e após dois recursos pq na primeira vez disseram que nao era prioridade
segunda é dia de notícias de vacinas pelo visto! Boas notícias da Moderna! ninguém no grupo vacinado teve doenca grave! e confirmam eficácia de 94%! sciencemag.org/news/2020/11/a…
Dos 196 eventos - pessoas doentes- analisados, 185 estavam no grupo placebo. E 30 no grupo placebo desenvolveram doença grave contra zero no grupo vacinado! Uma eficácia excelente! e proteção de casos graves!