2021 está chegando, e com ele um novo ciclo, os antigos não comemoravam suas viradas de ano no mesmo dia que nós que nos baseamos no calendário gregoriano, mas a ideia de ciclos e festividades sempre esteve ligada à esses momentos, segue o fio. 🧶👇
O feriado global do ano novo simboliza tudo o que vivemos durante o ano e todas as nossas esperanças e sonhos para o ano que se inicia. Essas observâncias datam de mais de 4000 anos, geralmente em conjunto com solstícios e equinócios que marcavam os ciclos das estações naturais.
A festividade mais antiga registrada remonta a cerca de 4.000 anos, na antiga Babilônia, e estava profundamente ligada à religião.
Para os babilônios, a primeira lua nova após o equinócio vernal anunciava o início de um novo ano e representava o renascimento do mundo natural.
Eles marcaram a ocasião com um grande festival religioso chamado Akitu que envolvia um ritual diferente em cada um de seus 11 dias.
Durante o Akitu, estátuas dos deuses desfilavam pelas ruas da cidade e rituais eram realizados para simbolizar sua vitória sobre as forças do caos.
Por meio desses rituais, os babilônios acreditavam que o mundo era simbolicamente purificado e recriado pelos deuses em preparação para o ano novo e o retorno da primavera.
A cultura egípcia antiga estava intimamente ligada ao rio Nilo, e seu ano novo correspondia à enchente anual.
O Ano Novo egípcio era previsto quando Sirius, a estrela mais brilhante no céu noturno, se torna visível pela primeira vez após uma ausência de 70 dias +
que normalmente ocorria em meados de julho, pouco antes da inundação anual do rio Nilo, o que ajudava a garantir que as fazendas permanecessem férteis para o próximo ano.
Os egípcios celebravam esse novo começo com um festival conhecido como Wepet Renpet, que significa “abertura do ano”.
O Ano Novo era visto como um momento de renascimento e rejuvenescimento, e era homenageado com festas e ritos religiosos especiais.
O Ano Novo Romano também correspondia originalmente ao equinócio vernal, posteriormente veio o calendário juliano, um calendário solar que se assemelha ao calendário gregoriano moderno que a maioria dos países ao redor do mundo usa hoje.
1º de janeiro ficou como o primeiro dia do ano, em parte para homenagear o homônimo do mês: Jano, o deus romano da mudança e do início, cujas duas faces lhe permitiam olhar para o passado e para o futuro.
Essa ideia ficou atrelada ao conceito de transição de um ano para o outro.
Os romanos decoravam suas casas com ramos de louro e participavam de festas. O dia foi visto como um cenário para os próximos 12 meses e era comum que amigos e vizinhos começassem o ano da melhor maneira, trocando votos de felicidades e presentes de figos e mel uns com os outros.
Uma das tradições mais antigas ainda celebrada é o Ano Novo Chinês, que se acredita ter originado há cerca de três milênios, durante a Dinastia Shang.
Se iniciou como forma de comemorar o início da estação de plantio na primavera, mas depois tornou-se conectado com cosmologia.
De acordo com a tradição, uma criatura chamada Nian atacava aldeias todo ano novo. Para expulsa-la, os aldeões começaram a decorar suas casas com enfeites vermelhos, queimando bambu e fazendo barulho. Cores e luzes brilhantes acabaram se integrando aos costumes vistos hoje.
Como o Ano Novo Chinês ainda é baseado em um calendário lunar que data do segundo milênio AC, o feriado normalmente cai no final de janeiro ou início de fevereiro na segunda lua nova após o solstício de inverno.
Cada ano está associado a um dos 12 animais zodiacais.
O 'Ano Novo Persa', também chamado de Noruz, é um festival de primavera de 13 dias que remonta à antiguidade, embora muitas das tradições associadas a ele ainda sejam celebradas no Irã e em outras partes do Oriente Médio e Ásia.
As antigas observâncias de Nowruz se concentravam no renascimento que acompanhava o retorno da primavera.
As tradições incluíam festas, troca de presentes com familiares e vizinhos, acender fogueiras, tingir ovos e borrifar água para simbolizar a criação.
O festival é celebrado durante ou próximo ao equinócio vernal em março e acredita-se que tenha se originado como parte do zoroastrismo.
Para culturas mesoamericanas, os ciclos de tempo eram marcados e medidos com a grande variedade de calendários que utilizavam, o que faz do ano novo não só uma única data, com diferentes grupos indígenas tendo suas próprias datas de virada, a mais famosa sendo no dia 26 de Julho.
A celebração inca do ano novo, durante o equinócio de inverno em junho, era um evento muito importante em seu calendário e marcava o retorno do sol de sua posição mais distante da terra e o início de dias mais longos.
A celebração do ano novo sempre foi marcada pela mudança de ciclos, términos e começos, símbolos de esperança, fé, e alegria, o marco de um início brilhante que está por vir, e esperamos que assim seja 2021.
Um feliz ano novo a todos!
Nem sempre comemoram no mesmo dia que nós na verdade*
É que não coube no tweet!
Temos exemplos do 1º de Janeiro na thread inclusive, com o calendário Juliano
Que melhor maneira de ver este novo ano como o final de um ciclo e início de um novo!?
Um costume bastante difundido em toda a área Maia era enterrar e restaurar edifícios.
Como podemos ver nesta ilustração 3D, sob a pirâmide de Kululkán havia uma pirâmide idêntica, mas menor.
Esse costume parte da ideia de que tudo que acumula tempo torna-se mais sagrado, ideia essa aplicada a objetos e pessoas, o tempo era considerado uma das maiores fontes de sabedoria e sacralidade e continua presente na cosmogonia Maia se refletindo no respeito aos ancestrais.
Após um certo tempo de uso, os templos eram “mortos” com ritos de terminação, nesses ritos ornamentos e espaços sagrados eram destruídos com o intuito de preparar o edifício para renascer em um edifício maior e mais importante.
Muitas delas duraram milênios de anos, nesses anos eles com certeza observaram dezenas deles, alguns diziam que era a junção amorosa entre o sol e a lua, demonstrando conhecimento científico por trás dos eclipses explicado por “mitologia”, outras, conseguiram os prever
Sabemos que a observação do céu, dos astros e seus fenômenos era importantíssimo pros povos antigos, não era só um entendimento científico e empírico como também religioso, os dois se mesclam sim, mas é importante entender como se manifestam antes de supor que eles não sabiam